Campanha do Livre está a profissionalizar-se e não desiste de uma nova geringonça

O arranque da campanha para as legislativas parece provar que a máquina política é daquelas que só fica oleada com o passar do tempo. Um ano depois, Rui Tavares e o Livre regressaram à rua e bastou cinco minutos numa das principais estações de comboios em Lisboa para se notarem as diferenças.

Eu quero ver o pessoal em Portugal a votar Livre”, cantava um rapper brasileiro, mesmo ao lado da boca do metro do Cais do Sodré. É um de vários que reconheceu Rui Tavares e que fez questão de o cumprimentar. De março do ano passado para cá, as bandeiras pouco reconhecidas do Livre transformaram-se num apoio reforçado e convicto (mesmo que ainda pontual) ao Livre.

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“O PS já não é o que era. Uma nova esquerda faz todo sentido. Acho que as ideias que estão a trazer neste momento são essenciais. É o que o país precisa”, conta Marta de 21 anos, apanhada pelos jornalistas e pela caravana do Livre, mesmo antes de entrar no cacilheiro que a vai levar a Cacilhas.

Os olhares que acolhem os panfletos do Livre com agrado são o resultado de um jogo de soma duplo – são causas e efeitos da “profissionalização” do partido que se vai notando aqui e ali por estes dias de campanha.

​Especial Campanha. Depois da rádio, candidatos fazem-se à estrada

A primeira prova está no cumprimento simpático e descontraído que o líder, Rui Tavares, faz ao antigo cabeça de lista as europeias, Francisco Paupério. No ano passado, os resultados das eleições primárias abertas que deram a vitória a Paupério geraram polémica, com a direção do Livre a levantar suspeitas sobre possível viciação de resultados.

Até ao dia das eleições (que deixaram Paupério fora do Parlamento Europeu por pouco), o ambiente nunca amainou e a presença de Rui Tavares na campanha foi esporádica, apesar de o líder ter sempre afastado qualquer mal-estar interno. Agora, as divergências adivinham-se superadas e o partido parece querer passar uma imagem de união – não fosse Paupério o número seis por Lisboa.

Mas os sinais de uma presença mais solidificada nas ruas não ficam por aqui. Uns metros à frente, o local escolhido para fazer declarações à imprensa parece profético – um grande cartaz do partido, com os três primeiros candidatos nas listas por Lisboa. É um sinal de esperança para eleger mais um deputado por Lisboa?

“Claro que gostaríamos de eleger a Patrícia Gonçalves [número três por Lisboa]”, admitiu. Mas perante a pergunta “hiper-complicada” dos jornalistas sobre metas para o dia 18 de maio, Rui Tavares diz preferir fazer prognósticos só no fim do jogo. “Um número ideal [de deputados] não vou dizer. Tem-nos corrido bem não dizer”, justificou, entre risos.

Partidos de esquerda, “digam ao que vêm”

O estilo descontraído de Rui Tavares não desapareceu – chegou de bicicleta ao Cais do Sodré e fez questão de receber nas mãos o livro de um apoiante –, mas o tom parece cada vez mais aguçado contra os adversários, de uma ponta à outra do espetro político.

“Não há um assumir claro da responsabilidade numa alternativa de governação [à esquerda]. Seria muito importante que os partidos progressistas e da ecologia dissessem ao que vêm, porque é isso que pode mobilizar o eleitorado”, assinala, no que se aproxima de um recado ao PS, mas também ao PCP e ao Bloco.

O cenário de uma geringonça 2.0 é improvável perante as mais recentes sondagens, mas Rui Tavares quer estar preparado se o cenário surpreender a 18 de maio e a esquerda conseguir jogar com maiorias no parlamento. Por isso, já decidiu até as condições para entrar num eventual governo chefiado por Pedro Nuno Santos – o reforço do apoio à Ucrânia, o reconhecimento da soberania da Palestina, a recusa de privatizações no Serviço Nacional de Saúde, a obrigatoriedade de levar os ministros a audições parlamentares prévias e, claro, os critérios éticos do chefe do governo.

É um elevar da fasquia da ética na governação, com uma condição para o primeiro-ministro. Não pode ter uma empresa como a de Luís Montenegro – ou a fecha, a vende ou põe numa gestão profissional independente”, apontou.

Na campanha da AD fala-se em maioria absoluta, mas para já Montenegro pede apenas "maioria maior"

O medo da alteração constitucional

A estratégia de travar uma maioria em força à direita ficou também evidente no Debate da Rádio. No meio de críticas a Luís Montenegro sobre o apagão da semana passada (nomeadamente, sobre a falta de protocolos com as operadoras móveis para o envio de alertas para os telemóveis por ondas rádio), o líder do Livre mostrou-se preocupado com a possibilidade de os partidos à direita ocuparem dois terços dos lugares no Parlamento, dando-lhes a cartada de alterar a Constituição.

O medo ficou por explicar no debate, mas à tarde Rui Tavares fez questão de esclarecer, com um exemplo que recordou do Chega para alterar o artigo 26.

“É interdito utilizar dados sobre as nossas famílias, obtidos de forma abusiva e contrária à dignidade humana. O Chega não punha um ponto final nesta frase. Punha uma vírgula, excecionando daqui tudo que tivesse a ver com segurança pública – e nem era ataque terrorista iminente, não era segurança do Estado. Era basicamente aquilo que uma chefia policial, um ministro da Administração Interna do Chega pudesse fazer”, apontou.

Rui Tavares pede “alternativa clara” de Governo e antecipa “pressão muito grande” para juntar PS e PSD

A nível de políticas, as críticas à AD andam de mãos dadas com o exercício de demonstrar a pertinência do Livre na última legislatura. Depois do passe ferroviário verde (uma ideia implementada pelo Governo, mas que o Livre diz ser da sua autoria), Rui Tavares vem agora sugerir que a AD pode já estar “a roubar a próxima ideia do Livre, que é o passo de mobilidade nacional, que não cobre só o modo ferroviário e rodoviário, mas várias modalidades de transporte, incluindo os barcos”.

Os ataques mais duros contra a direita têm, no entanto, como alvo a Iniciativa Liberal. O “pingue-pongue entre Ruis” promete continuar ao longo dos próximos dias – depois de Rui Rocha ter dito que não há razão para a esquerda falar em “papões” nas políticas da IL, o homónimo Tavares puxa da ciência política para rebater esse argumento.

“Querem privatizar empresas públicas para tapar um buraco de seis mil milhões de euros, números da própria Iniciativa Liberal, até ao fim da próxima legislatura. (…) Ora nós não vamos ter uma RTP para vender todos os anos. (…) Isto que a Iniciativa Liberal está a propor é completamente desviado da tradição do liberalismo europeu e é muito mais próximo de um ‘motosserrismo’, que é uma tendência dos pseudoliberais dos últimos anos”, criticou.

Edifícios no Cais do Ginjal em Almada começaram a ser demolidos nesta segunda-feira

A presidente da Câmara Municipal de Almada, no distrito de Setúbal, disse nesta segunda-feira que já começaram as demolições no Ginjal pelo Grupo AFA, proprietário dos edifícios identificados como estando em risco.

Inês de Medeiros, que falava na reunião da Câmara Municipal de Almada, adiantou que depois das demolições, que começaram nesta segunda-feira, o Grupo AFA avançará com obras para permitir que seja possível circular na zona com segurança.

“O Grupo AFA iniciou hoje [segunda-feira] as demolições no Ginjal, já foram feitas as recolhas de todas as imagens. O Grupo AFA ficou obrigado, uma vez a demolição feita, a arranjar aquele espaço e permitir que haja passagem não apenas para os que querem usufruir do Ginjal, mas para quem quer aceder ao comércio”, disse a autarca, adiantando que há uma parte mais complicada na obra devido à existência de amianto.

Segundo o Grupo AFA, as demolições decorrem de uma avaliação técnica determinada por vistorias realizadas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil.

Quanto às pessoas que moravam nos edifícios, Inês de Medeiros referiu que continuam a ser acompanhadas pelas equipas de ação social, juntamente com a Santa Casa da Misericórdia de Almada.

A situação de alerta decretada pela Câmara Municipal de Almada para o Cais do Ginjal, em Cacilhas, terminou na quinta-feira, mas a circulação de pessoas na zona mantém-se interdita.

Em 03 de abril, a Câmara de Almada decretou “situação de alerta”, nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil, tendo em vista a interdição de circulação de pessoas no Cais do Ginjal, desde as proximidades do terminal fluvial de Cacilhas até aos estabelecimentos de restauração existentes no Olho-de-boi.

Acesso ao Cais do Ginjal, no concelho de Almada, vedado pelo menos até 1 de maio

A “situação de alerta” vigorou até quinta-feira e não foi renovada.

A Câmara de Almada notificou os proprietários do edificado e a Administração do Porto de Lisboa (APL) para a realização de obras e apresentou uma proposta concreta ao Governo para encontrar uma solução que possibilite a reabilitação do espaço.

As pessoas que viviam na zona, em edificados devolutos, tiveram de sair do local e ficaram alojadas numa Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP) criada na Escola Secundária Anselmo de Andrade, que foi depois desativada em 15 de abril. Atualmente, estão em outros alojamentos temporários.

Autarquia de Almada desactivou zona de acolhimento temporário dos moradores do Cais do Ginjal

Numa resposta enviada à agência Lusa, o Grupo AFA explicou que as demolições não têm qualquer relação com o início das obras de requalificação previstas para o Ginjal, salientando que o projeto que tem para a área é público e cumpre todos os requisitos legais e regulamentares, incluindo as aprovações camarárias.

“Neste momento, a intervenção prende-se exclusivamente com questões de segurança”, sustentou.

Em novembro de 2020, a Câmara de Almada aprovou, por unanimidade, o Plano de Pormenor do Cais do Ginjal, para a intervenção e reabilitação profunda daquela área, num projeto conjunto com o Grupo AFA.

Para a zona, o Grupo AFA estima um investimento de 300 milhões de euros para uma área com cerca de 90 mil metros quadrados, prevendo a construção de um complexo de habitação com cerca de 300 fogos, várias frações de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda 500 lugares de estacionamento.

O último presente: Francisco mandou transformar papamóvel para crianças de Gaza

O Papa Francisco doou um dos seus papamóveis para ser convertido numa unidade móvel de saúde para as crianças da Faixa de Gaza. O Papa Francisco, antes de morrer, ordenou que o seu papamóvel fosse transformado em clínica infantil para Gaza. A Vatican News escreve que o “papamóvel da paz” é o último presente de Francisco a Gaza. As delegações de Jerusalém e da Suécia da organização de solidariedade social Caritas, do Vaticano, divulgaram esta segunda-feira fotos do veículo adaptado, doado pelo Papa pouco antes de morrer. Não se sabe, contudo, quando é que poderá ser utilizado. A doação foi

Há um Leão que nunca se perde no meio da selva: Sérgio Conceição soma terceira vitória seguida pelo AC Milan (pela primeira vez)

O tempo não volta para trás, o presente também não compra tempo para a frente. Apesar de atravessar uma das melhores fases desde que chegou ao AC Milan, Sérgio Conceição continua a ser colocado em causa como uma opção de futuro em Milão. Há muito que os rossoneri não ganham duas competições na mesma época, como pode acontecer agora em 2024/25, mas a mais do que provável ausência na próxima edição da Liga dos Campeões ganha um peso extra tendo em conta os objetivos desportivos da administração do clube quando fez a troca no comando técnico entre Paulo Fonseca e o antigo treinador do FC Porto. Ainda assim, e apesar dos caminhos apertados em metas possíveis na Serie A, o português recusava qualquer tipo de gestão dentro das opções iniciais da equipa tendo em conta a proximidade da final da Taça diante do Bolonha.

Entrada de rompante evitou o susto: Milan soma nova vitória em casa do Veneza com golos de Pulisic e Giménez

“Não tenho de gerir nada. Todos os dias sentimos a responsabilidade de trabalhar para um clube como o AC Milan. Sabemos que a liga é o que é, temos a responsabilidade de mostrar qualidade todos os dias e revelar que somos uma equipa diferente daquela que mostrámos ser no passado. A gestão em que outros treinadores pensam ou a que fazem não muda nada. Pensamos jogo a jogo para melhorarmos todos os dias. Primeiro pensamos no Génova, depois é que vem o Bolonha”, apontou o técnico, mostrando vontade de consolidar um fator que acabou por pesar em todo o trajeto desde janeiro: a regularidade (ou falta dela).

“Trabalhamos para termos consistência porque a equipa sempre criou a nível ofensivo. Trabalhamos nos erros, individuais e coletivos, que não podem ser cometidos. Temos de ser consistentes. Trabalhamos para que a equipa seja equilibrada, os jogadores começam a entender aquilo que quer a equipa técnica. Temos tido alguns passos atrás, como a lesão de Jovic em Veneza, mas conto com toda a gente, confio em todos. Rafael Leão e Theo Hernández? Todos reconhecem a qualidade dos jogadores mas temos de ser consistentes. Estamos a falar de jogadores que já provaram o que valem e ganharam um scudetto, nas respetivas posições são dos melhores do Mundo. Há ciclos e às vezes as coisas não correm tão bem mas o que importa é o momento”, acrescentar antes de mais um encontro como visitante na Serie A, neste caso diante do Genoa.

Depois de muitos contratempos a nível de resultados na sequência da conquista da Supertaça, diante dos rivais Juventus e Inter, o AC Milan foi conseguindo melhorar nos últimos tempos, ganhando de uma forma expressiva os nerazzurri nas meias-finais da Taça de Itália antes de bater também o Veneza fora, igualando a melhor série de triunfos seguidos desde que regressou a território transalpino. Agora, apesar de ter estado novamente em desvantagem, chegou mesmo à terceira vitória consecutiva, contando com um Rafael Leão que saiu do banco na primeira parte, andou sempre apagado mas necessitou apenas de dois minutos para marcar e “assistir” para o autogolo da reviravolta, levando 12 golos e 11 assistências em 48 encontros.

Num duelo entre dois antigos internacionais agora treinadores que passaram por três equipas italianas mas sem nunca se cruzarem em campo a não ser na meia-final do Europeu de seleções de 2000 (com a vitória da França por 2-1 com o golo dourado de Zidane de penálti), foi o Genoa de Patrick Vieira que começou melhor, com Brooke Norton-Cuffy a passar por dois adversários pela direita com uma só finta antes do tiro cruzado travado por Maignan (7′). Com apenas um golo sofrido nos últimos quatro encontros, o 3x4x3 do AC Milan tinha o primeiro susto que não passou disso mesmo e voltou a ver o guarda-redes francês brilhar após um canto a um desvio a meias entre Júnior Messias e Pulisic (23′). Era a equipa da casa que estava por cima.

Já perto da meia hora, fruto da lesão de Fofana (com o recuo de Loftus-Cheek, em dupla com Reijnders no meio-campo), Rafael Leão foi lançado por Sérgio Conceição na partida. Não houve propriamente um nexo de causa-efeito pela presença do português em campo mas foi a partir daí que o AC Milan conseguiu esticar mais o seu jogo com bola ao último terço, tendo uma primeira ameaça num remate de meia distância de Theo Hernández (37′) e falhando depois a melhor oportunidade até ao intervalo com Pulisic a surgir sozinho na área para uma tentativa travada por Nicola Leali, a sair da baliza e a fazer a “mancha” (41′).

Esperava-se mais do avançado português, brilhou outro avançado português: Vitinha, avançado formado no Sp. Braga que está cedido pelo Marselha ao Genoa, entrou em campo com meia hora por jogar e marcou na primeira vez tocou na bola, desviando de primeira sozinho na área após cruzamento da esquerda para o 1-0 (61′). O AC Milan estava forçado a mais uma reviravolta para conseguir a terceira vitória seguida, tendo pela frente um dos adversários que menos pontos tinha perdido após chegar à vantagem e com uma chuva que dava cada vez menos tréguas no Luigi Ferraris, e Sérgio Conceição lançou a dupla Santi Giménez e João Félix na frente de ataque. Em dois minutos, funcionou: o argentino ganhou na profundidade para Rafael Leão fazer o empate (76′) e, no lance seguinte, um cruzamento de Leão acabou com autogolo de Morten Frendrup ao tentar evitar o remate de Félix (77′). Num ápice, tudo virara em definitivo na partida.

Ministra designa gestor Filipe Campos Silva para vice-presidente do Património Cultural

O Ministério da Cultura designou o gestor Filipe Manuel Campos Silva para o cargo de vice-presidente do instituto público Património Cultural (PC-IP), em regime de substituição, indica esta segunda-feira um despacho publicado no Diário da República.

O despacho assinado pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, é datado de 24 de abril e produz efeitos desde 16 de abril, data em que entrou em vigor o despacho da cessação de funções de Ângelo Silveira do mesmo cargo, “a seu pedido”.

“Designo para exercer funções, em regime de substituição, para o cargo de vice-presidente do conselho diretivo do Património Cultural, I. P., Filipe Manuel Campos Silva, que evidencia perfil adequado e demonstrativo da aptidão e da experiência profissional necessárias ao exercício do referido cargo”, justifica a ministra da Cultura no despacho hoje publicado.

No documento, a ministra Dalila Rodrigues recorda que “se encontra a decorrer o procedimento concursal junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), para a designação dos três cargos dos membros do conselho diretivo” do PC-IP.

Num contexto em que o atual Governo se encontra em gestão, “e, por esse facto, limitado à prática de atos estritamente necessários”, a tutela lembra que aquele instituto “gere os programas e projetos financiados por recursos financeiros da União Europeia e outros de natureza internacional”, enquadrando a nomeação na “necessidade de assegurar as funções do atual vice-presidente, de coordenação de todos os trabalhos de natureza técnica”.

Os trabalhos em causa que envolvem o PC-IP são sobretudo a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o desenvolvimento dos trabalhos do departamento de obras do instituto, aponta ainda a ministra no despacho.

Nascido em Luanda, em 30 de novembro de 1965, Filipe Manuel Campos Silva era,anteriormente, diretor em regime de substituição, do Departamento de Planeamento e Gestão da Direção de Serviços do PC-IP, refere a nota curricular do despacho.

Licenciado em Gestão e Administração Pública pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, foi docente na Universidade Internacional (1994-1995) e é conferencista e formador nas áreas da gestão orçamental e financeira, recursos humanos, auditoria, contratação pública e prevenção da corrupção.

Em 2019 e 2020, exerceu o cargo de adjunto no Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Justiça do XXII Governo, e de 2015 a 2019, foi subdiretor-geral da Direção-Geral do Património Cultural.

Anteriormente, entre 2014 e 2015, coordenou a Unidade de Auditoria Interna da mesma instituição, e em 2012 e 2013, foi controlador financeiro da Unidade Nacional de Gestão do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu — EEA Grants.

De 2008 a 2012, dirigiu os Serviços de Gestão da Direção-Geral de Arquivos, e entre 2004 e 2008, desempenhou funções como inspetor na Inspeção-Geral de Finanças.

Em 2003 e 2004, foi assessor da Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária, e nos dois anos anteriores, chefiou a Divisão de Gestão Financeira da Assembleia da República.

Ângelo Silveira tinha sido nomeado em junho de 2024 pela ministra da Cultura, em regime de substituição, a par do presidente, João Soalheiro, e da outra vice-presidente, Ana Catarina Sousa.

No mês anterior, o Ministério da Cultura tinha anunciado a substituição das equipas dirigentes dos dois órgãos nascidos a partir da separação da DGPC, com as escolhas de Alexandre Pais para a MMP e de João Soalheiro para o Património Cultural.

Passados dois meses, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, anunciou que mandou averiguar a conduta laboral do investigador João Soalheiro à frente do instituto público, na sequência de uma denúncia anónima.

O processo acabou arquivado pela Inspeção-Geral das Atividades Culturais semanas depois “por não resultar indícios de qualquer ação ou orientação contrária à lei, no quadro das opções gestionárias do novo conselho diretivo designado”.

João Correia assume comando interino do Athletico Paranaense

Técnico português de 31 anos sucede a Maurício Barbieri no clube da Série B do Brasileirão

Aos 31 anos, o português João Correia é o novo treinador do Athletico Paranaense, de forma interina. O jovem técnico luso comandava a equipa sub-20 do clube brasileiro e foi o escolhido para substituir Maurício Barbieri, demitido na sequência da derrota (1-4) com o Botafogo-SP, na noite de domingo, na 6ª jornada da Série B do Brasileirão.

Natural de Lisboa, João Correia chegou ao clube no ano passado, vindo do Barra – clube de Santa Catarina – e tem estado em grande: registou nove vitórias e um empate nos últimos 10 jogos pelos sub-20 do Athletico, que é vice-líder do Brasileirão da categoria. Antes, o português foi adjunto no Atlético Goianiense, Vasco e Cuiabá. Em Portugal, passou pelos sub-14 do Benfica, além de 1º de Dezembro, Estoril (olheiro), GS Loures, Oeiras e Olivais e Moscavide.

Gatos e cães estão a ficar fisicamente parecidos. A culpa é dos humanos

A domesticação tornou os gatos e os cães mais diversificados, mas também curiosamente semelhantes – com sérias implicações para a sua saúde e bem-estar, revela nova investigação. À primeira vista, gatos persas e pugs não parecem ter muito em comum. Um é um gato, o outro é um cão, separados por 50 milhões de anos de evolução. Mas quando a bióloga Abby Grace Drake e os seus colegas examinaram 1.810 crânios de gatos, cães e seus parentes selvagens, descobriram algo estranho. Apesar das suas histórias distantes, muitas raças de gatos e cães apresentam semelhanças impressionantes na forma do crânio. Na

BE alerta para “ameaças da direita” à escola pública

Perto de 90 alunos da Escola da Básica Natália Correia, em Lisboa, viram o estabelecimento de ensino ser encerrado devido a obras em edifícios vizinhos e, ainda, não conseguiram regressar.

Frequentam temporariamente a secundária Dona Luísa Gusmão e, a partir de setembro, vão ser instalados em monoblocos na área de estacionamento na básica Nuno Gonçalves.

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O diretor do agrupamento de escolas Nuno Gonçalves, na Penha de França, Vasco Gonçalves garante que é a alternativa possível.

“[A situação] deixa-nos bastante preocupados porque a escola Natália Correia, como edifício histórico, está estragado. Não há outra forma de o dizer. O edifício está com fissuras”, contou o responsável, esta segunda-feira, durante a visita da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.

Também os pais estão “preocupados”, sobretudo, porque “não há garantias” se ou quando os filhos poderão regressar à escola original, admitiu o representante da associação de pais, Ricardo Rodrigues.

“Continuamos sem prazos ou timings para a reparação. Só respostas vagas”, apontou o encarregado de educação, lamentando que continuem “sem saber o que esperar”.

A situação dos 88 alunos da Básica Natália Correia saltou, esta segunda-feira, para a campanha eleitoral do Bloco de Esquerda, com Mariana Mortágua a pedir mais investimento público e a alertar para o que diz ser “as ameaças da direita” à escola publica.

“Há projetos perigosos para a escola”, alertou a bloquista, dando como exemplo o projeto da Iniciativa Liberal que propõe “a redução de funcionários administrativos para poupar 1.500 milhões de euros”.

“Se fizermos as contas, isso quer dizer que tinham que sair todos os funcionários administrativos do Estado. Todos. Não sobrava um”, apontou.

A líder bloquista não tem dúvidas que o projeto da direita é “terminar de privatizar os serviços públicos” que são “cada vez mais áreas de negócio” . Daí, apontou, “propostas como o cheque ensino” em nome da liberdade de ensino, mas “nós não queremos ter a liberdade de ter escolas para ricos e para pobres”, rematou Mariana Mortágua.

Novos horários dos barcos Seixal-Lisboa com menos duas ligações de manhã

A comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal contesta o novo horário do transporte fluvial, que entrou em vigor na sexta-feira, alertando que implicou o corte de duas ligações entre as duas margens no período da manhã.

A Transtejo anunciou que, a partir do dia 2 de maio, com o reforço da operação 100% elétrica, entrava em vigor um novo horário aos dias úteis, na ligação fluvial do Seixal.

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“Esta nova experiência de viagem surge no âmbito do plano de renovação da frota, mediante a aquisição de 10 novos navios 100% elétricos. Esta medida constitui um assinalável contributo para a promoção da mobilidade sustentável, alinhado com a política de descarbonização da economia e redução do impacto ambiental da operação e serviço público de transporte, permitindo alcançar ganhos em eficiência energética e reduzir a pegada carbónica”, explicava a empresa em comunicado.

Esta segunda-feira, a Comissão de Utentes dos Transporte Públicos do Seixal enviou um comunicado à agência Lusa a criticar a empresa, indicando que “para além de manter exatamente o mesmo número de ligações em ambos os sentidos, seja nos dias úteis, seja aos sábados, domingos e feriados, conseguiu o feito de cortar uma ligação na ponta da manhã Seixal-Lisboa(Cais do Sodré) e outra Lisboa-Seixal”.

Segundo a comissão de utentes, entre as 06:00 e as 09:59 faziam-se (quando havia barco e tripulação) 19 ligações, 10 com partida do Seixal e nove com partida de Lisboa, mas, com os novos horários, passou a existir 17 ligações, nove com partida do Seixal e oito com partida de Lisboa.

No período da tarde, entre as 16:00 e as 19:59, o número de ligações passou de 17 (nove com partida do Seixal e oito com partida de Lisboa), para 18 (as mesmas nove com partida do Seixal e nove, mais uma, com partida de Lisboa).

À noite, acrescenta a comissão de utentes, a partir das 20:00, o quadro de diminuição de ligações é o mesmo: De sete ligações (três do Seixal e quatro de Lisboa) passaram a cinco ligações (duas do Seixal e três de Lisboa).

Por outro lado, segundo a comissão, foram reforçadas as ligações fora das horas de ponta e durante o dia, passando de 10 para 13.

Mas, aos sábados, domingos e feriados, o número de ligações é exatamente o mesmo que vigorava anteriormente, facto que é alvo de críticas por parte da comissão de utentes.

“Além de manipularem e propagandearem alterações que de facto não existiram, acham que à noite, aos sábados, aos domingos e feriados não se trabalha e/ou não se estuda, logo não se necessitam mais ligações”, refere a comissão no comunicado de imprensa, reivindicando horários que permitam também usar o transporte fluvial ao fim de semana de forma a que as populações de ambas as margens possam usufruir de eventos culturais.

A comissão de utentes defende que a Administração da Transtejo/Soflusa e o Governo, que a tutela, devem ir ao terreno falar com os utentes, ouvir as suas necessidades sete dias por semana, 24 horas por dia e fazerem os horários que lhes respondam às reais necessidades.

A Transtejo Soflusa (TTSL) é a empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa.

Em 2024, a TTSL transportou na ligação fluvial entre o Seixal e Lisboa um total de 1.040.043 passageiros.

Final da Taça de Portugal feminina entre Benfica e Torreense será às 15 horas de dia 17

Duelo acontece no Estádio Nacional, no Jamor, um dia antes das eleições legislativas

A final da Taça de Portugal feminina de futebol, entre o Benfica e o Torreense, irá começar às 15 horas do próximo dia 17, sábado, um dia antes das eleições legislativas, anunciou esta segunda-feira a Federação Portuguesa de Futebol. O duelo no Estádio Nacional, no Jamor, terá transmissão em canal aberto, na RTP 1, e irá opor as pentacampeãs nacionais (que já conquistaram o troféu duas vezes) e o emblema do Oeste, que procura a primeira vitória.

Por Record

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