Polícia timorense deteve 10 pessoas por suspeita de burla informática

Dez pessoas foram detidas no enclave de Oecússi por suspeita de envolvimento em atividade de exploração de jogos ilícitos e de burla informática, disse esta quarta-feira a Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC) de Timor-Leste.

“A PCIC, em conjunto com os serviços de informação, realizou uma operação denominada “crime online scan”, que permitiu identificar em Oecussi vários locais onde se desenvolviam atividades de exploração de jogos ilícitos e burla informática”, afirmou o porta-voz e atual chefe de investigação da PCIC aos jornalistas em Díli.

Mário Assis Tavares explicou que, no âmbito desta operação, foram detidas 10 pessoas, suspeitas de serem as principais responsáveis pelas atividades ilícitas.

“Nesta fase não posso ainda confirmar a sua cidadania, mas as atividades têm alcance na região da ASEAN [Associação das Nações do Sudeste Asiático]. Em princípio, são cidadãos com rendimentos internacionais”, salientou o porta-voz da PCIC.

No âmbito da operação foi também apreendido variado equipamento informático, telemóveis e uma máquina de contagem de dinheiro.

O inspetor da PCIC esclareceu que os suspeitos recrutaram cerca de 100 timorenses para trabalharem nos “call center”.

“Era através daqueles “call center” que se tentava enganar ou ludibriar pessoas da comunidade e potenciais vítimas, explorando identidades, usando documentos para simular lotarias ou prémios e assim enganar as pessoas”, explicou.

Mário Assis Tavares disse também que a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) tem alertado os países para estarem atentos ao fenómeno da exploração de jogos “online”.

A rede era operada por uma empresa internacional da Malásia, instalada no enclave de Oecussi, acrescentou.

Fatura da Sorte suspensa desde 2024 regressa em novo formato

A Fatura da Sorte vai regressar (estava suspensa desde 2024), o formato vai ser diferente, mas a data do regresso ainda não é conhecida. Segundo Fonte oficial do Governo, mais detalhes só no final do ano.

Em resposta a perguntas da Lusa sobre a ausência de concursos, suspensos em janeiro de 2024, fonte oficial do Ministério das Finanças adiantou que “o Governo irá retomar o concurso Fatura da Sorte com um novo formato”. A nova modalidade deverá ser anunciada “até ao final do corrente ano e apenas serão elegíveis faturas emitidas a partir da data desse anúncio”, referiu fonte oficial do ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento.

Já fonte oficial da RTP confirmou que o programa Fatura da Sorte se encontra “suspenso por indicação da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)” desde janeiro de 2024 e que o canal público não tem informação sobre quando regressará.

“Não temos indicação de quando será retomado”, respondeu fonte oficial do canal público, citado pela Lusa, remetendo qualquer outra questão sobre o assunto para a AT.

“Suspensão temporária” desde 4 de janeiro de 2024

Quando em 4 de janeiro de 2024 a administração fiscal anunciou no seu site a “suspensão temporária” dos sorteios à espera de que fossem preenchidos os “requisitos legais relacionados com o respetivo procedimento”, fonte oficial do Ministério das Finanças do então governo de António Costa (PS) fez saber à Lusa que o sorteio seria “retomado logo que possível”.

Como os prémios são Certificados do Tesouro (títulos de dívida pública), a atribuição aos vencedores pressupõe uma articulação entre a AT e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), através de protocolos.

O que acontece aos cupões dos contribuintes que têm pedido faturas?

No momento da suspensão, fonte oficial do Ministério das Finanças do governo socialista previa que se realizassem as extrações que ficariam em falta durante o período da suspensão temporária.

No entanto, ao ser questionado agora sobre o que acontecerá aos cupões dos contribuintes que têm vindo a pedir faturas com Número de Identificação Fiscal (NIF) na expectativa de os documentos contarem para os sorteios, o atual Governo de Luís Montenegro respondeu apenas sobre o que sucederá no novo concurso, afirmando que só serão elegíveis as faturas emitidas a partir da data do anúncio a realizar até ao final de 2025.

Neste momento, na página pessoal dos contribuintes, a AT informa que as faturas que os contribuintes vão pedindo quotidianamente contam para o concurso.

Aos contribuintes que autorizaram a sua inclusão no sorteio, o Portal das Finanças presta a seguinte informação: “As suas faturas participam no sorteio ‘Fatura da Sorte'”.

Na página, lê-se que “nos termos do n.º 7 do artigo 3.º da Portaria nº44-A/2014, o contribuinte pode optar por excluir as suas faturas do sorteio ‘Fatura da Sorte’ e que “esta opção produz efeitos relativamente às faturas emitidas a partir da data em que a mesma é expressamente comunicada à AT”.

Sorteio criado pelo governo de Pedro Passos Coelho

O sorteio foi criado em 2014 pelo governo de Pedro Passos Coelho (PSD/CDS-PP) como forma de incentivar os contribuintes a pedirem faturas com NIF para combater a economia paralela e, inicialmente, eram sorteados automóveis de gama alta (Audi A4).

A partir de 2016, já com o governo de António Costa (PS), o sorteio foi ajustado para o Estado passar a atribuir Certificados do Tesouro Poupança Mais.

Todas as semanas, era sorteado um certificado do tesouro de 35 mil euros (líquido de imposto do selo) e, duas vezes por ano, em junho e dezembro, realizavam-se concursos extraordinários para atribuir adicionalmente três certificados no valor de 50 mil euros.

De acordo com o Portal das Finanças, o último concurso realizou-se a 28 dezembro 2023.

Nesse ano, o último em que houve sorteios, o número de cupões a concurso superou sempre a barreira dos 600 milhões e nas extrações regulares semanais de junho aquele número superou os 950 milhões.

Mais de 129.600 inquilinos recebem apoio à renda em setembro com retroativos a janeiro

Mais de 129.600 inquilinos vão receber o pagamento do apoio extraordinário à renda, com retroativos a janeiro, e 58.659 vão ter o pagamento suspenso devido a incongruências, disse à Lusa o Governo.

“Segundo o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), os dados referentes ao apuramento de 2025 indicam que em setembro serão pagos apoios a 129.642 locatários, com retroativos a janeiro”, avançou o Ministério das Infraestruturas e Habitação, em resposta escrita à Lusa.

Já o número de locatários com incongruências e cujo pagamento será, por isso, suspenso ascende a 58.659, sendo que, nestas situações, os beneficiários serão notificados e devem regularizar a sua situação no Portal Consulta Cidadão disponível no site do IHRU.

Na terça-feira, a Provedoria de Justiça anunciou ter enviado um ofício à secretária de Estado da Habitação a apelar à revisão urgente do apoio extraordinário para pagamento de renda, após ter recebido um “volume significativo de queixas” reveladoras de graves irregularidades.

Questionado pela Lusa, o Ministério das Infraestruturas e Habitação salientou que “o Programa de Apoio Extraordinário à Renda (PAER), criado em 2023, pelo anterior Governo, foi mal desenhado, envolvendo o cruzamento de dados de cinco entidades diferentes (IHRU, Autoridade Tributária, Segurança Social, Caixa Geral de Aposentações e Fundação para a Ciência e Tecnologia), sem que tenha sido garantida a sua interoperabilidade”.

Como já tinha sido anteriormente anunciado pelo Governo, está prevista a revisão do programa “para breve”, para garantir a sua operacionalização.

Este ano, a Provedoria de Justiça registou um aumento significativo do número de queixas referentes à suspensão e à redução dos apoios e, entre maio de 2023 e julho de 2025, recebeu cerca de um milhar de solicitações relacionadas com este regime de apoio às rendas.

A Provedoria concluiu que o regime jurídico foi concebido sem atenção a direitos e garantias fundamentais dos administrados e que há uma insuficiente capacidade de articulação e de resposta do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e do Instituto da Segurança Social (ISS).

A entidade verificou também que têm sido desconsiderados “direitos plenamente consagrados, como o direito dos cidadãos à informação, à notificação das decisões, à fundamentação dos atos administrativos e à audiência prévia dos interessados”, e que “os cidadãos abrangidos por este apoio — anunciado como automático — têm sido encaminhados repetidamente de serviço em serviço, sem conseguirem obter as informações procuradas”.

Adicionalmente, apontou, as plataformas informáticas em utilização “são frágeis e inadequadas à função, contribuindo para uma grave morosidade e para as dificuldades de informação”.

As queixas recebidas este ano revelam também a “extrema morosidade” até ao início do pagamento do apoio e que, a partir do momento em que começa a ser pago, é apenas entregue um valor mensal singular, “desconhecendo-se quando virão a ser pagos os retroativos devidos”.

“Em diversas situações, os cidadãos alegam que a sua situação social e económica acabou por piorar devido a falhas do Estado, exprimindo ainda uma descrença profunda em relação a uma solução legal destinada a apoiá-los”, apontou a Provedoria.

Algumas das “falhas sistémicas” neste apoio tinham já sido assinaladas nos dois últimos relatórios anuais entregues à Assembleia da República, lembrou a Provedoria de Justiça.

Dinamarca denuncia operações “externas” de “influência” na Gronelândia e exige explicações aos EUA

Lars Lokke Rasmussen, ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, convocou nesta quarta-feira Mark Stroh, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos e o mais alto representante diplomático norte-americano no país, depois de a emissora pública DR ter noticiado que os serviços secretos dinamarqueses avisaram o Governo sobre operações de influência levadas a cabo por pessoas próximas da Administração Trump no território semi-autónomo da Gronelândia.

Argumentando que se trata de uma questão de “segurança nacional” para os EUA, Donald Trump já disse várias vezes que quer “controlar” a Gronelândia. Apesar de se tratar de um território de um aliado seu na NATO e de os EUA terem uma importante base militar e espacial em solo gronelandês, o Presidente norte-americano não exclui o uso da força militar para alcançar esse objectivo.

Tanto as autoridades nacionais como os dirigentes políticos gronelandeses rejeitam e condenam as ameaças de Trump e de outros membros da sua Administração, denunciando uma “interferência grosseira” na Gronelândia, uma vasta ilha no Atlântico Norte, com apenas 57 mil habitantes, que tem 80% do seu território permanentemente coberto por gelo, mas que é rica em recursos minerais e que tem uma posição geoestratégica privilegiada para o acesso ao Árctico, região que tem merecido a atenção e o investimento recente de potências como a Rússia ou a China.

Em declarações à imprensa dinamarquesa, sem se referir directamente aos EUA ou às notícias da DR, Rasmussen admitiu, ainda assim, que o Governo está “ciente de que actores estrangeiros continuam a demonstrar interesse pela Gronelândia e pela sua posição no reino da Dinamarca” e disse que “não é surpreendente que haja tentativas externas para influenciar” o território.

Citando fontes com conhecimento sobre o caso, a DR diz que os serviços secretos informaram o executivo liderado pela primeira-ministra Mette Frederiksen de que pelo menos três cidadãos norte-americanos, com ligações à Administração Trump, têm estado envolvidos em operações de influência na Gronelândia, recolhendo informações sobre o território, e promovendo e alimentando o debate sobre a sua independência e posterior adesão aos EUA.

O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, e o próprio filho de Trump, Donald Trump Jr., já estiveram este ano na Gronelândia, com outras pessoas próximas do Presidente, para operações de charme no território.

Em Maio, recorda o Financial Times, o Governo dinamarquês já tinha convocado Stroh para lhe exigir explicações, pouco depois de o Wall Street Journal ter noticiado que as agências dos serviços secretos norte-americanos tinham sido mandatadas para identificarem apoiantes das ambições territoriais da Casa Branca na Gronelândia e na Dinamarca.

O encarregado de negócios da embaixada é o principal diplomata dos EUA no país enquanto Ken Howery, empresário, co-fundador do PayPal e figura próxima de Elon Musk, que foi escolhido no final do ano passado por Donald Trump para embaixador na Dinamarca, não assume funções.

Objectivo: “Criar divisão”

Num comunicado publicado esta quarta-feira, o Serviço Nacional de Segurança e de Informação da Dinamarca dá conta de que o “a Gronelândia, especialmente na situação actual, é alvo de campanhas de influência de vários tipos”, que “têm como objectivo de criar uma divisão na relação” com as autoridades nacionais dinamarquesas.

“Isto pode ser feito explorando desacordos, existentes ou inventados, relacionados, por exemplo, com questões específicas que são conhecidas, ou promovendo e reforçando certas opiniões na Gronelândia sobre o reino da Dinamarca e os Estados Unidos, ou sobre outros países com interesse especial na Gronelândia”, diz o comunicado, citado pela Reuters.

Semi-autónoma desde 1979, depois de ter sido uma colónia da Dinamarca durante vários séculos, a Gronelândia não tem poder de decisão em assuntos relacionados com política externa e defesa, mas obteve, em 2009, o direito a decidir os passos seguintes tendo em vista a independência.

Em Março deste ano, após umas eleições legislativas muito marcadas pelas ameaças de Trump ao território, a Gronelândia elegeu um novo primeiro-ministro, Jens-Frederik Nielsen, líder do partido independentista Demokraatit, de centro-direita, que defende, no entanto, um caminho mais lento e ponderado rumo à secessão.

“O Presidente Trump diz que os EUA vão ter a Gronelândia. Deixem-me ser claro: os EUA não vão conseguir isso. Não pertencemos a ninguém. Somos nós que determinamos o nosso próprio futuro” afiançou Nielsen pouco depois de assumir o cargo.

Unfollow em massa: influencers do Gang do Dubai estão em sarilhos

Nos Emirados Árabes Unidos está em curso uma campanha de cancelamento em massa de influenciadores com “estilos de vida superficiais”. Utilizadores das redes sociais afirmam que o chamado ‘Gang do Dubai’ promove uma vida excessiva e distrai do genocídio em Gaza. Recentemente, o influencer Shero Amara partilhou com os seus 1,9 milhões de seguidores no Snapchat imagens da sua estadia num hotel de luxo no Dubai. “Aqueles que nos odeiam têm inveja. Estamos a viver a melhor vida, por dentro e por fora”, escreveu Shero. O influencer estava longe de imaginar que o seu curto post, de poucos segundos, ajudaria

“Refinado” Kaio César está na mira do FC Porto. André André aprova

Kaio César, ex-extremo do Vitória de Guimarães e atualmente nos sauditas do Al-Hilal, está referenciado pelo FC Porto, ao que a Renascença apurou.

Pode ser uma boa solução para o ataque do FC Porto, consider André André. Em declarações a Bola Branca, o antigo médio dos dragões e Vitória, que partilhou balneário com o brasileiro em Guimarães, refere que Kaio César, de 21 anos, é diferente – para melhor – de William Gomes, que atua na mesma posição, tal como o compatriota de ambos Pepê.

“Tem um grande pé esquerdo, condução de bola e arranque. É mais refinado que o William Gomes. Não tem medo de arriscar e de ir para cima e isso é muito bom para a equipa. Não digo que entre de caras no onze, pois na direita está o Pepê – que considero o melhor jogador do Porto neste momento, mas o Porto fica com um plantel muito mais forte”, diz André André, agora com 36 anos e já retirado dos relvados.

“É uma contratação como solução imediata e com margem de progressão [desportiva], mas também com um objetivo financeiro”, reforça o ex-jogador, para quem a equipa de Farioli é “séria” candidata ao título e tem “entusiasmado os adeptos”.

Custou nove milhões ao Al-Hilal

Kaio César, de 21 anos, joga à direita e à esquerda do ataque. Formado no Coritiba, rumou em 2024 ao Vitória, primeiro por empréstimo e depois em definitivo, a troco de um total de 4,5 milhões pelas duas operações.

Em 2024/25, brilhou com quatro golos e oito assistências em 33 jogos pelos minhotos, antes de ser vendido, em janeiro deste ano, ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, por nove milhões de euros. A primeira meia época correu bem ao extremo, que somou três golos e três assistências em 20 jogos sob o comando de Jorge Jesus.

Esta temporada, Kaio César pode nem chegar a jogar pelo Al-Hilal: já em julho, o jornal “Record” adiantara que o extremo poderia voltar à Europa. Agora, a Renascença avança que o destino pode ser o FC Porto.

PRR. Reprogramação das Agendas finalizada com reforço de 319 milhões de euros na dotação

As Agendas Mobilizadoras e das Agendas Verdes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram reforçadas em 319 milhões de euros, elevando a sua dotação global para 3.000 milhões, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Economia e Coesão Territorial.

Em comunicado, o ministério dá assim como finalizada a reprogramação destas agendas, que abrangeu a análise de 37 pedidos apresentados pelos consórcios promotores e elevou o total de investimento para 7.300 milhões de euros, dos quais 5.300 milhões são elegíveis para os apoios.

Segundo salienta, as áreas setoriais com acréscimos “mais expressivos, em linha com as prioridades europeias e nacionais”, são a aeronáutica e espaço, as tecnologias de informação e comunicação e os transportes, mobilidade e logística.

“Com esta reprogramação garante-se a execução das agendas, apostando em setores estratégicos que contribuirão para impulsionar o crescimento económico de Portugal“, afirma o ministro da Economia e da Coesão Territorial, citado no comunicado.

Para Castro Almeida, “as agendas mobilizadoras são um excelente veículo para uma aliança entre as empresas e o sistema científico e tecnológico, que permite acelerar a inovação produtiva e a reindustrialização sustentável“.

De acordo com a tutela, o objetivo do processo de reprogramação das Agendas Mobilizadoras e das Agendas Verdes foi “assegurar a execução eficaz dos investimentos contratualizados e garantir o cumprimento rigoroso dos prazos e metas definidos no PRR”.

O processo abrangeu a análise de 37 pedidos apresentados pelos consórcios promotores e envolveu 1.757 entidades distintas.

“O setor da defesa e da aeronáutica destacou-se pelo acréscimo mais significativo de apoios, alinhado com a prioridade europeia e nacional de reforço da autonomia tecnológica e industrial“, enfatiza.

Segundo detalha, todos os restantes setores estratégicos viram os apoios reforçados, com exceção da fileira da energia, cuja redução resultou de uma “reavaliação técnica sobre a maturidade das novas tecnologias e de ajustamentos às condições de execução dos projetos, sem prejuízo da sua relevância estratégica”.

As Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial são um dos pilares do PRR e visam mobilizar e reforçar as capacidades científicas e tecnológicas do país através da implementação de projetos colaborativos abrangendo todo o ciclo de inovação.

São baseadas em consórcios entre empresas e instituições académicas, científicas e/ou tecnológicas, tendo os projetos de inovação empresarial mais alinhados com a transição climática e a sustentabilidade ambiental ficado classificados como Agendas Verdes.

A necessidade de reprogramação das Agendas decorreu da extensão do prazo para cumprimento da meta final, de 31 de dezembro deste ano para 30 de junho de 2026, aprovada na última reprogramação do PRR, permitindo “ajustes nos seus objetivos e resultados” e “reforços e reduções nas ambições das Agendas, mantendo-se o foco na maximização de Produtos, Processos e Serviços (PPS) abrangidos pelos projetos de investimento”.

A conclusão dos PPS tem como data limite 30 de junho de 2026 e a execução financeira dos projetos tem como data final 31 de dezembro de 2026.

Das 52 Agendas Mobilizadoras contratualizadas, 30 solicitaram aumento de ambição, com a proposta de inclusão de novos PPS; uma propôs a redução de ambição, eliminando PPS e seis mantiveram o número de PPS originais, mas alteraram-nos de forma a ajustar a sua concretização aos prazos de conclusão.

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Lil Nas X sossega os fãs após ter sido detido e hospitalizado: “Foi muito assustador, mas vou ficar bem”

Lil Nas X assegurou os fãs de que se encontra bem de saúde, após ter sido detido e hospitalizado por suspeitas de sobredose de drogas, em Los Angeles.

Num vídeo partilhado em ‘story’ no Instagram, o rapper admite que os últimos quatro dias “foram terríveis”, mas acrescentou: “Vou ficar bem. Foi muito assustador, mas vou ficar bem”.

Na passada quinta-feira, o rapper foi encontrado a caminhar pelas ruas de Los Angeles em roupa interior. À chegada dos polícias, Lil Nas X terá avançado em direção aos agentes, sendo detido por suspeita de agressão. Caso seja condenado, poderá vir a cumprir uma pena de prisão.

O rapper declarou-se, entretanto, inocente das acusações – e o seu pai afirmou à “TMZ” que Lil Nas X “está bem e muito arrependido do que aconteceu”.

Quem é Lisa Cook, a ex-conselheira de Obama despedida por Trump em plena guerra aberta à Reserva Federal

Obecado com ideia de uma descida rápida das taxas de juro norte-americanas, caminho que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (Fed) tem evitado, Donald Trump subiu de tom das críticas ao maior banco central dos mundo, escalando o ataque no final do dia de segunda-feira com a demissão da governadora, Lisa Cook, nomeada em 2022. Afirmou que a administradora seria afastada, devido a alegada “fraude” relacionada com hipotecas imobiliárias, e sublinhou que a demissão teria “efeitos imediatos”. Nunca nenhum governador da Fed foi demitido por questões semelhantes.

Doutorada em Economia, Lisa Cook foi apontada para governadora da Fed pelo governo democrata de Joe Biden, tornando-se a primeira mulher afro-americana, em mais de 100 anos, a ocupar um cargo de maior relevância naquele que é considerado o banco central mais influente do mundo.

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Governo desmente candidata do PSD à Amadora: não há acordo para demolições na Cova da Moura

O Ministério das Infra-Estruturas e Habitação desmente Suzana Garcia, candidata do PSD à Câmara da Amadora, e nega que exista qualquer acordo relativo à demolição de habitações no bairro da Cova da Moura, como afirmou a própria. A informação foi avançada pelo Observador e confirmada pelo PÚBLICO.

Na segunda-feira, a candidata do PSD à Câmara da Amadora tinha prometido erradicar o bairro da Cova da Moura durante o próximo mandato, afirmando ter um acordo com o Governo de Luís Montenegro nesse sentido. “Já tenho um programa feito com o Ministério das Infra-Estruturas. Estamos a trabalhar há uns três meses na erradicação da Cova da Moura e vou mesmo erradicar aquilo tudo”, afirmou em declarações à agência Lusa. O Governo desmente tais afirmações.

Confrontada pelo Observador, a candidata corrigiu a primeira versão e afirma agora que, afinal, o projecto está a ser desenvolvido exclusivamente pela sua candidatura e só “será posteriormente apresentado” à tutela. Neste recuo, fonte oficial da candidatura diz ao Observador que se trata “de uma iniciativa da candidatura, não do executivo municipal nem do Governo central”.

No entanto e embora não exista “garantia formal da viabilidade do plano”, a candidata insiste que em caso de vitória, o projecto terá o apoio do actual Governo da AD. “Preenchidos todos os requisitos que venham a ser indicados pelo Governo, nomeadamente pelo ministério, este processo será realizado com o apoio do mesmo, nomeadamente, com recurso a programas nacionais e linhas de financiamento específicas para a habitação e requalificação urbana”, afirma.

Ao mesmo jornal, o gabinete do ministério tutelado por Miguel Pinto Luz garante que “não acordou qualquer programa relativo à Cova da Moura com a candidatura de Suzana Garcia, nem com qualquer outra candidatura autárquica”. No entanto, o Governo não esclarece se existem conversações no sentido de implementar um plano de demolições na Cova da Moura, em caso de vitória desta candidata, que é cabeça de lista de uma coligação que integra PSD, CDS, PTM, RIR e PPM.

Questionado pelo PÚBLICO, o gabinete do Ministério das Infra-Estruturas e Habitação não quis acrescentar mais informações.

Em 2021, Suzana Garcia já tinha sido candidata à Câmara da Amadora, tendo ficado em segundo lugar, com 24,6%, atrás da candidata do PS, Carla Tavares, que teve 43,9%. Em Junho de 2024, Carla Tavares trocou a autarquia por um lugar no Parlamento Europeu, tendo sido substituída por Vítor Ferreira, até então vice-presidente da autarquia. Além do actual autarca e da vereadora Suzana Garcia, concorrem à Câmara da Amadora João Pimenta Lopes (CDU), Anabela Ferreira (BE), Rui Paulo Sousa (Chega) e Hugo Lourenço (Livre).

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