Apreendidos mais de oito mil litros de aguardente no valor de 257 mil euros no Algarve

Apreendidos mais de oito mil litros de aguardente no valor de 257 mil euros no Algarve

As autoridades policiais apreenderam, na quinta-feira, 8021 litros de aguardente de medronho em três destilarias e armazéns “não autorizados” em Loulé, Silves e Tavira, no distrito de Faro, anunciou esta sexta-feira a GNR.

A aguardente apreendida “fora de entreposto de produção” teria um valor de 257.469 euros e “a sua introdução no consumo” causaria um prejuízo de 97.050 euros ao Estado português relativos a impostos (Imposto Especial de Consumo e Imposto sobre o Valor Acrescentado), estima a força de segurança, em comunicado.

A apreensão foi feita na quinta-feira pelo Destacamento de Faro da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR no âmbito das operações “ARBUTUS III; IV e V”, que levaram à identificação de oito homens e uma mulher, com idades entre os 40 e os 72 anos, tendo os factos sido comunicados aos tribunais judiciais de Silves, Tavira e Loulé, lê-se na nota.

Ainda segundo a GNR, as operações foram realizadas após “três investigações que decorriam há cerca de um ano”, destinadas a combater o “circuito paralelo de venda de aguardente de medronho fora do seu entreposto de produção”.

Em causa está a prática do “crime aduaneiro de introdução fraudulenta no consumo”, tendo as autoridades dado “cumprimento a 24 mandados de busca em três destilarias e sete armazéns não autorizados para depósito e sem controlo aduaneiro, escapando deste modo às obrigações tributárias de declaração e pagamento dos impostos incidentes”, indica a GNR.

Além dos 8021 litros de aguardente de medronho, acrescenta a GNR, foram apreendidos “dois alambiques” utilizados para produzir a bebida, avaliados em perto de três mil euros.

O “objetivo principal” destas ações foi assegurar “o cumprimento das disposições legais de produção, armazenamento e comércio de bebidas alcoólicas”, fazer o “combate à economia paralela em Portugal” e “garantir as condições higiénico-sanitárias” da produção, salienta a força de segurança.