Incêndio dominado em Vila Real ao fim de 12 dias, 2.200 operacionais combatem 8 fogos

O grande incêndio que lavra desde 2 de agosto na serra do Alvão, em Vila Real, foi novamente dado como dominado esta quarta-feira, ao fim de 12 dias.
A informação consta do site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
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O fogo, que deflagrou na freguesia de Sirarelhos, está a mobilizar 387 operacionais e 132 viaturas.
O incêndio queimou cerca de 5.500 hectares na serra do Alvão, incluindo cerca de 1.500 hectares no Parque Natural do Alvão (PNA), adiantou esta quarta-feira fonte da Proteção Civil.
O alerta para o fogo foi dado às 23h45 do dia 2 de agosto, em Vila Real, passou para Mondim de Basto, esteve em conclusão e, depois, sofreu duas reativações.
Fonte da Proteção Civil disse à agência Lusa que, numa primeira estimativa, este fogo já queimou, ao longo destes 12 dias, cerca de 5.500 hectares, nos dois concelhos, incluindo à volta de 1.500 hectares de área inserida no PNA.
O PNA tem 7.220 hectares de área total.
Nestes 12 dias, o fogo percorreu cerca de 14 quilómetros entre Mascoselo, limite com o concelho de Mondim de Basto, e a Samardã, no lado aposto e que faz fronteira com Vila Pouca de Aguiar.
Pelo meio passou, com maior ou menor proximidade, por 28 aldeias e uma vila, Lordelo, localizadas na serra do Alvão.
A serra do Alvão espalha-se por Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, e, no espaço de uma semana, já ardeu área dos quatro concelhos, em três incêndios diferentes (Sirarelhos, Pinduradouro e Alvadia).
Segundo dados recolhidos pela Lusa junto de fontes oficiais, o fogo que começou em Pinduradouro, Vila Pouca de Aguiar, queimou cerca de 500 hectares e o de Alvadia, em Ribeira de Pena, à volta de 600 hectares.
No total, nestes 12 dias, já terão ardido cerca de 6.600 hectares na serra do Alvão.
Mais de 2 mil operacionais combatem 8 grandes incêndios
Oito grandes incêndios estavam ativos pelas 21h00 desta quarta-feira: Trancoso, na Guarda; Tabuaço, distrito de Viseu; Vila Boa, em Sátão; Arganil, em Coimbra; Vila Chã de Sá, em Viseu; Quiraz, em Vinhais, distrito de Bragança; e Moura, no Baixo Alentejo.
Mais de 2.200 operacionais estavam envolvidos nas operações para tentar dominar estes fogos.
O fogo que deflagrou esta quarta-feira de manhã em Trancoso envolve 850 operacionais e 2752 viaturas. Várias aldeias foram evacuadas como medida de prevenção.
Em Trancoso, combatem as chamas 504 operacionais e 272 viaturas, indica o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Em conferência de imprensa realizada ao final da tarde, o segundo comandante nacional de Proteção Civil disse que esta quarta-feira quatro operacionais foram assistidos no terreno e sete transportados para o hospital, incluindo três bombeiros de Macedo de Cavaleiros envolvidos num acidente com um autotanque.
O estado de prontidão nível 4 (máximo) foi prolongado até 18 de agosto.
[notícia atualizada às 21h26]