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O Ministério da Defesa ucraniano denunciou esta sexta-feira o que diz ser um plano das autoridades russas, que estarão prestes a encenar um incidente nuclear na central de Zaporíjia e culparem a Ucrânia.
Citado pela Sky News, o ministério diz que os seus serviços de informação descobriram o alegado plano, que poderá estar iminente, na central ocupada pelas forças russas desde o início da invasão, em março de 2022.
‼️ Russians are preparing massive provocation and imitation of the accident at the Zaporizhzhia nuclear plant in the nearest hours.
They are planning to attack the territory of the ZNPP. After that, they will announce the leakage of the radioactive substances. pic.twitter.com/Vk6hRDD26v— Defence intelligence of Ukraine (@DI_Ukraine) May 26, 2023
A Defesa de Kiev sustenta que o plano tem como objetivo obrigar a um cessar-fogo na região, tida como um dos principais focos da contraofensiva ucraniana.
“O objetivo deles é provocar a comunidade internacional e obrigar a uma investigação detalhada que ia requerer um cessar-fogo”, afirma o ministério. “Os russos vão usar esta pausa tão conveniente para reagrupar o pessoal da ocupação e travar a contraofensiva ucraniana”.
O ministério acrescenta ainda que o Kremlin terá “sabotado” uma das rotações do staff da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), que está neste momento a levar a cabo uma operação de monitorização da central nuclear, a maior da Europa – isto apesar de a agência, que partilha frequentemente atualizações relativas ao estado das atividades na central, não ter relatado quaisquer anomalias ao normal funcionamento da sua missão.
Há mais de um ano sob administração russa, a área tem sido regularmente atingida por disparos e bombas, com ambos os lados do conflito a trocarem acusações de parte a parte. Em fevereiro, a própria Rússia fez uma acusação semelhante a Kiev, alegando que os ucranianos se preparavam para encenar um incidente nuclear no seu território (algo que não se veio a verificar).
O Kremlin, de resto, tem acusado repetidamente a Ucrânia de planear operações de “bandeira falsa”, e até mesmo de utilizar armas radioativas ou biológicas.