Um modelo que exclui não serve o país

Os resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior confirmam o que já se antecipava: uma queda abrupta no número de colocados. Das 55.292 vagas abertas no setor público, apenas 43.899 foram preenchidas — 79% do total. Mais de uma em cada cinco cadeiras ficou vazia. É o valor mais baixo desde 2016, uma quebra de 12,1% face ao ano anterior. Menos estudantes na universidade e no politécnico significa menos oportunidades criadas e mais talento desaproveitado. É um sinal claro de que o modelo atual não serve o país.

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Brasileiros são metade dos estudantes imigrantes nas escolas públicas de Portugal

Os artigos da equipa do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa usada no Brasil.

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Um em cada dois estudantes imigrantes que frequentam as escolas públicas de Portugal tem nacionalidade brasileira. É o que revela levantamento realizado pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação a pedido do PÚBLICO Brasil. No período letivo de 2024/2025, dos 178.133 alunos estrangeiros matriculados, 88.159 (49,5%) são filhos de cidadãos oriundos do Brasil.

O mesmo levantamento aponta que os estudantes brasileiros são maioria no pré-escolar (51,2%) e no 1º ciclo de aprendizado (50,9%), que vai do primeiro ao quarto ano. No segundo ciclo, que compreende a quinta e a sexta séries, eles são 48,2% dos alunos estrangeiros. No terceiro ciclo (sétimo e oitavo anos), representam 48,5% e, no ensino secundário, 48,4%.

Dados do Ministério da Educação mostram forte presença de brasileiros nas escolas públicas de Portugal

Os dados do Ministério da Educação apontam, ainda, que o total de estudantes estrangeiros na rede pública de Portugal aumentou 10,85% em relação ao ano letivo de 2023/2024. No caso dos alunos brasileiros, o avanço foi menor: 5%. Esse crescimento, garante o Governo, reflete o fluxo imigratório maior, com forte impacto na demografia do país.

Pelos cálculos do Banco de Portugal, ao longo de 10 anos, até 2018, a população de Portugal encolheu sistematicamente. De 2019 para cá, com a chegada maior de estrangeiros no país, sobretudo de brasileiros, a curva se inverteu e a população voltou a crescer já que, na média, os imigrantes são mais jovens e mais propensos a ter filhos.

Os números mais recentes da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) indicam que há cerca de 1,6 milhão de imigrantes vivendo em Portugal, o correspondente a 15% da população total. Desse grupo, já destacou o primeiro-ministro Luís Montenegro, os brasileiros são mais de 550 mil.

Qualidade e segurança

A professora e pesquisadora gaúcha Bianca Toniolo pôs a filha, Antonia, hoje com 13 anos e no nono ciclo, em escola pública desde que a família se mudou de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para Portugal, em 2017. Antonia estudou do primeiro ao sexto ciclo em Covilhã e do sétimo em diante em Leiria, onde a família mora atualmente.

“Não vejo porque colocar a minha filha em uma escola privada. O ensino público em Portugal me parece muito forte. Minha mãe, que é professora, quando veio nos visitar, viu os livros escolares da Antonia e achou que o conteúdo era melhor do que os dos meus sobrinhos que estudam em uma das três melhores escolas particulares de Porto Alegre”, diz Bianca.

Antonia Toniolo, 13 anos, estuda desde o primeiro ciclo em escola pública de Portugal Arquivo pessoal

Ela lista outros motivos para matricular Antonia em uma escola pública portuguesa: a diversidade maior. “O fato de ela ter contato com outras realidades é muito importante para a formação dela. No Brasil, vivemos em bolhas: a bolha do condomínio, a bolha da escola. Claro que nada é perfeito, mas, com certeza, ela tem mais chances de se desenvolver em uma instituição pública em Portugal”, acredita a mãe da estudante.

Segundo Bianca, a família trocou o Brasil por Portugal porque queria que Antonia tivesse uma infância e uma juventude plenas. “No Brasil, ela não andaria livremente como faz em Portugal. Não sofro com o pânico de ver a minha filha sair sem saber se vai voltar para casa por causa da violência. Foi uma escolha muito acertada. As experiências que ela tem em Portugal, provavelmente, não teria no Brasil”, assinala.

Antonia, acrescenta a mãe, se adaptou bem à escola desde o início, só não gostou da comida. “O fato de ter começado no primeiro ciclo foi um facilitador. A maior dificuldade dela foi com a alimentação, que era muito diferente do que a que ela tinha no Brasil. Antonia teve que enfrentar essa mudança na rotina, como tomar sopa, que é um hábito dos portugueses, que também comem mais peixe que a gente”, detalha a pesquisadora.

Acesso a línguas

A cearense Rakel Elany não esconde a satisfação de ver o filho André, 14 anos, progredindo na escola pública de Sobreda, em Almada, região metropolitana de Lisboa. Ela, que trabalha com vendas de produtos de telecomunicações, conta que, em Fortaleza, onde moravam, o adolescente estava matriculado em um colégio particular. “No Brasil, ele sempre estudou em escola privada, porque a qualidade é muito superior à do ensino público. Em Portugal, não há essa diferença”, diz.

Ela conta que André vai iniciar, no ano letivo que começa neste mês de setembro, o nono ciclo. “Meu filho tinha feito até o sexto ano no Brasil. Quando chegamos em janeiro de 2024, ele foi matriculado no sétimo ano e, mesmo com cinco meses de estudo, foi aprovado. E terminou recentemente o oitavo ano”, comemora. Na avaliação da Rakel, chama muito a atenção no caso do ensino público de Portugal o acesso a línguas estrangeiras. “Ele está estudando inglês e francês. Se estivéssemos em Fortaleza, teria de pagar cursos de línguas para ele”, frisa.

Segundo a brasileira, foi bastante simples matricular André no ensino público de Portugal. “De uma lista de cinco escolas, na terceira que fomos conseguimos uma vaga. Ele não gostou muito e acabou mudando de colégio. No atual, está muito feliz”, assinala ela, que cruzou o Atlântico com visto de procura de trabalho, conseguiu um emprego em território luso e, com a documentação em dia, está tentando fazer o reagrupamento familiar a fim de obter a documentação para o filho. “Vamos ver se conseguimos resolver essa questão”, destaca.

Escolas privadas

Os dados do Ministério da Educação referentes a 2023/2024 explicitam que, nas escolas privadas de Portugal, o quadro é um pouco diferente, e os brasileiros representam uma parcela menor entre os estudantes estrangeiros matriculados: são 8.618, o equivalente a 24,8% do total de 34.798.

No pré-escolar, os alunos filhos de pais brasileiros equivalem a 34,9% do total de estrangeiros. No primeiro ciclo, são 16%; no segundo, 20%; no terceiro, 22%; e, no secundário, 24,8%. No geral, os estudantes estrangeiros correspondiam, no ano letivo passado, a 17,6% de todos os alunos matriculados (197.167) nas escolas de Portugal, do pré-escolar ao secundário.

PSD entre a moderação e o fim das “linhas vermelhas”

Quem disse um dia que “qualquer acordo com o Chega é uma traição à matriz do PSD e deixará marcas e traumas para o futuro”? Foi o político que, na mesma ocasião, afirmou que se lhe dissessem “que, em ocasiões muito específicas e extraordinárias, há um ou outro município onde se justifica dialogar com o Chega”, podia, “ainda que contrariado, aceitar”. Mas que não gostava.

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Contribuições para uma estratégia contra incêndios

A terrível época de incêndios de que o país (a metade norte dele, sobretudo), ainda não saiu exige reflexão profunda. Como sempre, causa prejuízos avultadíssimos, tendo o ministro da Economia e Coesão afirmado que rondarão as centenas de milhões. Isto sem considerar os perigos e aflição em que as populações se viram envolvidas, o esforço até ao esgotamento dos bombeiros, a machadada na imagem e futuro do turismo, enfim, uma situação de caos de metade de um país em guerra, como o primeiro-ministro apropriadamente se lhe referiu. E mais os mortos e feridos.

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Que complexo coração: Webb mostra-nos uma bela borboleta cósmica

Desde o toro denso e poeirento que rodeia a estrela escondida no centro da nebulosa até aos seus jatos: este é um retrato nunca antes visto de uma nebulosa planetária dinâmica e estruturada. O Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA revelou novos pormenores do núcleo da Nebulosa Borboleta, NGC 6302. A Nebulosa Borboleta, localizada a cerca de 3400 anos-luz de distância na direção da constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais bem estudadas da nossa Galáxia. Esta espantosa nebulosa foi anteriormente fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. Agora, o Webb captou uma nova imagem desta nebulosa. As

A tradição não valer mais do que a vida humana ou animal

Nos últimos dias, fomos confrontados com uma tragédia ocorrida numa tourada no Campo Pequeno: morreram Manuel Maria Trindade, um jovem forcado de 22 anos, colhido na arena, e Vasco Morais Batista, um médico de 73 anos, que, abalado pelo acontecimento, acabou também por falecer. Tudo isto ocorreu perante inúmeras crianças e jovens.

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Federação dos médicos lamenta “bloqueio” das negociações e exige retoma em setembro

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) exigiu esta sexta a retoma das negociações em setembro, acusando o Ministério da Saúde e as entidades públicas empresariais do setor de bloquearem o acordo que está a ser negociado.

Numa informação aos associados a que Lusa teve acesso, a estrutura sindical adiantou que já apresentou uma proposta de novo calendário negocial para 15, 16 ou 19 de setembro, depois de a última reunião ter decorrido em 28 de julho.

Nessa reunião, de acordo com a Fnam, “ficou assumido o compromisso de assinar um acordo parcial e transitório”, com sete cláusulas que previam ajustes nas condições de trabalho e direitos dos médicos, incluindo a harmonização de regimes contratuais e medidas que beneficiariam a organização da jornada semanal e os descansos.

As entidades públicas empresariais (EPE), caso das Unidades Locais de Saúde, “recusaram posteriormente assinar o acordo, comunicando apenas no último dia do prazo”, na quinta-feira, refere a informação da Fnam aos seus associados.

“Neste momento, a responsabilidade pelo bloqueio recai inteiramente sobre o Ministério da Saúde e as EPE. Cabe-lhes retomar as negociações, com seriedade e respeito, já em setembro“, salientou a federação sindical no documento.

[Meses depois de confessar o crime, o assassino de Sartawi é finalmente julgado. Mas, numa reviravolta, o terrorista do quarto 507 garante que é inocente. Como vai tudo acabar? “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Ouça no site do Observador o sexto e último episódio deste Podcast Plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui e o quinto episódio aqui]

As negociações diretas entre o Ministério e a Fnam, que se iniciaram em 2024, foram interrompidas sem qualquer acordo, levando a federação a recorrer à Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para retomar a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho com as EPE.

Neste âmbito, foram realizadas já três reuniões de conciliação este ano, assim como um quarto encontro de negociação direta com as EPE no final de julho.

O governo assinou um acordo de revalorização salarial e das carreiras médicas em 30 de dezembro de 2024, mas apenas com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

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Se isto é um presidente

Na passada quinta-feira, no podcast “Ideias Feitas” da Rádio Observador, constatei um facto e fiz uma previsão, ambos a pretexto das afirmações do prof. Marcelo na Universidade de Verão do PSD. O facto, por definição, está correcto. A previsão arrisca-se a falhar. Vamos por partes.

Na primeira parte, um preâmbulo: não imagino o que motiva alguém a convidar o prof. Marcelo para o que quer que não seja uma rábula de comédia involuntária. Dado que não acredito que a comédia involuntária tenha sido o objectivo do PSD, a minha estupefacção mantém-se. Pedir ao prof. Marcelo que discorra sobre um assunto, qualquer assunto, é o mesmo que indigitar o treinador Jorge Jesus para palestrante num colóquio alusivo a James Joyce. Ou provavelmente pior. Há décadas que o prof. Marcelo julga comentar a actualidade, mania que não interrompeu com a entrada em Belém. Desse longo período, não se aproveita uma “análise” (digamos), uma frase, uma palavrinha dentre os milhões de que o prof. Marcelo se aliviou. A história do relógio parado não se aplica ao indivíduo. O prof. Marcelo não está certo duas vezes por dia e não acertou sequer uma vez em meio século. Chega a ser uma proeza, talvez um recorde.

A verdade é que, por descuido ou loucura, o PSD convidou Sua Excelência para o tal evento. E que, instado a despejar palpites perante uma audiência forçada a ouvi-lo, Sua Excelência tinha duas hipóteses: ou despejava trivialidades ou produzia aberrações. Escolheu, e faço o favor de lhe presumir a capacidade de escolha, as
aberrações. Com a descontracção dos iluminados ou dos simples, o prof. Marcelo informou as massas de que Trump “é um activo soviético, ou russo”. Isto é, o presidente português acusou o presidente dos EUA de estar ao serviço de uma potência inimiga, ou na versão benigna concorrente, dos EUA e do Ocidente. Irresponsabilidade? Isso exigiria um perpetrador ocasionalmente responsável, com noção de que ultrapassa os seus limites e abusa do seu cargo. Não é o caso.

Aqui, a questão menor é a da legitimidade (à questão maior já lá irei). No referido podcast notei que a legitimidade do prof. Marcelo para acusar Trump de subserviência a Moscovo é nula. No desgraçado currículo do nosso “chefe de Estado” entre aspas, consta um interminável rol de vénias a ditaduras e proto-ditaduras, da China ao Brasil do sr. Lula, de Angola a Cuba, do Qatar à – imagine-se – Rússia do sr. Putin, que o prof. Marcelo visitou, o país e o déspota, por ocasião do “Mundial” da bola e quatro anos após a anexação da Crimeia. E por pudor deixo de fora as Festas do Avante!, os remoques a Israel e a amizade eterna e fraterna com o porta-voz oficioso do Hamas. O ponto é que, ainda que o prof. Marcelo tivesse o lastro democrático e “ocidental” que não tem, o ataque a Trump, independentemente do que possamos pensar de Trump, seria igualmente grotesco,
inacreditável e, achava eu, inofensivo.

A minha tese, que expus com notáveis poder de síntese e ingenuidade no “Ideias Feitas”, era a de que a circunstância de o prof. Marcelo ser um absoluto desconhecido depois de Badajoz, Vilar Formoso e Quintanilha evitaria a repercussão dos respectivos disparates, destinados como de costume ao enxovalho dos compatriotas. Erro meu. Justamente porque o mundo civilizado ignora a existência do prof. Marcelo e as idiossincrasias de um sujeito que muda de cuecas na praia e furta batatas fritas em restaurantes, a notícia que correu foi a de que o
representante eleito do povo português chamou “activo soviético (ou russo)” ao representante eleito do povo americano. Se nós estamos habituados a dar um enorme desconto, e dois mandatos, ao prof. Marcelo, o resto da humanidade, que não faz ideia de quem ele é, não sente semelhante obrigação. E o inquilino da Casa Branca também não. Em suma, as agências noticiosas levaram a sério os devaneios de um homem que ninguém leva a sério. Os devaneios espalharam-se. É provável que os devaneios não fiquem impunes.

Convém explicar que nada disto se enquadra na categoria de “incidente diplomático”. Incidente diplomático é servir pernil ao rei saudita. Desprovida do contexto, leia-se de informação acerca da incontinência verbal e social do prof. Marcelo, é compreensível que a administração americana tome à letra as declarações de franca hostilidade e actue com hostilidade recíproca e, infelizmente para nós, consequente. A resposta pode surgir nas tarifas, nos vistos, na defesa ou, se tivermos sorte, na mera e persistente desconfiança que se dedica a um pequenino e ingrato aliado. Há remédio? Vejo um, que desgraçadamente nunca será prescrito: promover no estrangeiro uma campanha de divulgação idêntica às do turismo, mas em vez de divulgar castelos e igrejas e comida e praias e florestas em cinzas, divulgava-se o prof. Marcelo, com detalhes biográficos, vídeos dos “melhores” momentos e uma espécie de aviso pedagógico (“Não lhe liguem: ele é assim”, ou “É favor não darem importância ao senhor”).

Entretanto, e na impossibilidade de ajudarmos o prof. Marcelo a terminar o mandato com dignidade, cabe-nos esperar que o termine do modo como o exerceu: sem dignidade nenhuma.

Estrutura frente ao palco cedeu em incidente sem feridos no Mateus Fest em Viseu

Um concerto do Mateus Fest, integrado na Feira de São Mateus, em Viseu, foi esta sexta-feira momentaneamente interrompido após parte da estrutura frente ao palco ter cedido, num incidente que não provocou feridos, adiantou a organização.

O incidente ocorreu durante a atuação de Lon3r Johny e ProfJam, que foi interrompida até estarem restabelecidas as condições de segurança.

Fonte da organização referiu à Lusa, pelas 23h00, que o concerto de Lon3r Johny e ProfJam já tinha sido retomado.

As forças de segurança no local intervieram após o incidente, criando um perímetro de segurança reforçado em frente ao palco, acrescentou.

“Alargou-se a frente de palco, de modo a garantir que o público se sentisse confortável e o festival prosseguiu”, sublinhou a Viseu Marca, que organiza a Feira de São Mateus, em comunicado.

Na mesma nota, a Viseu Marca garantiu que o incidente não provocou feridos.

“A Viseu Marca contactou já a empresa fornecedora da estrutura, a Filpalcos, uma das maiores empresas do país a operar nesta área, que atesta a conformidade, a montagem e a resistência da estrutura, e cuja respetiva documentação foi entregue, antecipadamente, à organização do Mateus Fest. A empresa em causa fornece estruturas na Feira de São Mateus há mais de 20 anos e vai realizar uma peritagem para apurar as causas e corrigir a situação”, pode ler-se.

A segunda edição do Mateus Fest, que está a decorrer esta sexta-feira em Viseu e que é considerado um dos momentos altos da programação da Feira de São Mateus, tem o rapper brasileiro Matuê como cabeça de cartaz.

O Mateus Fest faz parte da programação da Feira de São Mateus, que teve início no dia 7 e termina a 21 de setembro.

Além do brasileiro Matuê, estavam em cartaz os portugueses Van Zee, Lon3r Johny e ProfJam e o DJ Perez.

[Meses depois de confessar o crime, o assassino de Sartawi é finalmente julgado. Mas, numa reviravolta, o terrorista do quarto 507 garante que é inocente. Como vai tudo acabar? “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Ouça no site do Observador o sexto e último episódio deste Podcast Plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui e o quinto episódio aqui]

Muita chuva e calor fizeram cair 20% da produção de maçã em Carrazeda de Ansiães

Uma primavera “bastante chuvosa” e um verão com “vagas de calor” provocaram quebras de “20%” na produção de maçã em Carrazeda de Ansiães, adiantou esta sexta-feira à Lusa a Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães.

Duarte Borges disse ter sido uma campanha “bastante difícil”, devido às condições meteorológicas, que obrigaram a “um número acrescido de tratamentos”, para que houvesse um “bom vingamento” e “pelo menos alguma produção”.

Muitos tratamentos significam muitos gastos. “Foi uma campanha muito cara, obrigou a um investimento bastante avultado, na compra de fatores de produção, para conseguirem produzir, para terem uma produção saudável”, avançou à Lusa.

A apanha da maçã começou no início desta semana. Embora com menos produção e também com calibre mais reduzido, a AFUVOPA garante que a qualidade se mantém.

No concelho de Carrazeda de Ansiães há 800 hectares de macieiras que, num bom ano, podem produzir 30 mil toneladas de maçã, segundo o município, tornando-se no maior produtor do fruto em Trás-os-Montes.

[Meses depois de confessar o crime, o assassino de Sartawi é finalmente julgado. Mas, numa reviravolta, o terrorista do quarto 507 garante que é inocente. Como vai tudo acabar? “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Ouça no site do Observador o sexto e último episódio deste Podcast Plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no YoutubeMusic. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui e o quinto episódio aqui]

É uma cultura em que 40% dos agricultores são jovens. De acordo com Duarte Borges, este número tem vindo a crescer ligeiramente, o que não consegue acompanhar a quantidade de idosos que abandonam a atividade. “Faz falta mais jovens para haver uma renovação da estrutura fundiária do concelho. É também importante para manter a produção e alguma atividade no concelho”, disse.

Mas para isso, defende que é preciso um programa de apoio aos jovens “mais atrativo”, uma vez que a aposta na agricultura requer “investimento” e um “fundo e maneio”, que sem ajudas torna-se “difícil”.

A maçã está em destaque este fim de semana em Carrazeda de Ansiães. Começou hoje a 28ª edição da Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, que decorre até domingo. A principal produção no concelho é de vinho, com 2800 hectares de vinhas, seguindo-se o azeite, com 1920 hectares.

Estes três produtos podem gerar mais de “25 milhões de euros”, no concelho, num ano normal de produção, segundo adiantou o município à Lusa.

O presidente da câmara, João Gonçalves, sublinhou que este certame, além de promover os produtos agrícolas, também promove todas as potencialidades do concelho, tornando-se “uma atratividade enorme” e tem, por isso, “suscitado a curiosidade de visitantes”.

A feira conta com 120 expositores, incluindo artesanato, queijo e enchidos.

Além dos concertos à noite, com DAMA, Xutos e Pontapés e João Pedro Pais, a animação também é feita com o desfile etnográfico no domingo.

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