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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusa revelar se teve conhecimento da atuação do SIS no caso da recuperação do computador do ex-adjunto de João Galamba, Frederico Pinheiro, através do primeiro-ministro.
“Nunca conto as conversas, nem em audiência semanal – e já lá vão oito anos – nem fora da audiência semanal. O que posso dizer, é que o primeiro contacto que tive sobre esta matéria com alguém foi no dia 29 [de abril], no regresso da Ovibeja”, disse esta quinta-feira o chefe de Estado aos jornalistas na Feira do Livro em Lisboa.
Ou seja, três dias depois dos incidentes que envolveram o ex-adjunto Frederico Pinheiro no Ministério das Infraestruturas e consequente recuperação do computador com recurso ao SIS, e no mesmo dia em que João Galamba se pronunciou pela primeira vez sobre o caso, em conferência de imprensa.
Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a revelar com quem teve esse contacto: “Pois se eu não conto as conversas que tenho, menos ainda conto as conversas que tenho sobre uma matéria em que o que eu queria dizer disse no dia 4”, argumentou, acrescentando: “”se tiver de dizer alguma coisa, direi mais tarde”.
O Presidente da República recusou ainda responder em concreto se no dia 26 de abril não soube de nada sobre o envolvimento das secretas, nem se considera que a Presidência deveria ter conhecimento da atuação do SIS mais cedo.