Sismo de magnitude 2,5 na escala de Richter sentido na ilha Terceira

Um sismo de magnitude 2,5 na escala de Richter foi sentido hoje na ilha Terceira, no âmbito da crise sismovulcânica em curso, informou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Segundo o CIVISA, o abalo foi registado às 14:42 locais (15:42 em Lisboa) e teve epicentro a cerca de cinco quilómetros a sul-sudeste de Raminho, na ilha Terceira.

“De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli Modificada) em Raminho, Altares, Doze Ribeiras, Serreta (concelho de Angra do Heroísmo), Biscoitos e Agualva (concelho de Praia da Vitória)”, é referido.

O evento insere-se na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) também emitiu um comunicado sobre o sismo registado pelas 14:42 locais e atribuiu-lhe magnitude 2,9 na escala de Richter e epicentro a cerca de quatro quilómetros a sul-sudeste de Raminho (Terceira).

Segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição”.

Com uma intensidade IV, considerada moderada, “os objetos suspensos baloiçam, a vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada de uma bola pesada nas paredes, os carros estacionados balançam, as janelas, portas e loiças tremem, os vidros e loiças chocam ou tilintam e na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem”, descreve o IPMA na sua página da internet.

Segunda na TV: France, memórias da guerra em Moçambique e hóquei em patins

CINEMA

Perigo Íntimo
AXN Movies, 21h10

Harrison Ford e Brad Pitt são os protagonistas deste thriller, o derradeiro filme de Alan J. Pakula (Klute, A Escolha de Sofia, O Dossier Pelicano), que morreu em 1998 num acidente de viação. Frankie MgGuire (Brad Pitt) é um dirigente do IRA que se refugia em Nova Iorque, sob uma falsa identidade, em casa de Tom O’Meara (Harrison Ford), um polícia irlandês que desconhece as actividades do seu hóspede. A história complica-se quando Tom O’Meara começa a suspeitar de MgGuire, envolvido numa transacção de armas. Um filme que foca os problemas socio-políticos vividos na Irlanda do Norte.

France
RTP2, 23h39

France, repórter de guerra e encenadora das suas reportagens no ecrã das televisões francesas, é uma celebridade no mundo do jornalismo. Experiente, dedicada e com um grande ego, ela tem milhares de fãs que a olham com admiração. Mas a obsessão pelo trabalho tem os seus custos, e France raramente gasta o seu tempo (ou emoções), com questões familiares. Mas quando um acidente de viação, do qual resulta um ferido, vem abalar a sua vida e a sua credibilidade, ela vê-se em grandes dificuldades em encontrar um rumo. Nomeado para a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, um filme escrito e realizado por Bruno Dumont (Hadewijch, Fora, Satanás, Camille Claudel, 1915, O Pequeno Quinquin, Ma Loute). O elenco conta com as actuações de Léa Seydoux, Blanche Gardin, Benjamin Biolay, Emanuele Arioli, Juliane Köhler, Gaëtan Amiel, Jewad Zemmar e Marc Bettinelli.

Tudo Bons Rapazes
RTP2, 22h55

Uma espécie de biografia da máfia, narrada na primeira pessoa por Henry Hill (Ray Liotta), cuja ambição desde adolescente é ser um “rapaz esperto”, um mafioso, e que se envolve com James Conway (Robert De Niro) e com Tommy DeVito (o oscarizado Joe Pesci). Há também os testemunhos de Karen (Lorraine Bracco) — uma jovem judia que casou com Henry e que depressa vê toda a sua vida social nas teias da máfia. Co-escrito pelo próprio realizador, Martin Scorsese, e Nicholas Pileggi, que já tinha assinado o livro Wiseguy, sobre Hill, no qual este filme de 1990, nomeado para seis Óscares, se baseia.

SÉRIES

The Runarounds
Prime Video, streaming

Estreia. Depois de acabarem o liceu, um grupo de amigos de Wilmington, na Carolina do Norte, junta-se nas férias de Verão para formar uma banda de rock, com o sonho de fazer disso vida e atingir o estrelato no futuro. Vão tentar por tudo singrar ao longo desses meses, com todas as peripécias que se esperam de um grupo de jovens, entre paixões, sarilhos e outras encrencas. Para esta criação musical de Jonas Pate, que fazia filmes com o irmão gémeo Josh, o Prime Video da Amazon foi buscar músicos da vida real, entre nomes como William Lipton, Axel Ellis, Jeremy Yun, Zendé Murdock, Mark Wystrach ou Jesse Golliher, isto além de nomes como Brooklyn Decker, Hayes MacArthur, Lilah Pate ou Kelley Pereira. As canções, essas, são originais escritos para a série.

DOCUMENTÁRIO

As Noites Ainda Cheiram a Pólvora
RTP1, 23h47

Neste filme de Inadelso Cossa que se estreou no Berlinale Forum e passou no DocLisboa, onde ganhou o prémio do júri em 2024, bem como no Porto/Post/Doc, o realizador moçambicano tenta registar as memórias da sua avó, que sofre da doença de Alzheimer, enquanto as cruza com o pouco que se lembra da infância durante a guerra civil em Moçambique, algo de que a avó sempre o tentou escudar. Na aldeia da avó vive um antigo rebelde, algo que complica tudo. É a segunda longa-metragem do realizador, cuja obra lida muito com o trauma do pós-guerra no seu país.

DESPORTO

Hóquei em Patins: Campeonato da Europa de Seniores Masculinos: Portugal x Itália
RTP1, 21h37

Paredes é o palco dos Campeonatos da Europa de Hóquei em Patins 2025. A versão masculina arranca agora e acaba dia 6, enquanto a versão feminina vai de 8 a 13 de Setembro. No primeiro jogo de Portugal, defronta-se a Itália, duas nações do Grupo A, que inclui também Espanha e França, enquanto o Grupo B é composto pela Suíça, Alemanha, Andorra e Áustria. Isto acontece apenas dias depois de a selecção portuguesa de sub-19 se ter tornado campeã europeia na sua categoria, isto pela 22.ª vez.

Benfica ganha mas acaba a sofrer em Alverca

O Benfica venceu o Alverca, fora, por 2-1, em partida da jornada 4 da I Liga.

Os encarnados foram superiores até ao minuto 70 – altura em que Dedic foi expulso por acumulação de amarelos -, mas especialmente eficazes, novamente sem “nota artística”.

Pelo Benfica marcaram Schjelderup e Dedic, ambos na primeira parte.

Após a expulsão, os ribatejanos apertaram, reduziram por Gui – o primeiro golo sofrido esta época pela equipa da Luz – e chegaram a criar algum frisson.

O Benfica soma agora três vitórias em três jogos do campeonato (em atraso continua a partida contra o Rio Ave).

Nota para a despedida de Florentino junto dos adeptos. O médio encarnado estará a caminho do Burnley.

Veja o resumo da partida.

Montenegro desmente que tenha impedido divulgação de dados públicos sobre 55 imóveis que possui

A notícia foi do jornal Correio de Manhã — que revelou que Luís Montenegro manifestou a sua oposição à divulgação pública de dados, nomeadamente a matriz predial, sobre os 55 imóveis que declarou à Entidade para a Transparência (EpT). E Luís Montenegro não tem dúvidas em classificar tal notícia, e outras que se seguiram, como “incorretas” e “equívocas”.

O primeiro-ministro esclarece que o pedido de oposição “visou exclusivamente garantir a proteção de dados pessoais sensíveis que permitem identificar as moradas de habitação própria e da família do Primeiro-Ministro, tal como sucede com outros titulares de cargos políticos.

Montenegro trava acesso a dados sobre 55 imóveis declarados à Entidade da Transparência. Diz ser disparate ideia que quis esconder

Ou seja, estão em causa “seis imóveis urbanos” divididos por Lisboa e por Espinho, que “constituem a sua morada da residência habitual e as moradas de residências da família mais próxima”.

Montenegro invoca “a lei”, sem identificar a mesma, e o facto da divulgação pública de tais dados resultar num “risco acrescido para a segurança do primeiro-ministro e da sua família, implicando a mobilização de meios de segurança pública que se revelam impraticáveis e dispendiosos para o erário público”.

O primeiro-ministro explica no seu comunicado que as suas razões foram aceites pela Entidade da Transparência e que o seu pedido foi “deferido” pela mesma entidade.

“Todas as cadernetas prediais dos respetivos prédios urbanos e rústicos da titularidade do primeiro-ministro encontram-se arquivadas na Entidade para a Transparência, para efeitos de controlo do património e dos rendimentos” do líder do Executivo, logo a “proteção” solicitada por Montenegro “não prejudica minimamente o escrutínio e o acesso a documentos demonstrativos das condições de aquisição, como escrituras públicas.”

“Alegar o contrário implica má-fé e perversão da factualidade”, conclui.

[Meses depois de confessar o crime, o assassino de Sartawi é finalmente julgado. Mas, numa reviravolta, o terrorista do quarto 507 garante que é inocente. Como vai tudo acabar? “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Ouça no site do Observador o sexto e último episódio deste Podcast Plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui e o quinto episódio aqui]

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O nosso corpo tem 78 órgãos. Podemos sobreviver sem 10 deles; um é completamente inútil

Andamos por aí a circular com quase oito dezenas de órgãos. No entanto, a verdade é que uma parte razoável deles é dispensável – incluindo o nosso  “liquidificador de alimentos” e um que é essencialmente inútil. Não é ideal perdê-los, mas também não é automaticamente uma sentença de morte. O corpo humano tem nada menos do que 78 órgãos diferentes, mas aparentemente não precisamos deles todos para viver — o que dá bastante jeito, quando os cirurgiões têm de começar a fazer cortes. Literalmente. “Eis a verdade surpreendente: para muitos destes componentes internos, uma existência plenamente funcional não só é

Ex-deputado do BE diz que Rangel é “ridículo” e o rosto das desculpas do Governo sobre Gaza

O ex-deputado do Bloco de Esquerda (BE) José Manuel Pureza classificou este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) Paulo Rangel como “o rosto das desculpas permanentes” do Governo sobre Gaza e acusou-o de mentir sobre a causa palestiniana.

Na intervenção final do Fórum Socialismo 2025, a ‘rentrée’ do BE que terminou em Coimbra, o também candidato à Câmara Municipal de Coimbra e professor universitário chamou ainda “ridículo” a Paulo Rangel, por este, alegadamente, ter afirmado que o Bloco nunca fez nada pela causa palestiniana.

“Por mais que ele minta, toda a gente sabe que Rangel é o rosto das desculpas permanentes para o não reconhecimento da Palestina por Portugal e do negacionismo da prática de genocídio em Gaza, mesmo contra a avaliação do Tribunal Internacional de Justiça”, vincou José Manuel Pureza.

Por outro lado, o antigo deputado do Bloco enfatizou que o Bloco foi o primeiro “já há tanto tempo” a propor o reconhecimento do Estado da Palestina.

“Eu registo que a reação, sempre esbracejante, de Paulo Rangel, foi a de acusar o Bloco de, supostamente, nunca ter feito nada pela Palestina, enquanto ele sim, é o campeão desta causa. Se o ridículo pagasse imposto, a tributação de Paulo Rangel dava para corrigir o subfinanciamento crónico do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, ironizou José Manuel Pureza.

Ao longo dos dois dias da edição 2025 do Fórum Socialismo, a deslocação da coordenadora nacional Mariana Mortágua a Gaza, na flotilha humanitária que hoje partiu de Barcelona (Espanha) em direção ao território palestiniano, foi, por diversas vezes, evidenciada pelos intervenientes.

Estava previsto uma intervenção em direto, por videochamada, da líder do BE, que foi cancelada por dificuldades de comunicação com a embarcação onde se encontra, no mar Mediterrâneo, substituída por um curto vídeo pré-gravado, de pouco mais de um minuto.

Acompanhada, na mesma embarcação, pela ex-presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, Mariana Mortágua contou esperar chegar a Gaza nas próximas duas semanas.

“Estamos com muita esperança de conseguir furar o bloqueio [de Israel a Gaza] porque o apoio que recebemos em Barcelona foi incrível. Foram milhares e milhares de pessoas a apoiarem a saída destes barcos, há dezenas e dezenas de nacionalidades, espero que possam acompanhar nos próximos dias esta viagem”, declarou.

Numa segunda mensagem vídeo, hoje difundida e gravada especificamente para o Fórum Socialismo, Mariana Mortágua considerou Gaza como “a bússola moral dos nossos tempos”.

Sobre a atualidade política nacional, afirmou que o Palácio de São Bento “foi ocupado pelo Governo mais perigoso do nosso país”, e, embora antecipando “tempos difíceis” para a esquerda, assinalou que o Bloco “quer crescer”.

“É uma tarefa gigante aquela a que nos propomos, mas não há outra forma”, notou a coordenadora do BE.

Entre os temas que o Bloco pretende debater, conta-se a proposta, já anunciada, de uma comissão parlamentar de inquérito aos meios aéreos e combate aos incêndios, o início do ano letivo, antecipando “um desastre”, a nova legislação laboral e uma das ‘bandeiras’ eleitorais do partido — uma lei que ponha um limite máximo ao teto das rendas da habitação — cuja proposta, garantiu, irá dar entrada no Parlamento.

O Fórum Socialismo 2025 foi hoje considerado por José Manuel Pureza como o maior de sempre: registou 651 inscritos, que participaram em 43 debates com 61 intervenções, disse.

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Dos collants bege ao duolingo: em nova entrevista Meghan fala do que mudou desde que deixou a realeza britânica

Logo no início, Meghan levou a entrevistadora a uma loja de livros, mas quando questionada sobre o que está a ler respondeu que não tem tido tempo para “mergulhar num livro” há um tempo. O “prazer” da duquesa após adormecer os filhos é, afinal, treinar francês na app duolingo. “Estou comprometida a reaprender”, assumiu.

Sobre a vida em Montecito, onde vive com a família há cinco anos, desde que abandonou o trabalho como membro sénior da realeza britânica, Meghan diz-se “feliz”. “Podemos levar as nossas crianças para a escola, ter um bom apoio de vida e fazer coisas simples do dia a dia. Algumas pessoas não têm noção do que é a vida sem estas coisas… Tomam por garantido”, diz, afirmando que o casal tem uma “comunidade bonita” e que a nova vida na California permite-os “criar e sonhar”.

Sem citar a família real ou a imprensa britânica, Meghan diz que sentia que havia “uma história a ser contada sobre uma caricatura que não tinha nada a ver comigo”, algo que assume lidar “melhor com a idade, aos 44 anos”.

“Não preciso dizer nada, posso só mostrar quem eu sou”, diz a duquesa, sobre como vive a fase atual, cinco anos depois do famoso “Megxit”. “É difícil ser alguém com quem o público se pode identificar e também uma duquesa?”, perguntou então Emily Chang. “Apenas sou eu mesma. Provavelmente era diferente há alguns anos, quando não podia ser tão vocal e tinha de usar collants bege sempre”, ri-se.

“Sejamos honestas, aquilo não era muito eu mesma. Não via collants provavelmente desde os anos 1980. Aquilo fez-me sentir pouco autêntica, mas é um exemplo pequeno. Quando és capaz de vestir-te como queres, de falares a verdade e podes aparecer publicamente de forma orgânica e autêntica, isto é estar confortável na própria pele. E sobre este tema, tive muitos capítulos na minha vida. Agora não sinto que precise provar nada a ninguém“.

Apesar da entrevista ter sido feita antes do lançamento da segunda temporada da série, Emily Chang aproveitou para confrontar Meghan com as críticas recebidas em março de que o programa não se adequava à realidade. A duquesa diz que o formato foi criado com base no seu próprio público. “A intenção do programa era mostrar mais de mim, das minhas dicas e divertir-me”, disse.

Sobre os comentários de que com o programa estava a “glorificar as tradwives” (termo usado nos EUA para definir um estilo de vida em que as mulheres não têm carreira profissional e são responsáveis pelas atividades domésticas e criação dos filhos), Meghan responde que a comparação “é estranha” e que “não tinha ouvido nada sobre isto”. “Seria ótimo poder fazer a minha própria manteiga? Claro, talvez… Mas eu não tenho tempo para isso! E não acho que ganhamos uma estrela dourada extra se o fizermos”, rebateu a duquesa.

Não tenho tempo para fazer o jantar todos os dias. Mas sou ótima em arrumar no prato a comida que pedimos de fora”, diz.

Vinícius Júnior faz aparição surpresa no Alverca-Benfica

Vinícius Júnior, a estrela do Real Madrid e da seleção do Brasil, deslocou-se este sábado a Alverca para assistir ao jogo entre o clube ribatejano e o Benfica, a contar para a quarta-feira da I Liga.

Para surpresa e alegria de muitos adeptos, o craque brasileiro viajou até Portugal para ser um dos espetadores da partida entre o Alverca e as águias.

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O motivo? Vinícius Júnior, de 25 anos, é um dos acionistas do FC Alverca, que está de regresso ao primeiro escalão do futebol nacional.

A estrela do futebol mundial viu o seu clube perder com o Benfica, por 2-1, com os ribatejanos a sonharem com o empate nos minutos finais.

ONU apela para que Iémen não se torne campo de batalha após ataques israelitas

O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, apelou este sábado para que o país árabe não se torne num campo de batalha e para que cessem os ataques, após as ações israelitas na quinta-feira em solo iemenita.

Desses ataques resultou a morte de altos funcionários do governo controlado pelos rebeldes xiitas huthis, incluindo o primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi.

O Iémen “não pode permitir-se tornar-se um campo de batalha para um conflito geopolítico mais amplo. Estes ataques devem cessar”, disse o enviado num comunicado, no qual continuou a exortar todas as partes a utilizar “os canais diplomáticos disponíveis para reduzir a tensão”.

Afirmando-se “profundamente preocupado com as mortes e ferimentos de civis nos recentes ataques israelitas”, o representante exortou “todas as partes envolvidas a proteger os civis e as infraestruturas civis, em conformidade com as suas obrigações ao abrigo do direito internacional”.

Os huthis anunciaram no sábado que o primeiro-ministro do governo insurgente com sede em Sana, Ahmed al-Rahawi, foi morto num ataque aéreo israelita ocorrido na quinta-feira passada, juntamente com outros membros do seu executivo, quando mantinham uma reunião de rotina para avaliar as suas atividades do último ano.

Posteriormente, o exército israelita precisou que nas instalações atacadas se encontravam “altos oficiais militares e outros altos funcionários do regime terrorista huthi” e que o primeiro-ministro foi morto “juntamente com outros altos oficiais huthi”.

Informações dos serviços secretos e “um ciclo operacional rápido, que decorreu em poucas horas” tornaram possível o ataque, adiantou a mesma fonte.

Em reação aos ataques, os huthis prometeram vingar a morte de Ahmed al-Rahawi e anunciaram a nomeação de Mohammed Ahmad Mouftah como primeiro-ministro interino.

Os rebeldes, cujo regime tem o apoio do Irão, têm lançado vários ataques de mísseis contra Israel desde que o Estado judaico iniciou a guerra contra o grupo radical palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Israel e o movimento xiita iemenita mantiveram os ataques mútuos, apesar do cessar-fogo entre os huthis e os Estados Unidos, principal aliado de Telavive, que entrou em vigor em maio deste ano, pelo qual estes deixaram de atacar interesses norte-americanos na região, incluindo navios no Mar Vermelho.

Os huthis fazem parte do chamado “eixo de resistência” a Israel, liderado e financiado pelo Irão, que integra grupos extremistas como os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês.

Montenegro pediu proteção de dados dos seus imóveis por razões de segurança

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, pediu à Entidade da Transparência que a informação sobre seis dos seus 55 imóveis não fosse revelada aos jornalistas por razões de “segurança” e “proteção de dados sensíveis”.

O esclarecimento foi divulgado este domingo à tarde, através de um comunicado do gabinete do primeiro-ministro enviado à Renascença.

Luís Montenegro alega que a divulgação pública das moradas dessas residências “constitui um risco acrescido para a segurança do primeiro-ministro e da sua família, implicando a mobilização de meios de segurança pública que se revelam impraticáveis e dispendiosos para o erário público”.

O primeiro-ministro argumenta que “a proteção em causa não prejudica minimamente o escrutínio e o acesso a documentos demonstrativos das condições de aquisição”.

O jornal Correio da Manhã noticiou este domingo que o primeiro-ministro se terá oposto “à divulgação do número da matriz dos seus imóveis e a Entidade para a Transparência aceitou”.

“Casas e terrenos passam a estar fora do escrutínio público, afirma o jornal, acrescentando que “o primeiro-ministro não permite o acesso público ao número da matriz dos 55 imóveis que declarou à Entidade para a Transparência (EpT).

Luís Montenegro apresentou à EpT um pedido de oposição à divulgação do número da matriz dos prédios, tendo a EpT deferido o pedido do chefe do Governo”.

Lei o comunicado do primeiro-ministro, na íntegra

Perante notícias incorretas e equívocas vindas a público no dia de hoje, o Gabinete do Primeiro-Ministro esclarece:

1. O pedido apresentado à Entidade para a Transparência visou exclusivamente garantir a proteção de dados pessoais sensíveis que permitem identificar as moradas de habitação própria e da família do Primeiro-Ministro, tal como sucede com outros titulares de cargos políticos.

2. A divulgação pública das moradas dessas residências, através de documentos que as identificam, constitui um risco acrescido para a segurança do Primeiro-Ministro e da sua família, implicando a mobilização de meios de segurança pública que se revelam impraticáveis e dispendiosos para o erário público.

3. Ao contrário do que foi noticiado, a oposição não incidiu sobre 55 imóveis. Refere-se tão somente a 6 imóveis urbanos que constituem a sua morada da residência habitual e as moradas de residências da família mais próxima. Esse pedido de oposição funda-se diretamente na lei e, por isso, foi deferido pela Entidade para a Transparência.

4. Todas as cadernetas prediais dos respetivos prédios urbanos e rústicos da titularidade do Primeiro-Ministro encontram-se arquivadas na Entidade para a Transparência, para efeitos de controlo do património e dos rendimentos do Primeiro-Ministro.

5. ⁠A proteção em causa não prejudica minimamente o escrutínio e o acesso a documentos demonstrativos das condições de aquisição, como escrituras públicas. Alegar o contrário implica má-fé e perversão da factualidade.

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