Fafe-Sporting B, 1-2: Nel abre o chapéu

Liderou a reviravolta leonina na reta final do jogo, com dois golos de alta importância

Num final impróprio para cardíacos, o Sporting B saiu de Fafe com uma importante vitória por 2-1, que lhe permite continuar numa posição privilegiada na corrida pela subida de divisão. A reviravolta não só tirou os fafenses da luta pela promoção, como também permitiu à equipa de João Gião segurar o 2º lugar, com uma vantagem de dois pontos sobre o Belenenses. No pior dos cenários, o Sporting B terminará a fase de subida da Liga 3 no 3º lugar, que garante o acesso ao playoff.

Num jogo aberto, sem grandes amarras defensivas, o Fafe colocou-se em vantagem com um golo de Picas, após uma primorosa assistência de Kodama. O Sporting B reagiu bem à desvantagem, mas encontrou em Carlos Alves uma barreira quase intransponível. Contudo, numa fase em que o Fafe até estava por cima, Rafael Nel aproveitou uma falha clamorosa da defesa para isolar-se e fazer o empate. Sem nada a perder, os minhotos arriscaram tudo e criaram várias oportunidades para chegar ao triunfo. Na derradeira jogada da partida, Rafael Nel voltou a surgir isolado na cara do guarda-redes Carlos Alves e fez um chapéu perfeito para o 1-2.

Por Bruno Freitas

Totoloto. Saiba qual é a chave vencedora deste sábado

A chave vencedora do sorteio do Totoloto deste sábado, 10 de maio de 2025 é composta pelos números 1 – 31 – 35 – 37 – 48 + Número da Sorte 3.

Em jogo no primeiro prémio está um “jackpot” de 1,4 milhões de euros.

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A chave constante neste artigo não dispensa a consulta do site do Departamento de Jogos da Santa Casa.

Os prémios atribuídos de valor superior a 5 mil euros estão sujeitos a imposto do selo, à taxa legal de 20%, nos termos da legislação em vigor.

O Totoloto é sorteado à quarta-feira e ao sábado.

Carlos Carvalhal olha para o jogo com o Benfica: «Temos de fazer o nosso melhor para tentar vencer»

Treinador do Sp. Braga admite que a equipa não teve uma noite feliz após a derrota frente ao Casa Pia

O Sp. Braga perdeu (2-1) na visita ao Casa Pia e complicou o pódio. No final, Carlos Carvalhal reconheceu que a equipa esteve desinspirada.

“Um jogo um pouco incaracterístico. Sentimos isso fora e dentro de campo. Fizemos o 1-0, o jogo estava seguro, iríamos fazer o segundo golo e tivemos oportunidades para o fazer, mas não o conseguimos concretizar. O adversário acaba por fazer um golo em contra-ataque quando estávamos a vencer e faltava um minuto para o intervalo. Somos muito penalizados por isso e isso não poderia acontecer. Não era a nossa noite hoje. Nunca falei do pódio, tenho falado dos pontos e dos que temos de seguir. Hoje não somámos e devíamos ter somado. Agora temos um jogo para finalizar a época. A nossa responsabilidade, seja em que circunstância for, é tentar vencer o próximo jogo”, disse o treinador da formação minhota, mostrando-se expectante para ver o que faz este domingo o FC Porto, que pode isolar-se no 3.º lugar da Liga Betclic.

“Não sabemos o que vai acontecer amanhã também, se eventualmente há coisas em aberto ou não. Fomos uma equipa muito pressionante e tivemos de nos desdobrar muito e faltou, num momento ou outro, um posicionamento mais estável. Sabíamos que estávamos a correr riscos e assumimos isso. Inclusivamente colocamos o Ricardo Horta no meio-campo. Faltou-nos a tal lucidez e a tal capacidade para finalizar. Gostaríamos de ter ganho estes três jogos de grau de dificuldade médio-alto. Fizemos para vencer, mas não conseguimos ter a consistência suficiente. Agora temos um último jogo [contra o Benfica] e, respeitando a camisola que vestimos, temos de fazer o nosso melhor para tentar vencer esse jogo”.

Cassiano Klein e o Sporting-Benfica: «Nunca desistir, querer sempre mais»

Técnico do Benfica apela ao coletivo

O Benfica vai ao Pavilhão João Rocha com o pensamento numa vitória que permite terminar a fase regular no 1º lugar. O treinador Cassiano Klein lançou a receita para o dérbi. “Nunca desistir, querer sempre mais. É essa a nossa ambição e isso é fundamental. A equipa tem vindo a crescer, nos últimos meses fomos consolidando isso para chegar a estes momentos com confiança”, resumiu, sublinhando: “É preciso aproveitar o protagonismo dos jogadores a favor do coletivo.” Apesar de o dérbi ser em casa do rival, o técnico brasileiro espera contar com apoio dos adeptos, a quem dirigiu umas palavras: “Eles não desistem, estão os 40 minutos a incentivar-nos. Temos um belo exemplo nas bancadas e é isso que procuramos fazer também dentro da quadra. É competir os 40 minutos, nunca nos entregarmos, e chegar ao final e conseguirmos um resultado para presentear o carinho que recebemos.”

Ventura promete “revolução democrática” e admite ser “autoritário” em alguns aspetos

A uma semana de terminar a campanha eleitoral, André Ventura mostra-se convencido que vai vencer as eleições de 18 de maio e promete uma “revolução democrática” para o país.

Durante o maior discurso que fez na campanha, este sábado à noite, num jantar-comício em Viseu, o líder do Chega acredita que Portugal está a entrar num momento “histórico” que precisa de uma mudança brusca.

“Há momentos na história dos países em que é mesmo precisa uma revolução. Uma revolução democrática, de liberdade, mas uma revolução“, começou por introduzir.

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André Ventura tem pedido constantemente a vitória nas legislativas do próximo domingo, e se acontecer, faz uma previsão das notícias quando sair o resultado: “Quero que no dia 18 haja notícia no mundo inteiro que Portugal teve uma revolução democrática”, disse perante as 300 pessoas presentes na sala.

Ciganos: Ventura semeou ventos, campanha colhe tempestades

Para isso, começou por pedir a todos que despertem “o maior leão” que há dentro dos eleitores. Durante algum tempo manteve a linha de raciocínio, mas logo se apercebeu que a metáfora podia ser lida como um símbolo futebolístico, de alusão ao Sporting, e corrigiu o tiro para evitar danos eleitorais.

Estou agora a lembrar-me que o leão talvez hoje não seja a melhor discussão“, assumiu, rindo-se. O jantar foi logo a seguir ao derby escaldante entre Sporting e Benfica, que terminou empatado e adiou por uma semana todas as decisões.

Por isso, abriu o leque de opções: “Também pode ser a águia dentro de cada um de nós. Seja como for, seja a águia, o leão ou o dragão”, endireitou Ventura. Assim, agradou a gregos e troianos.

O líder do Chega não só ambiciona a vitória – mesmo que as sondagens não soprem a seu favor – como já projeta um estilo de liderança de um eventual Governo. Ventura assume que será “autoritário” em alguns aspetos.

“Alguns perguntam também: ‘Será que vai ser autoritário? Tem pinta de autoritário’. Nalguns casos vou, e também não quero que vão ao engano. Se querem votar em mariquinhas, não votem em mim”, afirma o líder do Chega.

Sem ser muito claro que casos são esses, André Ventura fala em pessoas que estão “à volta do Estado” e que não vão sair “voluntariamente” ou “largar o tacho“. Depois disso, o líder do partido abordou um dos temas caros do partido: o combate à criminalidade.

André Ventura promete “mão pesada do Estado sob a bandidagem em Portugal”, referindo-se aos crimes violentos ou aos crimes de colarinho branco.

Plano Nocional de Leitura (XXXIII)

Muitos críticos que escreveram sobre o grande poeta Ruy Belo (1933-1978) observaram que depois de um ou dois livros em que falou sobretudo de assuntos religiosos e teológicos passou a preocupar-se com política.   Como várias outras pessoas da sua geração, teria entendido a política como uma maneira irresistível de passar a religião à prática; e à medida que as suas convicções religiosas iam esmorecendo, as suas convicções políticas teriam ficado um pouco mais assanhadas.

A ideia subjacente à tese desses críticos é a de que a política é simplesmente a religião por meios mais modernos e mais simples; e de que a religião sem política, como poderia ter dito o filósofo, é cega.   Qualquer poeta acabaria assim por perceber que as suas convicções religiosas são melhor e mais utilmente formuladas como convicções políticas; e que de facto as convicções políticas reciclam sem desperdício as nossas ideias mais arcaicas.

Num livro de 1970, considerado quase unanimemente um dos seus livros mais políticos, Ruy Belo incluiu um soneto atípico intitulado “Lucas, 21, 28.” O poema, que começa com o verso “Quando o último pássaro morrer,” conclui com uma promessa e uma injunção: “Aproxima-se a libertação.”  Sabendo o que se passou depois, a maior parte dos leitores admirou a presciência política do poeta.   O conselho “Coragem coração” parece pedir um último esforço no sentido da restauração das liberdades públicas.

E todavia os conselhos e as promessas de Belo não são muito simples.  Esperamos compreensivelmente que um poema intitulado “Lucas, 21, 28” se refira ao versículo 28 do capítulo 21, perto do fim do Evangelho de São Lucas.  Naquele versículo, depois de uma longa enunciação de acontecimentos inusitados, Jesus aconselha: “Cobrai ânimo e levantai a cabeça porque a vossa redenção está próxima.”  Parece ser uma espécie de “Coragem coração.”  Será também um caso de presciência política?

Acontece que o poema de Belo se refere também a outra passagem anterior do mesmo Evangelho, no capítulo 12.  A referência ocupa um terceto inteiro: “Não valem cinco pássaros apenas / dois asses e deus não os reconhece / no meio das demais coisas terrenas?”   Nesta pergunta nada fácil de decifrar Belo traduz fielmente uma palavra que também aparecia em Lucas: a palavra ‘asse.’   Um asse era uma moeda que valia uma décima-sexta parte daquilo que se ganhava num dia, isto é, que não valia quase nada.

À semelhança de Deus, para Belo a morte de cinco pássaros parece valer pouco.   O poema não anuncia porém um mundo preferível, embora faça parte de um livro onde esse anúncio é quase geral; e também não mostra sinais de luto pelo desaparecimento de uma espécie.  Como o Jesus da passagem de Lucas, Belo tem simplesmente alturas em que não consegue reconhecer as vantagens das “coisas terrenas.”  Nessas alturas não é improvável que para si aquilo a que chamou o “país possível” não valha um asse.

Celtics reagem em Nova Iorque e vencem Knicks no terceiro jogos das meias-finais

Neemias Queta jogou os dois últimos minutos da partida

Com Neemias Queta a jogar os últimos dois minutos, os Celtics mostraram esta noite a faceta de campeões, ao vencerem, em Nova Iorque, o terceiro jogo das meias-finais por 115-91 e assim reduzirem a desvantagem para os Knicks ( 2-1).

A equipa de Boston teve em Payton Pritchard (23 pts), Jayson Tatum (22) e Jaylen Brown (19) os motores.

Ainda na Conferência Este, os Cavaliers convenceram, após uma vitória sobre os Pacers por 126-104, em Indiana, liderando as meias-finais.

Já no Oeste, os Nuggets derrotaram os Thunder por 113-104, após prolongamento, num jogo frenético. O destaque foi o base Jamal Murray, que liderou a ofensiva com 27 pontos, quatro ressaltos e oito assistências, colocando Denver em vantagem nas meias-finais. 

Por Record

Não, não vem aí a nova era dourada do rust belt

Há um cheiro no ar do outro lado do Atlântico. Não é progresso, parece esperança, mas é apenas ferrugem requentada por retórica e eleitoral. Donald Trump, o hiperbólico profeta de um evangelho económico ultrapassado, anunciou o glorioso regresso da indústria americana com a mesma solenidade de um alquimista que jura transformar latão em ouro.

A sua poção são as tarifas, essa panaceia milagrosa com a profundidade teórica de um tweet e a eficácia comprovada de um remédio homeopático para amputações.

Trump antevê uma utopia de fábricas ressuscitadas e chaminés novamente a fumegar, produzindo lixo a preços de luxo, com operários felizes e reluzentes, a caminho dos empregos certos de há 60 anos, embora tudo isto seja tão provável como encontrar a Mariana Mortágua daqui a um mês como primeira-ministra.

E para tamanho milagre, para ver Detroit a desabrochar numa nova era industrial, só é preciso taxar tudo o que vem de fora, desde aço alemão a cuecas vietnamitas. Esqueça-se para já a produtividade, a inovação ou a competitividade: o futuro é um revivalismo dos anos 50,

É uma lógica encantadora, quase poética, se não fosse tão economicamente analfabeta. Como se pintar a parede impedisse a casa de desabar.

A ironia filosófica aqui é brutal: ao tentar proteger a economia da competição global, Trump acelera o seu colapso interno. Quer fabricar estabilidade com a mesma ferramenta com que se fabrica ressentimento: a nostalgia. Uma nostalgia ardente de um tempo em que os homens eram alegres operários que fumavam Marlboro, os empregos eram para a vida, a Coca-Cola vinha mesmo com coca e as mulheres levemente maquilhadas eram “happy housewives” que usavam calças capri e blusas ajustadas, irradiando sorrisos domésticos sob os cabelos bem penteados.

O protecionismo, essa velha tentação de políticos preguiçosos, ressurge como um bolor. Não cria empregos, protege ilusões. É o equivalente económico ao culto de um passado idealizado que nunca existiu senão em memórias mal editadas. O protecionismo de Trump tem o charme de uma tenda de feitiçaria num parque de diversões: promete curas milagrosas, mas esvazia carteiras. É como partir as pernas de um atleta, colocar-lhe às costas um saco de batatas e exigir que corra mais depressa.

Quem pagará a conta desta mística industrial assente no bordão de que “no meu tempo é que era bom” será obviamente o consumidor. A classe média. O pequeno empresário. A América que trabalha. Os que verão o preço do seu frigorífico triplicar, o carro encarecer e o patriotismo ser cobrado nas facturas. Os que ficarão sem emprego. Tudo para que meia dúzia de fábricas obsoletas voltem a produzir peças de tractor e “belos carros americanos” com a mesma eficiência de uma máquina de escrever com reumatismo.

Ao mesmo tempo, os capitais, sem bandeira, sem alma e com GPS fiscal, fugirão para onde o lucro não precisar de se justificar com slogans. Porque o dinheiro não é patriota, é existencialista: busca sentido, não símbolos. E quando se aperceber que está preso num país a trancar portas com cadeados do século passado, se puder foge para pastagens mais verdejantes. Perguntem como é à Coreia do Norte ou a Cuba…

O mais trágico e mais profundamente cínico, é que esta política antitética do liberalismo económico se vende como um acto de coragem e liderança, quando é apenas medo disfarçado de bravata. Medo do mundo, medo da complexidade, medo de admitir que a grandeza de um país não se reconquista repetindo fórmulas gastas, mas criando novas. E de perceber que não se constrói o futuro regressando ao útero de 1955 e usando fórmulas de 1930, quando também se lançaram tarifas para “proteger” a indústria americana, com o belo resultado que se conhece. Volta Adam  Smith, ressuscita Ayn Rand, reencarna Milton Friedmann!

Provavelmente Trump não quer governar um país, mas sim alimentar o ego, animando ressentimentos colectivos. Não propõe soluções, fornece mitos. E estes, como Platão bem sabia, são úteis especialmente quando queremos esconder a realidade de nós próprios.

No fim, o resultado será um país mais isolado, mais caro, mais dividido. Uma América menos competitiva e mais fraca, para onde nem sequer fluirão os biliões de dólares externos resultantes dos “déficits comerciais”. Como um velho general que perdeu a guerra mas insiste em desfilar, sozinho, pela rua principal da cidade, com a farda vincada e os olhos embaciados. A América Grande Outra Vez, mas só no espelho retrovisor da imaginação.

No final, teremos menos empregos, menos crescimento e mais chapéus com slogans. Não teremos as exportações milionárias da indústria aeroespacial, da indústria automóvel, do sector da defesa, das rações, dos serviços, mas apenas uma América reinventada como parque temático da decadência, onde o bilhete de entrada custará caro e o hambúrguer virá condimentado com angústia.

Chegados aí restará o plano B: culpar os europeus os canadianos, os mexicanos, Zelensky ou os moinhos de vento. Mas não faz mal, porque Trump garante que fala com Putin e Ji Xin Ping e que tudo pode ser fabricado “aqui mesmo”, mesmo que isso implique pagar mil dólares por uma torradeira e esperar seis meses por um caro parafuso feito artesanalmente no Kansas, com aço de Miami.

E talvez seja isto o mais filosófico de tudo: a tentativa desesperada de travar o tempo com tarifas, como se a História pudesse ser revogada por decreto e o Rustbelt transformado em Goldbelt por milagre ou ordem executiva, levará para o caixote do lixo aquilo que poderia ser a grande herança de Trump: o extermínio dos delírios woke, e a erradicação da vergonha do antissemitismo estrutural e do ódio ao Ocidente que se instalou no sistema de ensino.

Tensão em Espanha: ultras do Sevilha tentam invadir centro de treinos para agredirem jogadores

O Sevilha perdeu (3-2) em casa do Celta de Vigo e ainda continua a ser atormentado pelo fantasma da despromoção, visto que totaliza 38 pontos e está a seis da zona vermelha da Liga espanhola, numa altura em que faltam nove por disputar. No regresso a casa, a equipa foi recebida por um grupo numeroso de ultras que, além de terem apupado os jogadores e a direção e atirado ovos ao autocarro, ainda tentaram invadir o centro de treinos do clube.

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