Perto de 1.150 mortes em Espanha atribuíveis a onda de calor de 16 dias

Perto de 1.150 pessoas morreram em Espanha durante a onda de calor de 16 dias que terminou na segunda-feira por causas atribuíveis às altas temperaturas, de acordo com estimativas do instituto de saúde pública espanhol Carlos III.

Entre 3 e 18 de agosto registaram-se em Espanha 1.149 mortes “atribuíveis à temperatura”, indica a plataforma “MoMO” do Instituto de Saúde Carlos III, que monitoriza diariamente a mortalidade em Espanha.

O Instituto Carlos III referiu que, no mesmo período de 2024, morreram em Espanha 1.011 pessoas por razões atribuíveis às temperaturas.

O país viveu uma onda de calor de 16 dias consecutivos, entre 3 e 18 de agosto, considerada “a maior e mais longa” desde 1975, ano a partir do qual há registos comparáveis, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Nestes 16 dias, as temperaturas em algumas regiões chegaram a alcançar os 45 ºC (graus Celsius).

Em julho, Espanha teve outra onda de calor durante a qual morreram cerca de 1.060 pessoas por causa das altas temperaturas, um aumento de mais de 50% comparando com o mesmo período de 2024, segundo dados e estimativas da plataforma “MoMo”.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódio deste podcast plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

A ferramenta, gerida pelo Instituto Carlos III, regista diariamente o número de mortes em Espanha e compara com a mortalidade esperada com base em dados históricos.

Em seguida, incorpora fatores externos que podem explicar essa diferença, nomeadamente as altas temperaturas reportadas pela Agência Meteorológica Nacional (Aemet) espanhola.

O sistema não pode estabelecer causalidade absoluta entre as mortes registadas e as condições meteorológicas, mas os números representam a melhor estimativa do número de mortes cujas causas estão relacionadas com o calor.

Além das ondas de calor de julho e agosto, Espanha registou, este ano, o junho mais quente de que há registo no país, com uma temperatura média de 23,7 °C, indicou a Aemet.

A onda de calor das últimas semanas coincidiu também com grandes incêndios florestais no país, que continuam por controlar, sobretudo nas regiões de Galiza, Castela e Leão e Extremadura, no noroeste e no oeste de Espanha.

A área ardida até agora supera os 375 mil hectares e é já um recorde anual em Espanha, segundo dados, ainda provisórios, do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Pauliteiros ou dançadores? Descubra a dança das Terras de Miranda

Dança de espadas, dança guerreira, dança dos trabalhadores ou dança popular? A verdade é que não há consenso entre os estudiosos sobre a verdadeira origem da “Dança dos Pauliteiros”.

Há quem diga que a tradição tem mais de dois mil anos — alguns apontam a Transilvânia como berço, outros ligam-na às danças guerreiras da Grécia Antiga.

Por cá, uma coisa é certa: os dançadores — que é como se diz pauliteiros — são um dos maiores ícones do folclore nacional e ibérico.

O grupo tem oito dançadores — quatro guias e quatro piões — acompanhados por três músicos que dão vida à gaita de foles, à caixa de guerra, ao bombo ou à flauta pastoril. A dança pode ser vista como um grande jogo de pés coordenados.

Lhaços: a palavra que dá nome aos passos

A palavra de hoje é Lhaços, que significa danças. Os pauliteiros têm cerca de cinquenta lhaços diferentes. E porquê este nome? Porque os movimentos abrem e fecham como um laço de apertar. Alguns lhaços são acompanhados por letras, na maioria em mirandês, e os paus que usam são feitos na região.

Ao fim de semana, basta dar duas voltas por Miranda do Douro e é quase certo: lá estão eles, os pauliteiros, a dançar pelas ruas da cidade. Uma escapadinha curta, mas com sabor a tradição!

Às terças e quintas, ao fim do dia, durante o mês de Agosto, põe-se a Lhéngua de Fuora para aprender mirandês, uma palavra de cada vez.


Esta é uma rúbrica Renascença em colaboração com a Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), com produção e apresentação de Lara Castro, sonorização de Beatriz Garcia e imagem gráfica de Rodrigo Machado.

Incêndios: Casal perde casa móvel na Lousã e jovem vê arder habitação que reconstruía

Acompanhe o nosso liveblog sobre a situação dos incêndios em Portugal

Um casal perdeu a casa móvel em Silveira de Cima, na Lousã, e tem dormido, por estes dias, numa carrinha. Já em Cabanões, um jovem voltou à estaca zero na reconstrução daquela que seria a sua futura habitação.

Na madrugada de sexta-feira, só deu para fugir da casa em direção às eólicas, por volta das 02h00, ponto alto de onde Valter viu, juntamente com sapadores, a sua casa móvel a ser consumida pelas chamas, até não conseguir ver mais “e ir embora para baixo”, disse à agência Lusa o homem de 42 anos.

A casa móvel de Valter Martins e da companheira Liliana era uma solução temporária, enquanto reconstruíam, ao lado, uma habitação, em Silveira de Cima, onde vivem desde 2012. “Perdi tudo o que tinha lá dentro. Fogões, máquinas, baterias, painéis solares, tudo. Só consegui salvar os meus animais e os meus veículos”, afirmou.

A casa que estava a reconstruir também escapou às chamas do incêndio que tinha deflagrado na quinta-feira no Candal e que, naquela madrugada, subia a encosta. “Eu contava acabar de reconstruir a casa daqui a seis meses, mas terá de ser dois ou três, que há mais urgência”, afirmou.

Sem casa, está a viver na sua carrinha de trabalho e recorre ao parque de campismo, apesar de vários amigos lhe terem oferecido estada.

Para fazer face aos prejuízos, criou uma campanha de angariação de fundos não apenas para recuperar da perda da casa móvel, mas também para ajudar os animais da Serra da Lousã, algo que já fazia no passado. “Tinha vários veados, órfãos, que eram criados por mim, cuidava deles, mas andavam por lá em liberdade e é preciso alguma palha para lhes dar de comer, que já vi várias manadas deles” pela serra, afirmou.

Já em Cabanões, também no concelho da Lousã, foi a casa que José Francisco tinha começado a reconstruir há cerca de um ano que ardeu.

“Ainda não tinha feito as intervenções maiores, mas perdi material, ferramentas e, a nível estrutural, vou ter de gastar muito mais dinheiro agora para recuperar, que as paredes terão de ir todas abaixo. Será um custo muito mais avultado”, afirmou à Lusa o engenheiro eletrotécnico de 34 anos, agora a braços com uma reconstrução que ficará mais onerosa, mas também mais demorada.

Se antes esperava tornar aquela a sua casa de primeira habitação no espaço de um ou dois anos, agora não prevê que consiga terminar o projeto “em menos de cinco anos”. Apesar disso, vinca que irá avançar à mesma com a reconstrução, “que tem um valor sentimental muito grande” para a sua família, disse o jovem que trabalha em Serpins e natural da Lousã, mas cuja mãe é de Cabanões.

Na sexta-feira de manhã, José Francisco esteve na aldeia, mas teve de sair para ajudar familiares, perto da hora de almoço. Quando regressou, já a casa tinha ardido e o fogo passado, com as chamas a serem combatidas apenas por seis pessoas que ficaram em Cabanões, localidade que só viu bombeiros às 22h00 desse dia.

Além da casa, a alteração da paisagem perto da aldeia, que já tinha idealizado e começado a fazer algumas intervenções, também volta à estaca zero. Apesar disso, José Francisco diz que a comunidade sai ainda mais reforçada “para fazer as coisas que foram adiadas demasiado tempo”.

“Existe muito apoio da comunidade local, dos habitantes e dos amigos. Nesse sentido, estou esperançoso pelo futuro”, vincou.

Blitz Pizza & Deli: um projeto gastronómico e spot de convívio que tem andado a conquistar a Costa da Caparica

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O Blitz Pizza & Deli é um espaço de gastronomia feita com autenticidade, onde se podem criar laços e a aproximação entre experiências e culturas vai exercendo o seu poder transformador.

Na movimentada Avenida General Humberto Delgado, a poucos metros do areal que tão bem caracteriza a Costa da Caparica, nasceu – ou melhor, renasceu – um espaço que rapidamente se tornou mais do que uma pizzaria: o Blitz Pizza & Deli. Depois de uma renovação que lhe sublinha o estilo descontraído e estival, este projeto regressa com força redobrada e um conceito expandido que promete agitar tanto os dias quentes de verão como as tardes de inverno junto ao mar.

Esta pizzaria artesanal na Caparica, mesmo em frente à praia, tem andado a conquistar corações, principalmente para quem procura viver o espírito descontraído da praia, criando um ponto de encontro onde gastronomia, lifestyle e comunidade se cruzam.

O Blitz Pizza & Deli nasceu, acima de tudo, da história de Anna e David Liptay, um casal húngaro que trocou Budapeste pela Caparica para concretizar um sonho: deixar os grandes centros, o trabalho de escritório e computador, e vir viver para perto do oceano. A mudança coincidiu com um período de transformação pessoal, em plena pandemia, quando muitos se viram obrigados a repensar prioridades e a valorizar os momentos simples. Para David, antigo atleta profissional e consultor na área da saúde, e para Anna, com uma carreira sólida em publicidade e marketing, o salto para a restauração foi arriscado, mas a paixão pela comida falou mais alto. Essa coragem de abandonar carreiras estáveis e começar algo novo num país diferente é, em si mesma, um exemplo inspirador.

“Sempre adorei a ideia de cozinhar para os outros, não como um trabalho, mas como uma extensão do que sou”, partilha David. A sua experiência vinha de projetos pop-up em Budapeste, onde explorava fornos a lenha e sabores simples, mas intensos, e em Portugal encontrou o cenário perfeito: um público aberto a novas experiências e uma comunidade acolhedora. O resultado? Um espaço que, mais do que servir refeições, cria memórias e que, aos poucos, se vai tornando parte do quotidiano da Caparica. Anna acrescenta que o Blitz também é fruto de muito estudo e de viagens gastronómicas, onde foram colecionando ideias, sabores e inspirações que agora se refletem no menu – além de um bom lote de amigos que vão semeando por onde passam.

Na sua nova versão, a Blitz Pizza & Deli abraça um conceito híbrido: é pizzaria, mas também é o Deli da Costa da Caparica. Com efeito, a novidade mais visível é um frigorífico recheado de sanduíches “ready to go” – perfeitas para levar depois de uma manhã de surf – e um “corner” de vinhos cuidadosamente selecionados, com mais de 25 referências portuguesas e internacionais.

Com base no conceito “Deli” (do inglês delicatessen, expressão de origem alemã e que se traduz neste contexto como um espaço voltado para alimentos prontos, frescos e geralmente artesanais, como frios, queijos, pães e pratos rápidos), estes dois empreendedores abraçaram uma ideia simples, mas que funciona: aproximar qualidade e conveniência, tornando o bom vinho e a boa comida acessíveis a todos. O espaço é adorável, acolhedor e descontraído, com elementos decorativos que remetem para o mar e para a cultura urbana da Caparica.

“O nosso objetivo sempre foi esse: provar que a qualidade não precisa de ser elitista”, explica Anna. E a imagem que mais os orgulha é a dos clientes em calções de banho e chinelos, com uma garrafa de vinho do Douro na mesa e uma pizza na mão. É o espírito da Caparica materializado numa pizzaria diferente de tudo o que já vimos. “Ao final da tarde”, declara o casal, “é comum ver grupos de surfistas, famílias inteiras ou turistas curiosos a partilharem mesa, criando um ambiente multicultural que só reforça a identidade da Blitz”.

Mas o mais importante, e que também ajuda a reforçar a identidade deste espaço, é a ousadia do menu. David gosta de “brincar com sabores”, e isso nota-se em cada criação. A Pizza Salami com mel de habanero é o best-seller, equilibrando o picante com o doce de forma inesperada. Mas há muito mais a descobrir: a Focaccia de almôndegas com molho marinara caseiro é outro must de autoria própria.

Mas vejamos o que nos foi presenteado como começo de uma refeição deliciosa. Na secção Couvert, e para quem quer experimentar coisas novas, recomenda-se a especialidade Baba Ganoush, um belo patê pasta cremosa típica do Médio Oriente, feita principalmente de beringela assada até a polpa ficar macia e levemente defumada, tahini (pasta de sésamo), sumo de limão, alho, azeite.

Depois, há uma secção ainda mais eclética do menu, o Para partilhar, de que consta algo divinal, o TÖKI POMPOS. Sabemo-lo muito bem, porque o experimentámos. O TÖKI POMPOS é um pão húngaro tradicional com natas azedas, guanciale e parmesão, cujo aspeto se assemelha ao de uma pizza rústica. Como o nome diz (pesquisámos, claro), este acepipe vem especificamente da aldeia de Tök, localizada perto de Budapeste. É algo de uma textura única, difícil de definir. O pimentão doce espalhado sobre a superfície do creme derretido, a cebola doce e as raspas de parmesão a fazerem lembrar a textura do coco ralado, juntamente com o paladar único, fazem deste Töki Pompos uma experiência imperdível.

Já nas Sandes, há a de Mortadela com burrata stracciatella a rivalizar em popularidade com a de Almôndegas. Há também uma sandes Veggie e, ainda, uma especial mensal, a Italian Deli Sando.

E claro, estas propostas de Deli tornam o Blitz Pizza & Deli um espaço ideal não só para almoços rápidos, mas também para refeições mais longas e partilhadas.

Evidentemente temos de falar de pizzas. Aqui está outra descoberta. São pizzas feitas com massa de fermentação lenta, garantindo leveza e digestibilidade, o que se traduz numa massa leve, saborosa, com aquela textura farinácea no bordo externo, que por acaso é a nossa predileta.

O menu disponibiliza duas qualidades: pizzas de base vermelha e base branca. De base vermelha (com tomate) são a Margherita, Salami (picante), Marrakesh, Supreme e a Pizza Bebe. Outra boa opção é a Marinara, que tem uma versão top, que não podíamos deixar de experimentar (e não nos arrependemos!), a Marinara 2.0. Leva tomate, alho, alcaparras, azeitonas com fartura, burrata, Nardin anchovas e orégãos (delicioso, que é!).

Entre as pizzas de clássica base branca (sem tomate), encontramos a Vegan Dream, a Shroom, com uma mistura de cogumelos e azeite de ervas, e a ousada Cheesus Christ, que mistura especiarias e sabores mediterrânicos e que, só pelo nome, já deixa qualquer cliente curioso.

Para nós, uma das grandes criações que refletem bem o lema da “comida feita com amor” é uma pizza de base branca, pelo que optámos por provar uma das especiais (tal como nas sandes, mudam todos os meses). Falamos da recente Summer Break, que leva figo, guanciale e pecorino. Esta capacidade de inovar constantemente é um dos segredos que fideliza clientes e transforma visitantes ocasionais em habituais. Exagerado? Não. A pizza meio doce-meio salgada com as generosas rodelas de grandes figos roxos é algo que nunca esqueceremos, quer regressemos quer não ao Blitz Pizza & Deli (oxalá que sim!).

Quanto à carta de bebidas do Blitz Pizza & Deli, é, por si só, um convite a encostar a prancha para passar bons momentos à sombra dos grandes guarda-sóis da esplanada, ou ao sol, conforme se preferir. O “corner” de vinhos é uma viagem que vai da Hungria a Portugal, passando por Itália e França, com opções de brancos, rosés, laranjas e espumantes que raramente se encontram num espaço tão descontraído.

E porque nem tudo gira à volta do vinho, há ainda cocktails refrescantes como o Moscow Mule ou o Frocks, kombucha artesanal, sumos naturais e uma seleção cuidada de cervejas e sidras. Para além disso, os proprietários têm vindo a apostar em produtores independentes e vinhos naturais, reforçando a ligação à autenticidade e ao consumo consciente.

Para finalizar em beleza, o menu faz apenas referência ao “bolo do dia” no capítulo das sobremesas, que foi um Mascarpone de chocolate e um Sorvete de baunilha com um topper calda de cereja (que podia ser também de bolacha).

Mais do que um restaurante, o Blitz Pizza & Deli é um espaço que respira lifestyle. As mesas enchem-se de surfistas a seguir a maré, famílias que procuram um jantar descontraído e amigos que prolongam a tarde de praia com pizzas e vinho. Como dissemos, a decoração simples e acolhedora, agora mais funcional após as renovações, reforça essa ideia de comunidade. A música ambiente, escolhida a dedo, mistura clássicos do rock com sonoridades indie, criando uma atmosfera descontraída, convida a ficar, a prolongar a degustação destas iguarias e a companhia tão simpática de Anna e David e dos convivas da ocasião.

Ao contrário de muitos espaços na Caparica que funcionam apenas durante o verão, o Blitz Pizza & Deli está aberto todo o ano, todos os dias, das 13h às 22h. “Queremos ser consistentes, estar presentes em todas as estações do ano”, sublinha Anna. Para o casal Liptay, o Blitz não é apenas um negócio, mas uma forma de integrar-se e contribuir para a comunidade local.

David resume a filosofia da casa numa frase: “O segredo está em cozinhar com amor.” Esta abordagem, longe de ser um cliché, sente-se desde o cuidado com os ingredientes passando pela hospitalidade da equipa. Talvez seja isso mesmo o ingrediente invisível que faz do Blitz Pizza & Deli mais do que uma pizzaria: faz dele um pedaço de simpatia e degustação à beira-mar, com um toque de história de vida pessoal que tem o seu calor genuíno, sem pretensões de marketing. Para além disso, o envolvimento da equipa e a proximidade com os clientes fazem do Blitz uma espécie de segunda casa para alguns deles, que são habitués.

Por tudo o que já dissemos, ao entrar no seu terceiro verão, o Blitz Pizza & Deli não mostra sinais de abrandar. Pelo contrário, o conceito deli abre portas a novas ideias e colaborações, incluindo eventos gastronómicos e experiências culturais que poderão, em breve, fazer parte da agenda. Provas de vinho, jantares temáticos e até pequenos concertos intimistas estão a ser considerados, reforçando o Blitz como um espaço cultural e não apenas gastronómico. Com feito ambicioso ou aventureiro no melhor sentido dos termos, o Blitz Pizza & Deli tem vindo a consolidar-se como uma referência na Costa da Caparica, mas também começa a ser falado noutras margens, como o panorama gastronómico lisboeta.

No final, o Blitz Pizza & Deli é um espaço de gastronomia feita com autenticidade, onde se podem criar laços e a aproximação entre experiências e culturas vai exercendo o seu poder transformador. Os Liptay são a prova disso mesmo, numa avenida agitada e a poucos metros de uma das nossas praias mais populares, onde criaram um exótico refúgio para a melhor das linguagens universais: a boa comida.

Homem detido por dar bofetada e agarrar cabelos a ex-companheira em Ermesinde

Um homem de 36 anos foi detido em flagrante delito a dar uma bofetada e a agarrar os cabelos da ex-companheira em Ermesinde, no distrito do Porto, adiantou a PSP/Porto.

Em comunicado, a PSP explicou que o suspeito terá agredido a ex-mulher, de 53 anos, por não poder ver ou passar muito tempo com o filho de ambos, menor de idade.

O homem foi detido no domingo, pelas 13h45, no bairro Saibreiras, em Ermesinde, acrescentou.

Depois de ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, o detido ficou sujeito a apresentações diárias.

O deputado finlandês que escolheu morrer no Parlamento

O deputado social-democrata finlandês Eemeli Peltonen foi encontrado morto esta terça-feira no seu gabinete do edifício do Parlamento da Finlândia. Peltonen estava de baixa dos trabalhos parlamentares desde a Primavera, altura em que anunciou nas redes sociais de que padecia de uma doença renal e que iria aproveitar o Verão para recuperar.

De acordo com o site da revista Demokraatti, revista do Partido Social-democrata da Finlândia (SDP), Peltonen ter-se-á suicidado esta manhã. O diário Iltalehti, conta que a morte terá ocorrido por volta das 11 horas locais (menos duas horas em Portugal continental) e que uma ambulância, dois veículos da polícia e um carro de bombeiros responderam à chamada de emergência.

O site do Parlamento finlandês confirma que a morte do deputado ocorreu dentro do edifício, sem, no entanto, adiantar pormenores sobre as causas. O chefe de segurança do Parlamento, Aaro Toivonen, disse ao Iltalehti: “Houve uma morte esta manhã. As autoridades médicas de emergência, de resgate e policiais foram alertadas para o local através do centro de emergência.”

Jovem político em ascensão dentro do SDP, Peltonen, de 30 anos, cumpria o seu primeiro mandato como deputado, eleito em 2023 depois de uma primeira tentativa falhada. Vereador de Järvenpää, no sul da Finlândia, desde 2012, tornou-se em 2017 no mais jovem presidente de câmara do país quando ganhou a eleição na cidade. Desde 2021 mantinha-se como presidente da assembleia municipal, lugar que renovou este ano.

“Uma vida jovem terminou muito cedo”, escreveu a líder do grupo parlamentar social-democrata, Tytti Tuppurainen, em comunicado. “A morte de Eemeli Peltonen chocou-me profundamente, a mim e a todos nós. Era um membro muito querido da nossa comunidade e sentiremos muito a sua falta.”

Também o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, lamentou a morte do deputado, anunciando a suspensão dos trabalhos políticos durante esta terça-feira e que um minuto de silêncio foi cumprido depois de a notícia ser conhecida.

Numa mensagem publicada a 26 de Junho na sua página de Facebook, Peltonen explicava a razão pela qual tinha estado “ausente” dos trabalhos parlamentares nas últimas semanas da sessão da Primavera.

“Em Maio, recebi excelente tratamento dos Serviços Médicos de Helsínquia por problemas renais que subitamente me apareceram e que foram diagnosticados como doença de lesões mínimas”, escreveu. Apesar da esperada recuperação em algumas semanas, Peltonen acabou por contrair uma infecção bacteriana durante o tratamento.

“Para combater a infecção, iniciei um tratamento intravenoso com antibióticos no [Hospital] Meilahti, que levará algum tempo. Ao mesmo tempo, o tratamento dos meus problemas renais continua”, explicava a mensagem. “Já recebi alta hospitalar, mas, devido à situação, estarei de baixa médica durante o Verão e vou concentrar-me inteiramente na recuperação da doença.”

A doença de lesões mínimas é a causa mais comum da síndrome nefrótica em crianças com idade superior a 1 ano, mas também ocorre em adultos (15% dos adultos com síndrome nefrótica). Apesar das suas manifestações subtis, a doença pode causar complicações significativas, como edema e hipoalbuminemia.

Morte de ex-autarca foi “exemplo extremo de solidariedade”

O Presidente da República destacou esta terça-feira o ato de solidariedade de Carlos Dâmaso, ex-autarca de Vila Franca do Deão que morreu na sexta-feira a combater um incêndio, considerando que é característico do povo português.

Num discurso na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, após uma cerimónia de assinatura de um acordo entre o Governo e a Volkswagen, Marcelo Rebelo de Sousa salientou, perante representantes do grupo alemão, que Portugal é um país composto por um povo “particularmente solidário” e que a morte de Carlos Dâmaso é um “episódio tradutor” dessa solidariedade.

O chefe de Estado frisou que, em Portugal, nas freguesias pequenas, com menos de 150 habitantes, “o presidente da junta é eleito não em eleições clássicas, mas numa reunião de moradores”.

No caso do ex-autarca, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que, há quatro anos, nessa reunião de moradores, Carlos Dâmaso, então presidente, foi derrotado e substituído pelo atual titular do cargo naquela junta, e eram agora ambos novamente candidatos ao cargo nas eleições autárquicas de 12 outubro.

“Sucede que eram também amigos e vizinhos. Sucede que o atual presidente da junta emprestou o seu trator ao antigo presidente da junta e candidato a presidente, tendo como missão combater as chamas, mas também defender a sua terra e as suas vacas”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou que foi ao serviço dessa missão que Carlos Dâmaso morreu, “salvando a aldeia das chamas, mas salvando também os bens daquele que o tinha vencido na última autárquica, com o trator desse atual presidente da junta”.

“Eu acho que isto é um exemplo extremo da solidariedade entre pessoas, entre portugueses”, disse, frisando que não podia deixar de relacionar esse ato de solidariedade com a cerimónia que se realizou na Autoeuropa, em que foi assinada uma declaração conjunta de intenções entre o grupo Volkswagen e o Governo português para a produção do carro elétrico ID.EVERY1.

O chefe de Estado defendeu que a Autoeuropa só chegou ao dia de hoje “por força de uma solidariedade entre dois países”, Portugal e Alemanha, do grupo Volkswagen, do município de Palmela e dos sucessivos governos portugueses, incluindo o atual.

Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar esta tarde presença no funeral de Carlos Dâmaso, que está marcado para as 17h30 em Vila Franca do Deão, concelho da Guarda.

Carlos Dâmaso, de 43 anos, foi a primeira vítima mortal dos incêndios deste ano, e morreu enquanto combatia o fogo que deflagrou na aldeia vizinha de Pêra do Moço e avançava em direção a Vila Franca do Deão. O corpo carbonizado do empresário agrícola foi encontrado ao final da manhã de sexta-feira, numa das suas propriedades, junto à sua terra natal.

Carlos Dâmaso presidiu à Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, no município da Guarda, durante 12 anos, tendo sido eleito pelo PS, e era novamente candidato à freguesia local nas autárquicas de 12 de outubro, mas desta vez pela coligação PG-PELA Guarda — NC/PPM, do atual presidente da Câmara, Sérgio Costa. Era casado e deixa uma filha de 11 anos.

Galinhas poedeiras têm de ser declaradas em setembro

Os criadores de galinhas poedeiras estão obrigados a voltar a declarar os seus animais em setembro, mas existe uma exceção para os estabelecimentos com menos de 350 aves, avisou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

“Todos os detentores de galinhas poedeiras ficam obrigados a declarar os efetivos que possuíam à data de 01 de setembro de 2025”, lê-se num aviso da DGAV. Em fevereiro já tinha decorrido um período obrigatório para declarar estes animais.

A declaração de existências, que tem de ser efetuada em setembro, deverá ser submetida online. Em alternativa, podem ser contactados os serviços de alimentação e veterinária regionais.

Contudo, esta obrigação não se aplica aos estabelecimentos de galinhas poedeiras com menos de 350 aves e aos de criação de galinhas poedeiras reprodutoras. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.

Boaventura de Sousa Santos abandona ações cíveis e opta por processo-crime por difamação contra as 13 mulheres que o acusam de assédio

O sociólogo Boaventura de Sousa Santos vai desistir das ações cíveis que interpôs contra um grupo de 13 mulheres, investigadoras e antigas estudantes do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, optando por um processo-crime por difamação.

Recorde-se que, em setembro de 2024, Boaventura de Sousa Santos intentou uma ação cível para tutela da personalidade, com a qual procura assegurar a proteção do seu bom nome e honra, face a acusações desse grupo de mulheres. O julgamento teve início em novembro, mas continua por terminar.

Assédio. Boaventura de Sousa Santos intenta ação cível para proteção da honra

“Esperei, com a ação de tutela da personalidade, uma decisão rápida que permitisse, de alguma forma, limpar o meu nome. Mas percebo agora, quase um ano depois de instaurar a ação, que essas sentenças não produzirão qualquer efeito útil no meu bom nome. O mal está feito e é irreversível, e, por isso, comuniquei hoje, aos meus advogados, a minha decisão de abandonar as ações cíveis”, referiu.

“Durante dois anos, o denunciante foi condenado sem julgamento (nem sequer sumaríssimo), sem sequer conhecer alguma vez uma única denúncia efetuada contra si depois de 2024. A conduta das denunciadas destruiu, irremediavelmente, uma reputação que levou mais de seis décadas a construir”, lê-se na queixa-crime a que agência Lusa teve acesso.

A queixa-crime contra as 13 académicas, cujo comportamento acredita configurar os crimes de difamação, com publicidade e calúnia, deu entrada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra em 8 de abril. Na mesma, é frisado que, até 2024, não foi feita qualquer denúncia nas instituições onde o grupo das 13 académicas estudavam ou lecionavam, nem “junto das entidades que financiavam as suas bolsas, na comunicação social ou nas redes sociais”.

“Nem uma denúncia anónima houve”, evidenciou, acrescentando ainda que algumas das denunciadas, “as que de mais perto conviveram com o denunciante”, construíram a sua carreira académica “à sombra do denunciante e do seu prestígio”

Três investigadoras que passaram pelo CES denunciaram situações de assédio num capítulo do livro intitulado “Má conduta sexual na Academia – Para uma Ética de Cuidado na Universidade”, o que levou a que os investigadores Boaventura de Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabassem suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES, em abril de 2023 — o investigador acabaria mesmo por demitir-se da instituição em novembro de 2024, acusando-a de “linchamento”.

Boaventura de Sousa Santos demite-se do CES e acusa instituição de tentativa de “linchamento”

O CES acabou por criar, uns meses depois, uma comissão independente para averiguar as denúncias, tendo divulgado o seu relatório quase um ano depois, em 13 de março de 2024, que confirmou a existência de padrões de conduta de abuso de poder e assédio, por parte de pessoas em posições hierarquicamente superiores, sem especificar nomes.

Uma semana depois, um grupo de 13 mulheres instou, num documento assinado por todas, as autoridades judiciárias portuguesas a investigarem com urgência as alegadas condutas criminosas mencionadas no relatório.

“Enquanto o denunciante lhes foi útil para concorrerem a bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, para integrarem movimentos sociais, para enriquecerem o seu currículo, para subirem na hierarquia do CES, para integrarem projetos de investigação nacionais ou internacionais todas o elogiavam e demonstravam carinho por ele”.

No documento a que a Lusa teve acesso é ainda indicado que quando Boaventura deixou de lhes ser útil, “todas se associaram como coletivo para o difamar”.

“Todas têm consciência da respetiva motivação que, obviamente, foi instrumentalizada para sanear o denunciante. A conduta cúmplice, e ativamente impeditiva do exercício eficaz do direito de defesa do denunciante por parte dos responsáveis do CES, indicia a determinação séria e dolosa de sanear o denunciante”.

Na queixa-crime, Boaventura pede a responsabilização criminal das 13 mulheres, afirmando que a sua reputação internacional e o trabalho desenvolvido foram atingidos de forma irreparável.

“É manifesta a repercussão internacional que a agressão das denunciadas provocou e alcançou. A imagem, honra, prestígio do denunciante viram-se destruídos, violentamente abalados, senão mesmo aniquilados. Crê, por isso, o denunciante que a via da tutela da personalidade já não acautela os seus direitos, devendo as condutas das denunciadas ser punidas criminalmente”, concluiu.

Numa publicação feita num dos seus websites, com data de 15 de agosto, Boaventura recordou alguns aspetos da ação especial de tutela da personalidade que instaurou contra as denunciantes que residem em Portugal.

“O processo em causa tem em vista, como o nome indica, a proteção de direitos da personalidade, como é o direito ao (bom) nome, que foi premeditadamente atacado na sequência da publicação de uma carta, enviada aos órgãos de comunicação social, CES, Ministério Público e várias universidades com as quais colaborava, pelas mulheres que identifico neste texto. Ao contrário do expectável, essa ação ainda não terminou”, lamentou.

Segundo o investigador, no julgamento que arrancou em novembro de 2024, ainda não foi produzida metade da prova testemunhal.

“Estranhamente, todos os depoimentos das minhas testemunhas não ficaram audíveis por um alegado problema na gravação (que não existiu quando foram ouvidas as assinantes da carta), estando o Tribunal há vários meses a tentar recuperar as gravações. Caso não o consiga, terão de ser repetidos os depoimentos”, indicou.

Numa fase inicial do processo, Boaventura de Sousa Santos tentou que o Tribunal impedisse que as quatro rés fizessem declarações contra si, até que fosse proferida a decisão final.

“Em vão. Nessa sequência, as quatro rés, bem como algumas das estrangeiras contra as quais também instaurei um processo de tutela da personalidade (que deu entrada mais tarde) deram uma entrevista ao canal ‘Now’, acusando-me de vários tipos de assédio”, acrescentou.

Apesar de desistir das ações cíveis, o investigador diz que não pode deixar impunes os que “causaram este mal”.

“Não sendo possível a tutela do meu nome, não me resta alternativa que não seja a punitiva. Por isso, informo que, ao contrário do que era minha vontade há um ano, instaurei um processo criminal contra todas as assinantes da carta”, alegou.

Na publicação, informou ainda que três dessas mulheres decidiram também agir criminalmente contra si, depois de ter apresentado a sua queixa.

“Estou plenamente convicto que o fizeram para tentar pressionar-me a desistir da queixa que apresentei contra elas ou para tentar tirar força à minha queixa: uma comum tática processual habitual dos que não têm a razão do seu lado. Estou convicto disto, porque não me acusam de assédio (como fizeram publicamente), mas de difamação”, concluiu.

Recorde-se que Boaventura de Sousa Santos cancelou uma presença num seminário em São Paulo marcada para 25 de agosto após críticas do corpo estudantil devido às queixas de assédio de que é alvo. A participação do sociólogo foi cancelada, alegadamente, devido a problemas de saúde.

Rede organiza manifestações no país contra incêndios e eucaliptais

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A rede “Emergência Florestal/Floresta do Futuro” está a mobilizar a população para organizar protestos pelo país no final do verão contra os fogos florestais e exigir medidas que combatam o abandono do interior e reduzam o eucaliptal.

“Estamos a organizar uma iniciativa e vamos fazer várias coisas fora da época da urgência porque a situação que se vive atualmente não pode continuar. Isto é completamente fora do aceitável e do razoável e é preciso atuar”, disse à Lusa um dos elementos da rede, João Camargo.

O movimento reúne participantes de mais de 15 cidades e aldeias do país e está, neste momento, a “convocar as pessoas para se auto-organizarem“, contou João Camargo, explicando que o objetivo é “não permitir que perante o flagelo dos incêndios não haja uma resposta pública, não haja protestos e que o assunto se torne numa mera questão técnica”.

O movimento fala numa “convergência de fatores catastróficos”, apontando o abandono do interior e o aumento da área de eucalipto: “Neste momento, não é possível falar de futuro, porque o futuro são cinzas e fogo e por isso precisamos de políticas de grande fôlego”, defendeu o responsável, que acredita na mobilização e protestos da população para mostrar como o tema é prioritário.

No ano passado, mais de 12 cidades participaram na iniciativa e este ano já há alguns locais confirmados para o protesto “Deseucaliptar, Descarbonizar, Democratizar”, que se realizará a 20 de setembro.

Segundo João Camargo, haverá ações em Arganil, Lousã, Lisboa ou Porto, estando a rede a ser contactada pela página de Instagram por particulares, associações e outras organizações para mais manifestações, concentrações ou ações locais.

O movimento está também em contacto com organizações espanholas, nomeadamente na Galiza, e o protesto estará ligado ao chamado internacional “Draw the Line”, que decorrerá entre 19 e 21 de setembro por todo o mundo.

O movimento critica a “escolha reiterada de entrega do mundo rural ao abandono e à eucaliptização” e por isso prometem sair à rua contra políticas governamentais responsáveis por Portugal ser “o país que mais arde da União Europeia”.

A rede convoca assim mais um protesto pela floresta e volta a insurgir-se contra as indústrias que criam condições para que o território continue a ser assolado por incêndios.

“Em termos relativos, é o país com mais área de eucalipto no mundo. O país com menor área pública florestal da Europa. Disto resultam lucros recorde para a indústria da celulose”, acusa a rede em comunicado enviado para a Lusa.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.

Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

Este ano, os fogos já provocaram pelo menos dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

A rede “Emergência Florestal/Floresta do Futuro” foi criada em 2022 no rescaldo de uma iniciativa que quis chamar a atenção para o problema dos incêndios: “Fizemos uma caravana pela justiça climática que percorreu cerca de 400 quilómetros, entre a Figueira da Foz e Lisboa, passando pelos sítios mais afetados pelos incêndios florestais”, recordou o responsável, garantindo que não irão parar até verem a suas reivindicações acolhidas.

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