Um árbitro insultou Klopp e agora Foi suspenso e vai frequentar um curso por comentários ofensivos

O árbitro inglês David Coote, que foi expulso da Liga inglesa de futebol por insultar o treinador Jürgen Klopp, foi suspenso pela federação inglesa (FA) por oito semanas e obrigado a frequentar um curso por comentários ofensivos.

Coote ganhou mediatismo na sequência da publicação de um vídeo, realizado durante a pandemia de covid-19, no qual qualificava o anterior treinador do Liverpool de “arrogante” e “alemão canalha”, assumindo não gostar do técnico germânico pelo facto de, após um jogo, o ter “acusado de mentir”.

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Em 28 de fevereiro, o antigo árbitro foi suspenso pelo Comité de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA até 30 de junho de 2026, por considerar que o juiz inglês violou “regras básicas de conduta” e “trouxe descrédito ao futebol e à UEFA”.

O árbitro inglês, que foi expulso pela Premier League em dezembro, está também a ser investigado pela UEFA devido à publicação de outro vídeo, no qual aparenta estar a cheirar um pó branco, numa situação que, alegadamente, ocorreu durante o Euro2024.

Internamente, a FA castigou-o hoje por “comportamento impróprio” e uso de “palavras abusivas e/ou insultuosas”, no referido vídeo, que remonta a julho de 2020, considerando que Coote teve o “comportamento agravado” pela “inclusão da referência – expressa ou implícita – à nacionalidade”.

Oh là là. Illia Zabarnyi, o primeiro ucraniano da história do PSG, custou cerca de 65 milhões

O futebolista ucraniano Illia Zabarnyi, que atuava em Inglaterra no Bournemouth, é reforço do Paris Saint-Germain para a nova temporada, tendo assinado um contrato por cinco temporada, anunciou esta terça-feira o atual campeão europeu.

Zabarnyi, que passa a ser o primeiro jogador ucraniano da história do Paris Saint-Germain, tem 22 anos, atua como defesa central e passou as últimas três temporadas no Bournemouth, depois de ter feito toda a formação e iniciado a carreira no histórico Dínamo Kiev.

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“Cheguei ao melhor clube no mundo e ao clube que tem o melhor projeto. Estou aqui para dar tudo em campo”, disse o internacional ucraniano (49 jogos e três golos), em declarações divulgadas pelo tetracampeão francês.

De acordo com a imprensa francesa, a contratação de Zabarnyi ao Bournemouth terá custado cerca de 66 milhões de euros aos cofres do clube parisiense.

O central ucraniano junta-se assim aos portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos e é a segunda contração dos parisienses para a época 2025/26, depois do guarda-redes Lucas Chevalier, que alinhava no Lille.

Descoberta surpreendente sobre as penas dos pavões: são capazes de emitir luz laser

É algo jamais documentado antes no reino animal, recentemente descoberto pela Ciência. A fonte deste superpoder está nos fascinantes “olhos” das penas dos machos. As penas da cauda dos pavões escondem um segredo que parece saído de um filme de ficção científica: as estruturas são capazes de emitir luz laser, revelou um estudo publicado no passado mês de julho na Scientific Reports. São os “olhos” nas penas que, após um processo especial de infusão de corante, podem funcionar como microcavidades ópticas, gerando feixes de luz altamente organizados — mais um dos impressionantes superpoderes da natureza. A investigação, conduzida por cientistas

Ministra da Saúde pede abertura de inquérito ao caso de jovem que teve parto na rua

A ministra da Saúde solicitou à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde a abertura de um processo de inquérito ao caso de uma jovem grávida que teve o parto numa rua do Carregado, no concelho de Alenquer.

“O procedimento foi já determinado pelo Inspector-Geral das Actividades em Saúde para investigar os factos relativos à assistência prestada pela Linha SNS 24 e pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no momento da ocorrência, bem como à assistência prestada pela Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo à grávida”, refere o Ministério da Saúde em comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) afirmou que a Central 112 encaminhou a chamada de socorro, tendo a mesma sido atendida pelo CODU às 10h29.

“Durante a triagem da situação, foi possível perceber que o parto já teria ocorrido”, adianta o INEM numa resposta escrita.

O CODU activou para o local uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, às 10h33, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Torres Vedras, às 10h37, dado que a VMER de Vila Franca de Xira estava empenhada noutra ocorrência.

Segundo o INEM, a mãe e a bebé foram transportadas para o Hospital de Santarém, com acompanhamento do médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação.

O caso foi noticiado pelo Correio da Manhã, que relatou que mulher de 28 anos e grávida de 40 semanas e cinco dias, teve o bebé numa rua do Carregado, com a ajuda do pai e também do companheiro. A mãe da jovem terá ligado para a Linha SNS 24 a pedir uma ambulância, mas a indicação terá sido para ir de carro para o hospital. Ligou depois para o 112, mas terá demorado a atender a chamada.

Ana Gomes

Começa na próxima quarta-feira, dia 13, a edição de 2025 do festival Vodafone Paredes de Coura. Até dia 16, nomes como os Air, Sharon Van Etten, Franz Ferdinand, Vampire Weekend ou Lola Young, entre outros, atuarão no ambiente verdejante da Praia Fluvial do Taboão. Preparámos para si um guia com tudo o que precisa de saber

Piloto da EasyJet suspenso por andar alcoolizado e nu em hotel de cinco estrelas em Cabo-Verde

Um piloto da companhia aérea britânica EasyJet, de voos de baixo-custo, chocou os passageiros que transportou no voo de segunda-feira, 4 de agosto, quando surgiu na madrugada de terça-feira, dia 5, muito alcoolizado e a andar nu pelas áreas comuns de um hotel de luxo em Cabo Verde.

Segundo indica o jornal The Sun, o experiente piloto que transportou turistas do Reino Unido até àquele arquipélago terá começado a beber pouco depois de chegar, tendo sido visto no bar a partir do final da tarde. As testemunhas referiram que chegaram a ver o homem completamente paralisado.

O piloto, cuja identidade não foi divulgada, foi visto depois a tirar a roupa e a dirigir-se para a receção do hotel Meliá Dunas Beach Resort and Spa, em Cabo-Verde, tendo depois seguido para o ginásio daquele estabelecimento. Por fim, dirigiu-se para o Spa. Tudo terá ocorrido por volta das 2h30 locais (4h30 em Portugal).

“Foi uma chocante a falta de profissionalismo do piloto. Foi o pináculo da estupidez. A sua carreira na EasyJet caiu por terra”, contou uma fonte conhecedora do processo de despedimento citada pelo mesmo jornal.

Estava previsto que o piloto fizesse a viagem de regresso a Gatwick na tarde de 6 de agosto, mas acabou por ser suspenso pela EasyJet e substituído por outro profissional.

O porta-voz da EasyJet, citado pelo The Guardian, reagiu, afirmando que “a segurança dos passageiros e da equipa é prioritária” para a companhia.

As normas da companhia de aviação, aliás, estabelecem que os funcionários deverão comportar-se “com integridade ao interagir com as pessoas, com os clientes, com os parceiros e comunidades com que operam”, indica a britânica BBC.

Texto editado por Carlos Diogo Santos

GPT-5: lançamento marcado pela controvérsia e recuo da OpenAI

O lançamento do GPT-5, há poucos dias, foi antecipado como o momento em que a OpenAI consolidaria a sua liderança tecnológica, prometendo um salto qualitativo que uniria capacidades multimodais — texto, imagem, áudio e vídeo — a um raciocínio mais profundo e contextual, disponível mesmo para utilizadores sem subscrições pagas. O novo modelo, segundo a própria empresa, seria capaz de lidar com contextos alargados de até 400 mil tokens na API e 256 mil no ChatGPT, introduzindo ainda um “modo pensante” para tarefas mais complexas e um sistema de reencaminhamento automático que escolheria, de forma inteligente, a variante do modelo mais adequada para cada pedido. Durante a apresentação do novo modelo, a OpenAI descreveu o GPT-5 como “como falar com um especialista com doutoramento”, um posicionamento que criou expectativas tão elevadas quanto difíceis de cumprir.

Contudo, poucas horas após o lançamento, a narrativa mudou. O que deveria ser celebrado como um marco tornou-se rapidamente num caso de estudo sobre falhas de comunicação, decisões estratégicas mal calibradas e a subestimação da relação emocional que muitos utilizadores estabeleceram com versões anteriores do ChatGPT. A decisão mais polémica foi a remoção súbita e sem aviso prévio de todos os modelos anteriores, incluindo o muito popular GPT-4o e variantes como o GPT-4.1 e o GPT-4.5. Ao contrário do que acontece com os clientes da API (soluções de terceiros ligadas ao GPT), que recebem notificações antecipadas sobre descontinuações, os utilizadores da aplicação e da versão web viram, de um dia para o outro, os seus fluxos de trabalho, desenvolvidos e refinados ao longo de meses, tornarem-se obsoletos.

Reacções negativas em cadeia

A reacção foi imediata e visceral. No Reddit, o thread “GPT-5 is horrible” acumulou milhares de votos e comentários. Um utilizador descreveu o novo modelo como “a versão OpenAI de shrinkflation”, numa alusão à prática de reduzir o conteúdo mantendo o preço; outro confessou simplesmente: “Sinto falta do 4.1. Tragam-no de Volta”. O Ars Technica compilou queixas que vão desde respostas mais curtas e menos inspiradas até a um tom excessivamente formal, comparado por alguns a uma “secretária sobrecarregada”, que despacha tarefas sem criatividade. Muitos relatavam perda de nuance colaborativa, algo que identificavam como marca do GPT-4o.

O Reddit tem sido usado por utilizadores descontentes com o GPT-5 para apresentarem as suas queixas
DR

Para utilizadores com assinatura Plus, a frustração foi agravada por limites de utilização mais restritivos no GPT-5, enquanto perdiam acesso a modelos nos quais baseavam tarefas críticas. No Windows Central, um artigo de protesto descrevia o GPT-5 como um “zombie corporativo bege”, acusando-o de sacrificar personalidade em nome de eficiência.

Essa percepção de “downgrade” foi amplamente debatida, incluindo no MIT Technology Review, onde se classificou o novo modelo mais como um “produto aperfeiçoado” do que um verdadeiro salto tecnológico. O Economic Times foi ainda mais duro, resumindo-o em duas palavras: “sobrevalorizado, decepcionante”.

Falhas técnicas

A contestação não se limitou a percepções subjectivas. Falhas técnicas reais reforçaram a insatisfação: o sistema de selecção do modelo encaminhamento automático, concebido para melhorar a experiência, acabou nos primeiros dias por encaminhar muitos pedidos para variantes menos capazes, criando inconsistências que deixaram alguns profissionais a duvidar da fiabilidade do serviço.

Por outro lado, a apresentação oficial foi criticada por causa de gráficos que representavam de forma imprecisa as melhorias de desempenho. Sam Altman, CEO da OpenAI, admitiu posteriormente, num Ask Me Anything no Reddit, que esse deslize foi “um erro crasso” e um “chart crime” — expressão usada para gráficos enganosos.

Um dos elementos mais reveladores deste episódio foi a constatação de que, para muitos, a IA deixou de ser apenas uma ferramenta. Altman reconheceu que alguns utilizadores mantinham uma ligação quase afectiva com modelos como o GPT-4o, descrevendo a tendência como “um fenómeno novo e complexo”, que levanta questões sobre dependência e a forma como alguns utilizadores atribuem traços quase humanos a sistemas algorítmicos. Esta relação emocional explica a intensidade das reacções. Um investigador entrevistado pela Wired referiu que “não foi só uma mudança de software; foi como perder um colega de trabalho com quem se tinha uma relação de confiança”.

Passo atrás

Perante a escala da contestação, a OpenAI adoptou uma postura de controlo de danos. Num gesto pouco habitual, Altman e elementos da equipa assumiram publicamente as falhas, pediram desculpa e anunciaram medidas imediatas. Entre elas, o restabelecimento do GPT-4o como opção para utilizadores com o plano de subscrição Plus, o aumento dos limites de utilização do GPT-5 e a promessa de maior transparência na identificação do modelo activo em cada sessão. A empresa comprometeu-se também a afinar o “thinking mode” e o sistema de reencaminhamento, para evitar experiências inconsistentes.

A reposição do GPT-4o foi vista como um recuo táctico e um sinal claro de que a empresa reconheceu ter subestimado a dimensão do apego dos utilizadores e o impacto operacional da mudança. Como escreveu a Axios, este episódio foi um lembrete de que “a inovação tecnológica, quando desacompanhada de comunicação clara e respeito pelos hábitos do utilizador, pode transformar-se num retrocesso de confiança difícil de reparar”.

Incêndio deflagra na cobertura de um prédio no Chiado

O incêndio que esta tarde deflagrou na cobertura de um prédio na Rua Nova do Almada, junto aos Armazéns do Chiado, em Lisboa, já está extinto, confirmou o Observador junto dos Bombeiros Sapadores de Lisboa. Não há registo de feridos.

O alerta foi dado pelas 12h54 e para o local foram acionados 22 elementos dos bombeiros. Não são ainda conhecidas as causas do fogo que, de acordo com a CNN, teve início num Alojamento Local no último andar do prédio.

Recorde-se que foi há 37 anos que deflagrou aquele que ficou conhecido como “o grande incêndio do Chiado”, a 15 de agosto de 1988, e que provocou a morte de duas pessoas e ferimentos a 73. Desde então aquela zona de Lisboa sempre gerou preocupação no que toca a incêndios.

Governo de Meloni já é o quarto mais duradouro em Itália e busca feito inédito

O Governo de coligação de direita radical de Giorgia Meloni atinge esta terça-feira a marca de 1.024 dias, sendo já o quarto com maior longevidade da República italiana, e aspira a ser o primeiro a completar a legislatura de cinco anos.

Desde o final da II Guerra Mundial, em 1945, e o fim da monarquia, decidido em referendo no ano seguinte, a República italiana teve, ao longo dos seus 79 anos, 68 governos, o que significa que a “esperança de vida” média de um Governo em Itália é de sensivelmente 13 meses, um marco já largamente superado pelo executivo de Meloni, em funções desde 22 de outubro de 2022.

Líder do partido pós-fascista Irmãos de Itália, Meloni tornou-se há quase três anos a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra — em Itália, formalmente Presidente do Conselho de ministros -, encabeçando uma coligação governamental que integra também o partido conservador Força Itália, fundado por Silvio Berlusconi e liderado por Antonio Tajani desde a morte do magnata há dois anos, e o partido populista de direita radical Liga, de Matteo Salvini.

Dada a facilidade e frequência com que os governos de coligação “caem” em Itália, muitos vaticinavam mais um executivo efémero, mas, apesar de alguns episódios de divergências internas, o «Governo Meloni» tem dado mostras de estabilidade, aproxima-se do “pódio” de governos mais duradouros e parece bem encaminhado para alcançar algo inédito na história da República italiana — cumprir os cinco anos de mandato.

Com a marca esta terça-feira alcançada, Meloni alcança a longevidade do governo liderado por Matteo Renzi, que esteve em funções 1.024 dias, entre 22 de fevereiro de 2014 a 12 de dezembro de 2016, e já só tem à sua frente três executivos: dois liderados por Berlusconi e um outro por Bettino Craxi.

Até agora o executivo italiano mais duradouro foi o segundo executivo liderado por Silvio Berlusconi (primeiro-ministro em três diferentes ocasiões), que governou 1.412 dias (entre 11 de junho de 2001 a 23 de abril de 2005), seguido do último governo liderado pelo magnata, também conhecido por ‘O Cavaleiro’ (‘Il Cavaliere’), que durou 1.287 dias (entre 08 de maio de 2008 a 16 de novembro de 2011), surgindo no terceiro lugar do pódio o governo que Craxi encabeçou durante 1.093 dias (entre 04 de agosto de 1983 e 01 de agosto de 1986).

Embora esteja longe de alcançar os nove anos (3.339 dias) de chefia de Governo que Berlusconi acumulou nos seus diferentes mandatos como primeiro-ministro, entre 1994 e 2011, Meloni poderá dentro de pouco mais de um ano, precisamente a 04 de setembro do próximo ano, tornar-se a chefe de governo em Itália com um executivo mais duradouro, superando os 1.412 dias do segundo mandato do “Cavaleiro”.

No entanto, o grande objetivo de Meloni passa por atingir um feito inédito na história da República italiana: tornar-se a primeira chefe de Governo a cumprir os cinco anos de legislatura.

Aproximando-se dos três anos de governação — marcada pela implementação de uma agenda conservadora, pelo combate à imigração ilegal e pelas disputas com o poder judicial, que pretende reformar —, Giorgia Meloni não só mantém intacta a sua popularidade em Itália como continua a subir nas intenções de voto.

As mais recentes sondagens revelam que se houvesse eleições agora, Meloni e os seus “Fratelli d’Italia” venceriam com 29% dos votos, acima do resultado que lhe conferiu o triunfo nas eleições legislativas de 2022 (26%) e com uma vantagem confortável sobre o principal partido da oposição, o Partido Democrático (centro-esquerda), com 23%, enquanto Liga e Força Itália conseguiriam ambos resultados em torno dos 9%, tal como há três anos.

Esta terça-feira, Meloni assinalou a marca de 1.024 dias como primeira-ministra nas suas contas na rede social, publicando a notícia de o seu Governo ser já o quarto mais duradouro em Itália com o comentário de que este é “mais um motivo para continuar a trabalhar com seriedade e determinação, retribuindo a confiança dos italianos”.

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Amamentar após 2 anos? CPCJ deve intervir, diz ex-assessora da ministra

É uma “fraude” a redução de horário para amamentação em crianças com mais de dois anos e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) deveria intervir nesses casos. As declarações são de Elsa Gomes, diretora-adjunta do Centro Nacional de Pensões e antiga assessora da ministra do Trabalho. Numa publicação no LinkedIn, Elsa Gomes questiona se serão “boas mães” as mulheres que escolhem amamentar para lá dos dois anos.

O comentário foi noticiado pelo Expresso e confirmado pela própria ao semanário.

“Nenhuma mulher normal amamenta um filho depois dos 2 anos, quem diz o contrário não pode ser boa mãe! Deve exigir intervenção da CPCJ… As fraudes devem ser combatidas sem qualquer receio”, lê-se na publicação que fez naquela rede social.

A dirigente, nomeada em março para o cargo pelo atual Governo, reiterou ao Expresso que as declarações se baseiam na sua experiência pessoal e que mantém a mesma posição. Considera que não existe justificação para amamentar após os dois anos e defende que, enquanto responsável com experiência na Segurança Social, tem a “responsabilidade” de alertar para abusos.

“Fui mãe de dois filhos. Nenhuma mãe amamenta depois dos dois anos. Isso não existe, só existe para quem vive no mundo da fantasia. Os filhos já estão na creche ou no infantário, a comer outros alimentos. Não cabe na cabeça de ninguém que uma mãe o faça”, disse Elsa Gomes ao semanário.

As afirmações surgem num momento em que o Governo apresentou um anteprojeto de reforma laboral que limita a dispensa para amamentação a crianças até dois anos e exige atestado médico desde o início, renovado a cada seis meses. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, justificou a medida com a existência de “muitas práticas abusivas” neste direito laboral.

A Direção-Geral da Saúde, no entanto, mantém a recomendação alinhada com a Organização Mundial da Saúde, defendendo a amamentação para lá dos dois anos sempre que benéfica para mãe e criança.

Além destes benefícios imediatos, pode ler-se no site do SNS24, o “aleitamento parece contribuir para que, quando adolescentes ou adultos, tenham menor probabilidade de desenvolvimento de doenças crónicas como a diabetes, excesso de peso e obesidade, maloclusão dentária, doença cardiovascular ou doença inflamatória intestinal”. Períodos mais longos de amamentação também “têm sido também consistentemente associados a um quociente de inteligência superior em 2.6”.

Já para a mãe, entre as vantagens da amamentação encontram-se a redução de risco de desenvolvimento de cancro na mama e nos ovários, diabetes, hipertensão, enfarte agudo do miocárdio e síndrome metabólico.

A Autoridade para as Condições do Trabalho afirma não ter registos de fraudes nesta matéria, embora tenha atuado em casos de empresas que negaram o direito à dispensa: desde 2021 detetou 10 irregularidades que levaram a autuar empresas por incumprimento do direito a redução de horário para amamentação e fez ainda 13 advertências a empregadores.

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