Autárquicas. ADN quer erradicar mendicidade de Lisboa e mais autonomia alimentar

A candidata da Alternativa Democrática Nacional (ADN) à Câmara de Lisboa, Adelaide Ferreira, afirmou esta segunda-feira, após a entrega das listas no tribunal, que quer erradicar a mendicidade e defendeu maior autonomia da cidade na produção alimentar.

“O que eu mais gostaria de fazer era dar-lhes [pessoas em situação de sem-abrigo] uma nova vida. Já debatemos estratégias no partido para erradicar essa realidade e também das pessoas que até trabalham e estão na rua em tendas. Isso para mim é um retrocesso civilizacional”, sublinhou Adelaide Ferreira, em declarações à agência Lusa.

Nesse sentido, a candidata do ADN à Câmara Municipal de Lisboa apontou a habitação como “grande prioridade”, considerando “inadmissível existirem pessoas que trabalham e não conseguem ter uma casa”.

“Isso eu não aceito e Lisboa está realmente condenada a isso. Precisa de proteção e clarividência”, defendeu.

Outra das propostas da candidata é a aposta na agricultura e na instalação de fábricas nas periferias, de forma a “garantir autonomia alimentar e a criação de postos de trabalho”, numa altura de crises globais.

Relativamente à área da mobilidade, admitiu a possibilidade de extinguir a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL) ou “torná-la mais utilitária para o povo”.

“Quando as empresas se tornam um bocadinho megalómanas, digamos assim, e há uma autogestão um bocadinho descontrolada, um bocado em prol deles e não em prol do povo, isso para mim não é bom para o povo”, argumentou.

Adelaide Ferreira defendeu ainda transportes públicos gratuitos e a reorganização das ciclovias, que, segundo a candidata, deveriam ser instaladas na frente ribeirinha para evitar conflitos com o trânsito.

Sem “expectativas eleitorais”, Adelaide Ferreira disse estar motivada “pelo amor à cidade e ao povo”.

“Não estou aqui por carreira política nem por ambições económicas. O que me move é o povo”, sublinhou.

No atual mandato (2021-2025), a Câmara Municipal de Lisboa é presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação “Novos Tempos” — PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.

A coligação de direita tem sete eleitos, o mesmo número do que a lista “Mais Lisboa” (PS/Livre), enquanto a CDU (PCP/PEV) tem dois e o BE um.

Para as eleições autárquicas de 12 de outubro foram anunciadas as candidaturas à presidência da Câmara de Lisboa de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega), José Almeida (Volt) e Adelaide Ferreira (ADN).

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Incêndios. Secretário-geral do PS exige que seja declarada situação de calamidade

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O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, exigiu esta segunda-feira que o Governo de Luís Montenegro declare situação de calamidade para melhor apoiar as populações e regiões do país mais fustigadas pelos incêndios florestais nas últimas semanas em Portugal.

“Há algo que tem de ser convocado, que tem a ver com a situação de calamidade porque, para apoiar as populações, nomeadamente no plano da agricultura, no plano de reposição da produção agroflorestal, no domínio da reabilitação de infraestruturas e equipamentos industriais ou empresariais, associados ao mundo rural, e ao mundo da floresta, é necessário determinar a situação de calamidade”, insistiu o dirigente socialista, em declarações aos jornalistas, durante uma visita à ilha do Faial, nos Açores.

José Luís Carneiro já tinha sugerido, no domingo, a convocação do Conselho Nacional da Proteção Civil, na sequência dos fortes incêndios que deflagraram em várias zonas do país, mas o primeiro-ministro, Luís Montenegro, veio, entretanto, pedir confiança no trabalho desenvolvido pelo Serviço Nacional de Proteção Civil no combate às chamas.

[Governo decide que é preciso invadir a embaixada para pôr fim ao sequestro. É chamada uma nova força de elite: o Grupo de Operações Especiais. “1983: Portugal à Queima-Roupa” é a história do ano em que dois grupos terroristas internacionais atacaram em Portugal. Um comando paramilitar tomou de assalto uma embaixada em Lisboa e esta execução sumária no Algarve abalou o Médio Oriente. Ouça no site do Observador o quinto episódio deste podcast plus narrado pela atriz Victoria Guerra, com banda sonora original dos Linda Martini. Também o pode escutar na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E ouça o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui e o quarto aqui]

“Naturalmente que temos de confiar no dispositivo da Proteção Civil nacional, e mais uma vez, manifestar aqui a nossa solidariedade, perante todos os esforços que estão a ser realizados”, realçou José Luís Carneiro, acrescentado que “outra questão é a dimensão política”, de um Estado que “fez mal” ao não solicitar apoio à União Europeia, ao não determinar a situação de contingência, ao não convocar a Comissão Nacional de Proteção Civil e ao não declarar a situação de calamidade.

O secretário-geral do PS considerou também que as recentes declarações de Luís Montenegro, relativamente aos apoios europeus para o combate às chamas, revelam desconhecimento sobre a forma como funcionam esses mecanismos, para fazer face a situações como as que estão a ocorrer, atualmente, em Portugal.

“Eu próprio, quando tinha responsabilidades [no Ministério da Administração Interna] fui à Comissão Europeia, com os meus colegas europeus, não apenas exigir meios, mas também exigir que eles fossem preposicionados, para responder de forma mais eficaz”, recordou o antigo ministro socialista.

José Luís Carneiro disse também não ter ficado satisfeito com os esclarecimentos prestados pelo Governo sobre esta matéria e garantiu que o grupo parlamentar do PS na Assembleia da República irá propor a criação de uma comissão técnica independente para apurar a “falta de condução política” neste combate às chamas.

“Uma comissão técnica independente que possa ilustrar o modo como faltou condução e acompanhamento político” neste processo, insistiu o secretário-geral do PS, recordando que, a este propósito, “basta ouvir os responsáveis de várias estruturas diretivas”, “as associações humanitárias de bombeiros e até os autarcas” das áreas ardidas, que em seu entender, “têm sentido um vazio, particularmente, no acompanhamento político”.

Na sua opinião, há três ministérios que são essenciais para uma melhor coordenação no combate às chamas (Administração Interna, Defesa Nacional e a Justiça), embora todos eles devessem ser coordenados pela Comissão Nacional da Proteção Civil que, na sua opinião, infelizmente não foi ainda convocada.

Questionado sobre se concorda com a pedido de demissão da Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, exigido ontem pelo líder nacional do Chega, André Ventura, o secretário-geral do PS respondeu que a culpa pela má gestão da crise, não é apenas dela: “Não se pode apenas assacar responsabilidades a um ministro ou a uma ministra, e é por isso que se tem de pedir responsabilidades ao primeiro-ministro”.

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Os líderes europeus à volta de Trump: o que cada um deles disse sobre o caminho para a paz na Ucrânia

Foi uma cena poucas vezes vista na política e na diplomacia internacional: esta segunda-feira, viram-se nove líderes mundiais sentados à volta de uma mesa, com a comunicação social a ouvir e o anfitrião, Donald Trump, a dar a palavra a cada um deles para dizer de sua justiça. Depois a porta fechou-se, mas o que se ouviu até esse momento foram muitos apelos a um acordo entre as partes, para poupar civis e crianças, e elogios, muitos elogios a Trump na Sala Leste da Casa Branca, em Washington.

“É uma grande honra ter todos aqui. A Casa Branca é especial, representa muitas coisas e é linda. Obrigado por todas as coisas maravilhosas que ocorreram hoje. Tivemos importantes discussões para parar as mortes, é um objetivo simples que todos temos, parar as mortes”, começou Trump sentado ao centro da mesa. “Acabei de ter a honra de estar com o Presidente Zelensky, todas as conversas que tivemos, cobrimos muito território. Conversei indiretamente com o Presidente Putin hoje, vamos ligar-lhe logo após esta reunião. Tenho certeza que será uma ótima reunião”, disse. No entanto, as coisas não foram exatamente assim, com o inquilino da Casa Branca a travar a reunião a meio para falar com o homólogo russo.

Na sequência, o Presidente dos Estados Unidos (EUA) deu as boas-vindas aos diferentes líderes presentes na sua residência oficial: Mark Rutte, secretário-geral da NATO; Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido; Emmanuel Macron, Presidente da França; Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália; Friedrich Merz, chanceler da Alemanha; Alexander Stubb, Presidente da Finlândia, e Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia.

Trump demonstrou otimismo em relação ao fim da guerra. Após o encontro com Putin no Alasca na última sexta-feira, o republicano afirmou hoje que Moscovo “aceitaria garantias de segurança para a Ucrânia”. Por outro lado, demonstrou que é necessário “discutir a possível troca de territórios que deve ser levada em consideração. A atual linha de contato, isto é, as zonas de guerra que são óbvias, muito triste olhar para elas. E a negociar as posições têm de estar o Presidente Putin e o Presidente da Ucrânia”.

AARON SCHWARTZ / POOL

Zelensky grato e em busca da libertação dos prisioneiros de guerra

Zelensky recebeu a palavra e agradeceu a postura de Trump. “Nós tivemos ótimas conversas. Falamos de vários tópicos sensíveis. O primeiro é a garantia de segurança. A segurança de Ucrânia depende dos Estados Unidos e dos líderes que estão connosco”, disse o ucraniano. Na sequência, o Presidente pediu a libertação de prisioneiros de guerra. “[Temos de] trazer as crianças de volta, trazer todas as nossas pessoas. Soldados, jornalistas, muitas pessoas estão presas. Precisamos delas de volta”.

Trump, por sua vez, voltou a demonstrar otimismo e concordou. “Putin também gostaria de fazer algo. Quando fizermos, vai haver movimentos muito positivos. Eu sei que há mais de mil prisioneiros, e eu acho que eles vão libertá-los. Talvez os libertem muito em breve, o que eu acho que é ótimo. Vamos ver depois desta reunião”.

Europa quer cessar-fogo, Trump não vê necessidade

Antes de ceder a palavra aos restantes participantes, Trump diminuiu a necessidade de um cessar-fogo para garantir a paz na Ucrânia. “Todos nós gostaríamos de um cessar-fogo enquanto discutimos a paz duradoura. Talvez algo assim possa acontecer, mas neste momento isso não vai acontecer. Nas seis guerras que parámos, não tivemos nenhum cessar-fogo. Não sei se é necessário”.

Mesmo assim, os agradecimentos ao Presidente seguiram com os diferentes líderes europeus presentes na Casa Branca. Mark Rutte, secretário-geral da NATO, agradeceu pelo início do diálogo entre EUA e Rússia. Rutte ressaltou que é fundamental acabar com o conflito, com as mortes e com a destruição da infraestrutura ucraniana. “Eu realmente quero agradecer a você [Trump] pela liderança, a tudo que o Volodymyr [Zelensky] tem feito e a todos os colegas europeus”, disse pouco antes de concluir.

Ursula Von der Leyen falou de seguida, evidenciando que a Europa está a participar das negociações como aliada. A Presidente da Comissão Europeia disse “ser muito bom ouvir” que os EUA estão dispostos a participar na segurança ucraniana e agradeceu pela menção às crianças que foram “raptadas”. “Isso deve ser uma das nossas prioridades, ter certeza de que as crianças voltarão às suas famílias”. 

Entre os comentários dos líderes europeus, Trump exaltou diferentes aspetos da parceria entre União Europeia (UE) e os Estados Unidos. Após Rutte falar, o Presidente republicano relembrou o acordo para aumentar o investimento em defesa dos países da NATO para 5% do produto interno bruto. Após Von der Leyen, o chefe de Estado elogiou o acordo comercial firmado recentemente, em que os EUA impuseram tarifas de 15% à UE.

AARON SCHWARTZ / POOL

Friedrich Merz, por sua vez, entende que “os próximos passos são os mais complicados”, mas que o caminho foi aberto pelo Presidente dos EUA na reunião realizada com Putin na última sexta-feira. O alemão foi o primeiro a cobrar um cessar-fogo após o norte-americano negar esta possibilidade no momento atual. “Sinceramente, todos gostaríamos de ver um cessar-fogo”, disse. “Eu não consigo imaginar que a próxima reunião vai acontecer sem um cessar-fogo”. 

A França acompanhou Merz e exigiu um cessar-fogo imediato para dar sequência às conversas pelo fim da guerra. “Todos nesta mesa são a favor da paz”, disse Macron. “É preciso pedir por um cessar-fogo, pelo menos para parar as mortes, é uma necessidade. Todos apoiamos isso”. O líder francês também citou as diferentes garantias que são necessárias. “Primeiro, um exército ucraniano credível”, explicou. Depois, mencionou que “a Europa está ciente de que tem a sua parcela nas garantias de segurança da Ucrânia”. 

As garantias não são apenas para a Ucrânia, entende Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido. “Estamos a falar da segurança da Europa e do Reino Unido também, por isso é algo tão importante”, afirmou. O político elogiou a postura americana de viabilizar estas garantias para possibilitar uma paz duradoura, mas sem citar um cessar-fogo. 

A Itália, por outro lado, adotou uma postura diferente. Giorgia Meloni não comentou a possibilidade de um cessar-fogo, mas celebrou a abertura norte-americana para fornecer garantias de segurança à Ucrânia. A primeira-ministra também não poupou elogios a Trump. “Após três anos que não víamos uma mudança de postura da Rússia, algo está a mudar graças a si”. 

O último europeu a falar foi Alexander Stubb, que, assim como os restantes, elogiou a possibilidade de garantias de segurança americanas a Kiev. O Presidente finlandês explicou que o país possui uma longa fronteira com a Rússia e, por isso, tem interesse especial em garantir uma paz duradoura na Europa. 

Texto escrito por João Sundfeld e editado por João Pedro Barros

Incêndio em Leiria: Restabelecida circulação na EN113

A circulação na Estrada Nacional (EN) 113 foi restabelecida esta segunda-feira pelas 22h30, após ter sido cortada na sequência de um incêndio que deflagrou no concelho de Leiria, adiantou à Lusa fonte da GNR.

O alerta para o fogo em Vale Sumo, na União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, no concelho de Leiria, foi dado pelas 13h03.

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O incêndio chegou a ter uma frente ativa numa zona de mato e obrigou ao corte da EN113, em ambos os sentidos, entre os Olivais e a Quinta da Sardinha.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 22:35 estavam no local 69 operacionais, apoiados por 19 viaturas.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

Encontro entre Putin e Zelensky pode estar para breve, indica Trump

Depois de ter recebido o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos considerou que a reunião entre ambos foi “muito boa” e disse estar a preparar um encontro entre Zelensky e Vladimir Putin.

Segundo Donald Trump, a discussão sobre as garantias de segurança a dar à Ucrânia marcou as reuniões que decorreram na tarde desta segunda-feira em Washington com vários líderes europeus.

“No final das reuniões, telefonei ao Presidente Putin e iniciei os preparativos para um encontro, em local a determinar, entre o Presidente Putin e o Presidente Zelensky”, afirmou o chefe de Estado norte-americano.

O vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff estarão responsáveis por mediar a comunicação entre Kiev e Moscovo, acrescentou.

Entretanto, o Kremlin já confirmou uma conversa telefónica de cerca de 40 minutos entre Vladimir Putin e Donald Trump, em que terão discutido as delegações enviadas para as negociações com a Ucrânia.

“Foi discutida a ideia de que poderá valer a pena explorar a possibilidade de elevar o nível dos representantes do lado russo e ucraniano — ou seja, os representantes que participam nas tais negociações directas”, avançou a agência de notícias estatal RIA, que cita Yuri Ushakov, assessor do Presidente da Rússia. com Reuters

Matosinhos: Tiros disparados contra casa de candidato da AD

O PS/Matosinhos manifestou esta segunda-feira solidariedade ao candidato da Aliança Democrática (AD) à Junta de Freguesia de Custóias, cuja casa foi atingida a tiro, mas lamentou o aproveitamento político da situação.

“Manifestamos a nossa profunda solidariedade pessoal e política com os visados pelo episódio, fazendo votos que este seja rapidamente esclarecido, estando ao dispor no que pudermos ajudar neste momento”, refere a direção de campanha do PS, cuja candidatura é encabeçada pela atual presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro.

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A casa do candidato da Aliança Democrática (AD) à Junta de Freguesia de Custóias, em Matosinhos, no distrito do Porto, foi esta segunda-feira atingida a tiro, tendo o caso já sido participado à PSP, denunciou a AD/Matosinhos.

A AD salientou ainda que, nos últimos dias, vários candidatos das suas listas em Matosinhos têm sido alvo de coação e intimidação.

Perante o sucedido, e rejeitando de “forma firme e inequívoca” qualquer forma de violência, intimidação ou coação no plano pessoal ou político, a direção de campanha do PS/Matosinhos lamentou, contudo, o aproveitamento político que a AD procura estabelecer entre este episódio e o processo eleitoral.

Tal, acrescentou, poderá não ter qualquer relação.

“Reiteramos a nossa total solidariedade pessoal e política, esperando que este episódio seja rapidamente esclarecido, evitando qualquer aproveitamento que em nada dignifica a democracia”, reforçou.

Segundo o PS/Matosinhos, o concelho merece uma campanha feita de propostas, trabalho e compromisso com as pessoas.

Concorrem à Câmara de Matosinhos a atual presidente de câmara, Luísa Salgueiro, pelo PS, o social-democrata Bruno Pereira, o vereador da CDU José Pedro Rodrigues, o ex-socialista e vereador independente António Parada pelo Chega, o ex-presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares, Filipe Garcia pela IL e Diana Sá pelo Livre.

O atual executivo é composto por sete eleitos do PS, um do PSD, um independente, um pelo movimento António Parada Sim! e um da CDU.

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

Hamas aceita proposta dos mediadores para cessar-fogo de 60 dias com caminho a um “acordo abrangente”, ainda sem resposta israelita

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O Hamas aceitou uma nova proposta dos mediadores do Egito e do Qatar para um cessar-fogo de 60 dias, que implica uma troca de reféns e, segundo disse uma fonte egípcia à Reuters, abre um caminho para um “acordo abrangente” para o fim da guerra na região.

O documento foi apresentado no domingo no Cairo, numa reunião que juntou representantes do movimento palestiniano ao primeiro-ministro qatari Mohammed bin Abdulrahman Al Thani e ao Presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi.

Segundo a fonte citada pela Reuters, durante os 60 dias da trégua proposta, o Hamas libertaria metade dos cerca de 50 reféns israelitas ainda em Gaza — incluindo 10 reféns vivos — em troca por prisioneiros palestinianos em Israel.

As imprensas árabe e israelita ainda são pouco claras sobre quantos prisioneiros palestinianos estão em causa. O Haaretz, com base numa fonte palestiniana do jornal libanês Al Mayadeen, menciona que 140 prisioneiros com penas de prisão perpétua seriam libertados, mais 60 com penas acima dos 15 anos. Já o Channel 12 israelita, citado pelo Times of Israel, fala em cerca de 150 presos palestinianos em prisão perpétua.

A fonte palestiniana referida pelo Haaretz indica que as Forças de Defesa de Israel, além de cessar as movimentações militares, terão ainda de recuar cerca de um quilómetro no norte e no leste de Gaza, excluindo as cidades de Shujaiya e Beit Lahia.

Este recuo militar serviria para assistir à entrada de ajuda humanitária na cidade, segundo a televisão pan-árabe Al-Jazeera. Esta assistência, explicita o Haaretz, inclui combustível, água, eletricidade, reconstrução de hospitais e padarias, assim como de limpeza de detritos — tudo coordenado pelas Nações Unidas, o Crescente Vermelho e outras organizações internacionais.

A proposta seria comunicada ao governo israelita através dos Estados Unidos da América, de modo a “pressionar Israel a aceitá-la e pôr fim à operação militar na cidade de Gaza”. diz uma fonte egípcia à agência EFE, citada pela Lusa. Ainda não há resposta israelita mas, segundo o Times of Israel, a proposta já foi recebida pelo governo do país.

Ainda assim, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu considerou que esta posição era um sinal de que o Hamas estava pronto a ceder perante as ameaças israelitas de expansão militar em Gaza, onde já morreram mais de 61 mil palestinianos.

“Eu, como vocês, vejo os relatos nos media”, disse Netanyahu, em declarações partilhadas no site do governo. Para o primeiro-ministro, então, é possível retirar “uma impressão”: a de que o “Hamas está sob pressão atómica“.

Netanyahu diz que Hamas está sob “pressão atómica” para chegar a acordo

A proposta é muito próxima do plano que tinha sido apresentado pelo enviado norte-americano, Steve Witkoff, em maio deste e que Israel já tinha aceitado, adianta a fonte egípcia mencionada pela Reuters.

Porém, o sinal vindo de dentro do Governo foi negativo. Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, ministros da ala da extrema-direita do governo de Netanyahu, recusaram aceitar o que consideram ser um “acordo parcial”.

Ben Gvir, ministro da Segurança Interna, considerou na rede social X que “Netanyahu não tem mandato para chegar a um acordo parcial”. Já Smotrich diz que a pressão sobre a qual está o Hamas é a principal razão para a vontade de acordo.

“O Hamas está sob grande pressão devido à conquista de Gaza, pois compreende que isso irá eliminá-lo e pôr fim à sua história. Por isso, está a tentar impedir que isso aconteça, trazendo de volta o acordo parcial. É exatamente por isso que não podemos render-nos e conceder ao inimigo uma tábua de salvação“, escreveu Smotrich na rede social X.

Trump anuncia preparativos para reunião entre Zelensky e Putin

O Presidente norte-americano diz que foram iniciados preparativos para uma reunião entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

A mensagem de Donald Trump foi divulgada nas redes sociais após uma reunião “muito boa” com líderes europeus e o Presidente ucraniano, realizada esta segunda-feira, na Casa Branca.

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“Após a conclusão das reuniões, liguei ao Presidente Putin e comecei os preparativos para uma reunião, em local a ser determinado, entre o Presidente Putin e o Presidente Zelensky”, revelou Trump.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff farão os preparativos entre os dois países.

A reunião poderá acontecer até ao final deste mês de agosto, disse uma fonte citada pelo site Axios.

Depois desse encontro entre os líderes da Rússia e da Ucrânia “haverá uma reunião trilateral, com os dois presidentes e eu próprio”, escreveu Donald Trump nas redes sociais.

“Este é um muito bom passo inicial” para acabar com uma guerra que dura há quase quatro anos, salienta o Presidente dos Estados Unidos.

O líder norte-americano disse que garantias de segurança para a Ucrânia – por parte dos países europeus com a coordenação dos EUA – foram discutidas na reunião histórica segunda-feira.

​Zelensky troca farda militar por fato em nova visita à Casa Branca e arranca elogios de Trump

Garantias de segurança definidas nos próximos dias

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as garantias de segurança para Kiev deverão ser definidas num prazo de até dez dias, após reuniões com o Presidente norte-americano Donald Trump e líderes europeus.

“As garantias de segurança serão provavelmente ‘desempacotadas’ pelos nossos parceiros, e mais detalhes vão surgir. Tudo isto será, de alguma forma, formalizado por escrito durante a próxima semana a dez dias”, declarou Zelensky numa conferência de imprensa após os encontros.

O chefe de Estado ucraniano acrescentou ainda que as questões territoriais ligadas a um eventual acordo de paz terão de ser resolvidas diretamente entre a Ucrânia e a Rússia.

Donald Trump recebeu esta segunda-feira os líderes europeus. Interrompeu a reunião para conversar com Putin, durante cerca de 40 minutos.

Antes da reunião à porta-fechada, houve uma parte aberta aos jornalistas em que os líderes europeus defenderam uma paz “duradoura e justa” com a Rússia e pediram ao Presidente norte-americano garantias de segurança para a Ucrânia e para a Europa.

O Presidente norte-americano começou por dizer que um acordo de paz para a guerra na Ucrânia é possível.

Com os jornalistas na sala, Trump afirmou que todos preferem um cessar-fogo imediato, mas também está otimista quanto à possibilidade de um acordo para impedir agressões na Ucrânia.

Zelensky, que esta segunda-feira já se tinha reunido a sós com Trump, disse que o encontro a dois serviu para falar de “matérias sensíveis, incluindo garantias de segurança”.

“Todos queremos o fim da guerra e parar a Rússia. É importante que os EUA deem um sinal forte sobre segurança”, afirmou o líder ucraniano.

Sobre a conversa telefónica desta segunda-feira, fonte do Kremlin disse que Trump e Putin estão de acordo na continuação de negociações entre delegações da Rússia e da Ucrânia.

Discutiram também a ideia de explorar a possibilidade de aumentar o nível dos representantes russos e ucranianos nas negociações de paz, indica um assessor da Presidência russa, eventualmente abrindo a porta a um encontro com o Presidente ucraniano.

[notícia atualizada às 00h58, de 19 de agosto – com declarações de Volodymyr Zelensky]

Barcelos passou dos assobios aos cânticos de campeão: a metamorfose do FC Porto na versão Farioli

Gonçalo Borges ainda empatou no arranque da segunda parte, Josué e Félix Correia provaram que aquilo que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. O FC Porto chegou a Barcelos em janeiro depois de duas derrotas consecutivas com Sporting (Taça da Liga) e Nacional e sofreu mesmo o terceiro desaire seguido diante do Gil Vicente. Pepê entrou em choque com Vítor Bruno, a contestação escalou ao ponto mais alto, o técnico acabou por ser dispensado na sequência de uma reunião de grupo convocada por André Villas-Boas de madrugada. Sete meses depois, já com outro treinador que entrou e saiu pelo meio (Martín Anselmi), tudo mudou.

É neste Pepê que não se exclui que Moram as virtudes (a crónica do Gil Vicente-FC Porto)

Onde antes se viram lenços brancos, agora viram-se pedidos de camisola – e alguns com sucesso na “missão”. Onde antes se ouviram muitos assobios, agora sobraram ainda mais aplausos. Onde antes parecia cheirar a descrença, agora sente-se uma confiança renovada como não havia desde os tempos de Sérgio Conceição. Tudo alicerçado, claro, numa vitória, quebrando os insucessos das duas últimas épocas em Barcelos com golos de Froholdt e Pepê. Mais do que o segundo triunfo noutras tantas jornadas, mais do que nova partida sem golos sofridos, os azuis e brancos conseguiram seis pontos em encontros onde na temporada transata somaram apenas um entre o empate diante do V. Guimarães e a derrota frente ao Gil Vicente.

“Nos últimos anos foi difícil jogar aqui e o Gil Vicente tem ganho sempre a partida de abertura. Foi o nosso primeiro encontro fora de casa, mas foi um jogo sólido. Conseguimos ter bons momentos para depois criarmos oportunidades. Depois há sempre áreas para melhorar, para sermos mais consistentes, mas foi uma performance positiva”, começou por referir Francesco Farioli, técnico do FC Porto, na flash interview da SportTV, entre o desconhecimento da extensão do problema físico de Samu e os elogios à entrada de Luuk de Jong, “que passou dos o aos 100km/hora em segundos mas trabalhou para a equipa”.

“Segundo jogo sem sofrer golos? É um facto absolutamente importante. Conseguimos não conceder muitas chances mas na defesa há áreas a melhorar. Ritmo alto? Tem a ver com aquilo que somos, pela forma como queremos jogar. Tentámos sempre manter o ritmo alto. Custa a todos adaptarem-se, cria um pouco de fadiga mas é uma adaptação. Se queremos melhorar, temos de elevar o nível”, apontou, antes de falar ainda da estreia de Rodrigo Mora: “Foi bom mas nunca tem a ver com um só jogador. Teve uma chance. Mas há muitos jogadores a mencionar: o Zaidu esteve fantástico, o Alan [Varela], todos. Temos de continuar…”.

O Pepê está a fazer um grande trabalho. A minha avaliação sobre ele foi analisar o que aconteceu antes de chegar, em vídeo, e fiquei com a imagem de um jogador que teve momentos fantásticos no passado. Na época passada teve problemas, alguns altos e baixos, mas faz parte do futebol. Desde que cheguei que encontrei um jogador com um desejo grande, com um sorriso na cara, capaz de trazer sorrisos aos companheiros e ao treinador”, salientou na conferência.

Também Pepê, que voltou a marcar depois do golo frente ao V. Guimarães, elogiou a exibição dos azuis e brancos, abordando também a metamorfose depois da polémica em Barcelos com Vítor Bruno. “Foi um jogo muito bom da nossa parte, num campo difícil. No ano passado perdemos aqui. Sabíamos que era um jogo importante, tínhamos de estar ligados até ao fim e fizemos um bom jogo. Samu? É um grande jogador, mostra isso jogo após jogo. Sentimos um pouco a saída mas temos o Luuk [de Jong]. Temos grandes jogadores que jogam e dão conta do recado”, referiu. “Estou muito feliz pelo momento que estou a viver, pelo companheirismo de todos os colegas. Têm-me ajudado. Passei uma época difícil, sei que não fiz o melhor que podia. Tinha de voltar a ser o Pepê que sempre fui e fico feliz por ajudar”, acrescentou o brasileiro.

“Estou muito feliz por ser parte desta equipa. Temos muita qualidade em todo o plantel, não só no onze inicial mas em quem entra. Isto não é muito importante hoje, o importante era ganhar. Não ganhámos aqui dois anos seguidos mas hoje conseguimos. Podemos estar muito orgulhosos de nós mesmos”, comentou também Victor Froholdt, médio dinamarquês que se estreou a marcar pelos dragões.

Basquetebol. Anthony da Silva dispensado por lesão

O base Anthony da Silva, com uma lesão no joelho direito, foi excluído da seleção portuguesa de basquetebol, reduzindo de 14 para 13 o número de jogadores que ficam a preparar o Europeu.

Segundo divulgou a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) no seu sítio oficial, Anthony da Silva ficou “fora dos trabalhos, devido a uma lesão no joelho direito, que o impossibilita de se juntar ao grupo”.

Anthony da Silva lesionou-se em 7 de agosto, numa entrada para o cesto sobre o final do terceiro período do encontro com a Espanha B, que Portugal perdeu por 64-63, em Málaga.

Face a essa lesão, o base do Évreux, de 24 anos, já não defrontou a Argentina, ainda em Espanha, e, depois, foi dispensado dos jogos em Braga, na sexta-feira e no sábado, também, segundo o selecionador luso, Mário Gomes, porque iria ser pai.

Desta forma, o técnico da formação das quinas arranca em Sines para a última semana de preparação para o Eurobasket’2025, que começa em 27 de agosto, com 13 basquetebolistas, sendo que ainda terá de descartar um, pois só 12 seguirão para a fase final.

Mário Gomes divulgou em 18 de junho uma lista de 15 pré-convocados, mas, já durante o estágio, em 28 de julho, teve de ‘cortar’ Gonçalo Delgado, também por lesão. Nesta lista, nem entrou André Cruz, igualmente lesionado.

Em Sines, Portugal vai cumprir o último encontro de preparação, na quinta-feira, pelas 18h00, frente ao Sporting.

No Eurobasket’2025, a formação das quinas vai defrontar a Sérvia, a coanfitriã Letónia, a República Checa, a Turquia e a Estónia no Grupo A, em Riga, estreando-se em 27 de agosto, frente aos checos.

Os comandados de Mário Gomes defrontam em seguida os sérvios (29 de agosto), os turcos (30 de agosto), os letões (1 de setembro) e os estónios (3 de setembro), precisando de ficar nos quatro primeiros para seguir para os ‘oitavos’.

A fase final do Europeu de 2025, que será a 42.ª edição do evento, realiza-se na Letónia, Chipre, Finlândia e Polónia, entre 27 de agosto e 14 de setembro.

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