Tudo o que precisa de saber sobre a polémica entre Jeffrey Epstein e Donald Trump


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos avançou esta sexta-feira com uma moção para tornar públicas transcrições relacionadas com a acusação de Jeffrey Epstein, considerando-as de “interesse público”.
A decisão pode indicar que estará próxima a ordem para a divulgação da lista de clientes do multimilionário acusado de tráfico sexual de menores, encontrado morto numa cela de prisão em agosto de 2019, quando aguardava julgamento.
A morte foi considerada suicídio por enforcamento, mas as ligações de poder de Epstein – e de outros famosos que terão estado associados ao seu alegado esquema de tráfico sexual de menores – alimentaram teorias da conspiração de um assassinato de alguém com interesse em silenciar o empresário.
O próprio Trump, em tempos amigo pessoal de Epstein, alimentou a questão, ao deixar em aberto a possibilidade de Epstein não se ter suicidado e ter colocado como uma das suas promessas eleitorais divulgar a lista de clientes do empresário.
Ao não concretizar a intenção, crescem as teorias da conspiração entre o movimento Make America Great Again (MAGA) de que Trump está a ocultar os documentos para proteger pessoas ricas e influentes ligadas a Epstein.
Quem foi Jeffrey Epstein?
Nascido em Brooklyn, Epstein foi inicialmente professor de matemática no ensino secundário, tendo mais tarde fundado empresas de consultoria e gestão financeira. Procurou sempre rodear-se de pessoas ricas e influentes.
Era conhecido por socializar com políticos e membros da realeza, incluindo Trump, o ex-presidente democrata Bill Clinton, o cofundador da Microsoft Bill Gates, e o príncipe André do Reino Unido. Alguns amigos e clientes viajavam no seu avião privado e visitavam as suas ilhas nas Caraíbas.
Trump conheceu Epstein socialmente nos anos 1990 e no início dos anos 2000. Durante o julgamento, em 2021, de Ghislaine Maxwell — associada de Epstein — o piloto de longa data do financeiro, Lawrence Visoski, testemunhou que Trump voou várias vezes no avião privado de Epstein. Trump negou que isso tenha acontecido.